Na década passada, o jornalista Ken Sharp pediu que uma série de astros do rock escolhessem suas músicas preferidas do AC/DC. Obviamente, com um desfile de hinos no repertório, as escolhas foram bastante variadas. Tanto que alguns não conseguiram mencionar apenas uma. Foi o caso de Joe Satriani.
O guitarrista não conseguiu se ater a um clássico e acabou citando duas canções. Curiosamente, nada de canções que apenas os fanáticos conhecem. Ao contrário, o artista foi direto em dois dos maiores sucessos de Angus Young e companhia.
Ele disse, conforme resgate do Rock Cellar Magazine:
“Fico em um empate entre ‘Back in Black’ e ‘Thunderstruck’. ‘Back in Black’ por conta da coragem e do coração que há naquela música. Então tem ‘Thunderstruck’, que é bem única na maneira como os irmãos Young arranjam suas guitarras. Os dois riffs principais de guitarra são sincopados, mas de quebrar ossos.”
O virtuoso também aproveitou para fazer um elogio às escolhas de sonoridade em estúdio.
“Todo o catálogo de gravações deles contém as guitarras elétricas com o som mais absolutamente maravilhoso de todos os tempos! Como eles fazem isso?”
Sobre “Back in Black”
Faixa-título do primeiro álbum do AC/DC com Brian Johnson nos vocais, lançado em 1980, “Back in Black” foi escrita como um tributo a Bon Scott, cantor falecido no início daquele ano. Por conta de seu uso em várias trilhas sonoras e comerciais, além de relançamentos, entrou em paradas internacionais inúmeras vezes com o passar do tempo.
No total, entre vendas físicas do compacto e streamings, a canção já vendeu o equivalente a um número superior a 10 milhões de unidades em todo o planeta. No Brasil, faturou disco de platina dupla. Como curiosidade, o ringtone da faixa para celulares teve mais de 2 milhões de downloads só nos Estados Unidos.
“Thunderstruck”, o hit do AC/DC nos anos 1990
Presente no álbum “The Razors Edge” (1990), “Thunderstruck” é, de longe, o maior hit do AC/DC na era pós-“Back in Black”. Recentemente, a música se tornou a primeira da banda a alcançar disco de diamante nos Estados Unidos, através da Recording Industry Association of America (RIAA). A distinção é concedida para vendas superiores a 10 milhões de cópias no país.
À época do lançamento original, alcançou o 4º lugar na Austrália, terra de origem da banda. Nos Estados Unidos, o melhor desempenho foi a 5ª colocação no chart segmentado Billboard Album Rock Tracks. Posteriormente, a popularidade da composição de Angus e Malcolm Young se sustentou com a inclusão em diversas trilhas de filmes, games e peças comerciais.
Sobre Joe Satriani
Nascido em Westbury, Nova York, Joe Satriani estudou guitarra desde os 14 anos, posteriormente se tornando professor e repassando seus conhecimentos a nomes como Kirk Hammett (Metallica), Steve Vai, Alex Skolnick (Testament) e Larry LaLonde (Primus), entre outros.
Como artista solo, é um dos mais bem-sucedidos no segmento da música instrumental, tendo vendido mais de 10 milhões de discos em todo o mundo.
Também possui passagens destacadas como sideman na banda solo de Mick Jagger no final dos anos 1980 e substituindo Ritchie Blackmore no Deep Purple durante a turnê do álbum “The Battle Rages On”, em 1993 e 94.
É o idealizador do G3, projeto que excursiona pelo mundo com diferentes formações de virtuoses a cada turnê. Entre 2008 e 2012 integrou o Chickenfoot, que também contava com Sammy Hagar, Michael Anthony e Chad Smith (este substituído por Kenny Aronoff temporariamente na turnê do segundo disco). O quarteto se reuniu brevemente em 2016.
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