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A banda que mais inspirou a Nervosa, segundo Prika Amaral

Cantora e guitarrista afirma que grupo em questão, também de origem brasileira, é uma grande influência para todas as integrantes

Formada em São Paulo no ano de 2010, a Nervosa conseguiu seu espaço na cena do thrash metal nacional. Com a liderança de Prika Amaral, a banda, apesar das inúmeras mudanças de formação, segue em atividade e com muitos planos para o futuro – inclusive, trabalha em seu sexto álbum de estúdio.

Segundo a vocalista e guitarrista, tudo começou por causa de outro grupo de origem brasileira. Em suas palavras, o Sepultura foi o responsável por inspirar fortemente a carreira das musicistas.

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Durante entrevista ao Blabbermouth, a artista abordou o assunto quando perguntada a respeito da aposentadoria do quarteto, que encerrará as atividades após 40 anos ao fim da turnê de despedida “Celebrating Life Through Death”. A previsão é de que o giro acabe, no máximo, em 2026. 

Prika descreveu tal fim como “triste”, mas, ao mesmo tempo, entende a decisão. No entanto, fez questão de pontuar que ainda espera em algum momento a reunião da formação clássica, com o retorno do vocalista e guitarrista Max Cavalera e com o baterista Iggor Cavalera – que deixaram os colegas respectivamente em 1997 e 2006.

Ela explicou:   

“[A aposentadoria] é muito triste. Eles são a banda que mais inspirou o Nervosa. Eles são uma influência para todas nós. É muito triste ver uma banda se aposentar. Como fãs, todos nós esperamos que eles voltem com a formação original. É algo que todo mundo pede. Eles são todos músicos brilhantes e tenho certeza que não vão parar e vão continuar fazendo outros projetos. Continuaremos acompanhando porque somos fãs, mas também amigas deles.”

Em seguida, a cantora mencionou o amor pelos álbuns “Schizophrenia” (1987), “Arise” (1991) e “Chaos A.D.” (1993) e relembrou o show de abertura da Nervosa para o Sepultura em abril deste ano. A apresentação aconteceu em Lima, no Peru, como declarou: 

“Estamos orgulhosas de ter feito um show com eles no Peru. Foi incrível. Estávamos orgulhosas dos caras, mas pensávamos: ‘vamos lá, essa banda não pode acabar.’ Eu respeito os desejos de outros músicos. Eu sei que eles têm planos para suas vidas. A vida é curta e as pessoas querem fazer algo diferente. Mas estou aqui esperando e vendo o que eles realizarão com Max [Cavalera].”

Por meio de nota nas redes sociais, as musicistas já haviam destacado a ocasião. Em texto, retrataram o momento como “uma honra”:

“Não temos palavras pra descrever o tamanho da honra que temos em poder participar desse momento tão especial dessa banda que sempre será uma de nossas maiores influências.” 

Nervosa e Sepultura 

A admiração entre as bandas é mútua. Em julho deste ano, quando perguntado a respeito dos grupos sucessores do Sepultura no Brasil, o guitarrista Andreas Kisser mencionou a Nervosa. Respondendo a um fã na revista Metal Hammer, o músico afirmou:

“O Claustrofobia misturou as coisas de percussão e também tem essa influência brasileira. A Crypta e a Nervosa sempre mencionam o Sepultura no lado mais pesado da música. Nós temos tantos álbuns diferentes que inspiraram tantas bandas de formas diferentes, e isso é sempre legal de ouvir.”

Anteriormente, em coletiva de imprensa realizada em dezembro, o artista também havia citado a banda como uma das responsáveis por representar o metal nacional. Conforme transcrição do Whiplash, afirmou: 

“Temos bandas fantásticas aqui no Brasil, sempre tivemos. Hoje em dia a qualidade e a característica de cada banda que a gente vê fazendo turnês mundiais, desde, obviamente, o Krisiun, Crypta, Nervosa, Nervochaos, tantas bandas aí que estão fazendo um trabalho sensacional representando o metal nacional.”

Aliás, o próprio Andreas já entrevistou a Nervosa em seu programa “Pegadas”, transmitido na Rádio Rock e apresentado ao lado do filho e músico Yohan Kisser. A conversa mais recente, realizada com Prika e com a guitarrista Helena Kotina, foi ao ar no último mês de abril

Outro nome que elogiou as musicistas no passado foi Max Cavalera. Em 2014, durante um bate-papo com Fernanda Lira, que, além de ser a atual vocalista e baixista da Crypta e ex-integrante da Nervosa, atuava como jornalista, o guitarrista revelou que acompanhava a banda

“Gosto de vocês [do Nervosa], acompanho a banda pelo Spotify e acho super legal. Também vi um vídeo pelo Youtube e pensei: ‘poxa, mulher fazendo thrash, que doidêra’. Só no Brasil mesmo pra ter uma coisa dessas, não sei de outro lugar que tem isso!”

A banda atualmente

A Nervosa se restabeleceu após uma série de mudanças na formação. “Jailbreak”, seu quinto e mais recente álbum de estúdio lançado em setembro do ano passado, ficou marcado como o primeiro a trazer Prika Amaral também nos vocais.

Ainda marcou as estreias de Michaela Naydenova (bateria), Hel Pyre (baixo) e Helena Kotina (guitarra). Porém, em janeiro deste ano, a banda anunciou que a baterista búlgara deixava o grupo, sendo substituída por Gabriela Abud. 

Como mencionado, a Nervosa já trabalha no sucessor do projeto. Também à Blabbermouth, Prika revelou: 

“Começamos a compor para um novo material, mas estamos indo bem devagar. Não estamos nos pressionando porque realmente queremos fazer algo bom. Estamos nos concentrando nas turnês que temos que fazer, então estamos tentando nos dividir e fazer o melhor que podemos.  Já compusemos novas músicas. Estamos trabalhando da maneira que sempre deveríamos ter trabalhado, com paciência e sem forçar as coisas. Estamos deixando as coisas acontecerem naturalmente.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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Formada em São Paulo no ano de 2010, a Nervosa conseguiu seu espaço na cena do thrash metal nacional. Com a liderança de Prika Amaral, a banda, apesar das inúmeras mudanças de formação, segue em atividade e com muitos planos para o futuro – inclusive, trabalha em seu sexto álbum de estúdio.

Segundo a vocalista e guitarrista, tudo começou por causa de outro grupo de origem brasileira. Em suas palavras, o Sepultura foi o responsável por inspirar fortemente a carreira das musicistas.

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Durante entrevista ao Blabbermouth, a artista abordou o assunto quando perguntada a respeito da aposentadoria do quarteto, que encerrará as atividades após 40 anos ao fim da turnê de despedida “Celebrating Life Through Death”. A previsão é de que o giro acabe, no máximo, em 2026. 

Prika descreveu tal fim como “triste”, mas, ao mesmo tempo, entende a decisão. No entanto, fez questão de pontuar que ainda espera em algum momento a reunião da formação clássica, com o retorno do vocalista e guitarrista Max Cavalera e com o baterista Iggor Cavalera – que deixaram os colegas respectivamente em 1997 e 2006.

Ela explicou:   

“[A aposentadoria] é muito triste. Eles são a banda que mais inspirou o Nervosa. Eles são uma influência para todas nós. É muito triste ver uma banda se aposentar. Como fãs, todos nós esperamos que eles voltem com a formação original. É algo que todo mundo pede. Eles são todos músicos brilhantes e tenho certeza que não vão parar e vão continuar fazendo outros projetos. Continuaremos acompanhando porque somos fãs, mas também amigas deles.”

Em seguida, a cantora mencionou o amor pelos álbuns “Schizophrenia” (1987), “Arise” (1991) e “Chaos A.D.” (1993) e relembrou o show de abertura da Nervosa para o Sepultura em abril deste ano. A apresentação aconteceu em Lima, no Peru, como declarou: 

“Estamos orgulhosas de ter feito um show com eles no Peru. Foi incrível. Estávamos orgulhosas dos caras, mas pensávamos: ‘vamos lá, essa banda não pode acabar.’ Eu respeito os desejos de outros músicos. Eu sei que eles têm planos para suas vidas. A vida é curta e as pessoas querem fazer algo diferente. Mas estou aqui esperando e vendo o que eles realizarão com Max [Cavalera].”

Por meio de nota nas redes sociais, as musicistas já haviam destacado a ocasião. Em texto, retrataram o momento como “uma honra”:

“Não temos palavras pra descrever o tamanho da honra que temos em poder participar desse momento tão especial dessa banda que sempre será uma de nossas maiores influências.” 

Nervosa e Sepultura 

A admiração entre as bandas é mútua. Em julho deste ano, quando perguntado a respeito dos grupos sucessores do Sepultura no Brasil, o guitarrista Andreas Kisser mencionou a Nervosa. Respondendo a um fã na revista Metal Hammer, o músico afirmou:

“O Claustrofobia misturou as coisas de percussão e também tem essa influência brasileira. A Crypta e a Nervosa sempre mencionam o Sepultura no lado mais pesado da música. Nós temos tantos álbuns diferentes que inspiraram tantas bandas de formas diferentes, e isso é sempre legal de ouvir.”

Anteriormente, em coletiva de imprensa realizada em dezembro, o artista também havia citado a banda como uma das responsáveis por representar o metal nacional. Conforme transcrição do Whiplash, afirmou: 

“Temos bandas fantásticas aqui no Brasil, sempre tivemos. Hoje em dia a qualidade e a característica de cada banda que a gente vê fazendo turnês mundiais, desde, obviamente, o Krisiun, Crypta, Nervosa, Nervochaos, tantas bandas aí que estão fazendo um trabalho sensacional representando o metal nacional.”

Aliás, o próprio Andreas já entrevistou a Nervosa em seu programa “Pegadas”, transmitido na Rádio Rock e apresentado ao lado do filho e músico Yohan Kisser. A conversa mais recente, realizada com Prika e com a guitarrista Helena Kotina, foi ao ar no último mês de abril

Outro nome que elogiou as musicistas no passado foi Max Cavalera. Em 2014, durante um bate-papo com Fernanda Lira, que, além de ser a atual vocalista e baixista da Crypta e ex-integrante da Nervosa, atuava como jornalista, o guitarrista revelou que acompanhava a banda

“Gosto de vocês [do Nervosa], acompanho a banda pelo Spotify e acho super legal. Também vi um vídeo pelo Youtube e pensei: ‘poxa, mulher fazendo thrash, que doidêra’. Só no Brasil mesmo pra ter uma coisa dessas, não sei de outro lugar que tem isso!”

A banda atualmente

A Nervosa se restabeleceu após uma série de mudanças na formação. “Jailbreak”, seu quinto e mais recente álbum de estúdio lançado em setembro do ano passado, ficou marcado como o primeiro a trazer Prika Amaral também nos vocais.

Ainda marcou as estreias de Michaela Naydenova (bateria), Hel Pyre (baixo) e Helena Kotina (guitarra). Porém, em janeiro deste ano, a banda anunciou que a baterista búlgara deixava o grupo, sendo substituída por Gabriela Abud. 

Como mencionado, a Nervosa já trabalha no sucessor do projeto. Também à Blabbermouth, Prika revelou: 

“Começamos a compor para um novo material, mas estamos indo bem devagar. Não estamos nos pressionando porque realmente queremos fazer algo bom. Estamos nos concentrando nas turnês que temos que fazer, então estamos tentando nos dividir e fazer o melhor que podemos.  Já compusemos novas músicas. Estamos trabalhando da maneira que sempre deveríamos ter trabalhado, com paciência e sem forçar as coisas. Estamos deixando as coisas acontecerem naturalmente.”

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