Os dois álbuns mais influentes da história do rock segundo Roger Waters

Trabalhos se caracterizaram por agregar influências de outros gêneros ao mundo do rock and roll

Roger Waters já deixou claro em várias situações não ser o típico fanático por rock and roll, que possui inúmeras influências no meio. As referências da carreira do músico são poucos e muito definitivas. E mesmo em se tratando do gênero que o transformou em um artista rico e famoso, os trabalhos preferidos estão entre aqueles que fogem do trivial.

Ao Dallas Morning News, em 2008 – conforme resgate da revista Uncut e repercussão do Far Out Magazine – o líder do Pink Floyd em sua fase mais bem-sucedida exaltou as obras. Uma é de compatriotas, enquanto a outra pertence a americanos.

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Ele declarou sobre Music from Big Pink, da The Band:

“Aquele disco mudou tudo para mim. Depois de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, é o registro mais influente na história do rock’n’roll. Ele afetou o Pink Floyd profundamente, profundamente, profundamente. Sonoramente, a maneira como é construído, acho que ‘Music From Big Pink’ é fundamental para tudo o que aconteceu depois dele.”

The Band e “Music From Big Pink”

Primeiro álbum da The Band, “Music From Big Pink” foi lançado em 1º de julho de 1968. Misturava influências de country, rock, folk, música clássica, R&B, blues e soul. Bob Dylan colaborou com três composições, além de ter pintado a arte de capa.

O trabalho chegou ao 30º lugar na parada americana e experimentou um revival no ano seguinte, graças à aparição da banda no festival de Woodstock e a inclusão da música “The Weight” no filme “Easy Rider” – embora não tenha sido incluída no disco oficial da trilha sonora por problemas de licenciamento.

A influência do Fab Four no Pink Floyd

Quanto ao outro disco citado, “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” teve total influência na proposta sonora de um então novato Pink Floyd. Em 2020, o baterista Nick Mason exaltou os ídolos durante entrevista a uma rádio. Conforme transcrição do Ultimate Guitar, ele disse:

“Gravamos nosso primeiro álbum no Abbey Road Studios e, no final do corredor, os Beatles faziam ‘Sgt. Pepper’s’. Fomos convidados para visitar os ‘deuses’ e eles estavam gravando a música ‘Lovely Rita’. Foi um momento crucial, porque, sem os Beatles, nós talvez não existiríamos.”

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O instrumentista ainda destacou a mudança que o disco fez acontecer na própria indústria, que passou a valorizar o conceito de um LP – então o formato mais popular.

“‘Sgt. Pepper’s’ foi o álbum que mudou a cara da indústria fonográfica. Até então, o foco era nos singles. Esse foi o primeiro álbum que vendeu mais que singles e permitiu que bandas como nós tivessem mais tempo e liberdade em estúdio, para fazer o que queríamos.”

O baterista também refletiu sobre a magia de coexistir ao lado dos Beatles naquele momento.

“‘Sgt. Pepper’s’ era extraordinário e havia a importância de se ter um álbum dos Beatles. Não se tem algo assim atualmente. A música era importante, pois havia menos competição naquela época. Não existiam videogames e só tinham alguns filmes e programas de TV. A música era importante, era notícia de primeira página.”

Beatles e “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”

Lançado em 26 de maio de 1967, “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” foi o oitavo trabalho de inéditas dos Beatles em sua discografia britânica. Representou uma quebra de vários paradigmas no mundo pop, inovando em aspectos de produção, arte e promoção.

É considerado o momento em que os álbuns passaram a ter um sentido mais amplo, indo além de uma simples compilação de músicas sem linearidade, estabelecendo os padrões do que viriam a ser os futuros trabalhos conceituais.

A banda que dá nome ao play é uma ideia de Paul McCartney, visando estabelecer um alter ego que permitiu ao Fab Four experimentar com outros estilos fora do contexto em que se encaixavam.

Vendeu mais de 32 milhões de cópias, chegando ao topo das principais paradas do planeta. No Brasil, ganhou disco de ouro. Foi o primeiro álbum de rock a ganhar o Grammy na categoria Disco do Ano – além de ter faturado outras três estatuetas.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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