Ace Frehley explica seu diferencial como compositor em relação a Gene Simmons e Paul Stanley

Guitarrista solo original do Kiss reconhece que os antigos patrões tinham uma ética de trabalho que ele não possui

Apesar de decisões polêmicas, Paul Stanley e Gene Simmons conseguiram conduzir o Kiss durante meio século. O pacto pelo sucesso da dupla fez com que nem mesmo os outros colegas de formação original fossem poupados quando passaram a atrapalhar o andamento da banda.

Ace Frehley reconhece isso. O guitarrista solo confessou à revista Goldmine que seu modo de trabalho se difere dos antigos colegas e patrões, o que acabou gerando uma série de atritos com o passar do tempo, trazendo o inevitável desgaste às relações.

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Disse o Spaceman, conforme repercussão do Ultimate Guitar:

“Paul e Gene têm uma certa ética de trabalho que eu não tenho. Por exemplo, quando Gene morava em Manhattan, na sua cobertura, ele me disse que entrava em seu armário, tinha um pequeno amplificador e um gravador lá, e ele escrevia uma música todos os dias. E eu perguntei: ‘Por que você se força a escrever uma música todos os dias?’ Ele diz: ‘Essa é apenas minha ética de trabalho’. Respondi: ‘Não consigo trabalhar desse jeito, Gene. Só consigo escrever uma música quando me sinto inspirado’.”

Frehley também destacou como nem todas as criações de Simmons eram aproveitáveis. Como exemplo, há o exagerado box set “Gene Simmons Vault”, lançado em 2017, contendo 10 CDs e 151 demos.

“Eu fico três semanas sem escrever uma música. E então, no fim de semana seguinte, algo me inspira e eu acabo escrevendo duas ou três músicas de uma vez. Das 365 músicas que Gene escreveu em um ano enquanto ele morava lá, provavelmente havia apenas meia dúzia de músicas que usamos.”

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Kiss e Ace Frehley atualmente

Enquanto o Kiss se aposentou oficialmente em 2023, Ace Frehley segue na ativa. Seu álbum solo mais recente é 10,000 Volts, divulgado em turnê. O guitarrista prepara também “Origins Vol. 3”, seu terceiro disco de covers, para 2025.

No dia 2 de dezembro, em seu último show, o Kiss anunciou que a história da marca será prosseguida através de avatares. As representações virtuais de Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo), Tommy Thayer (guitarra) e Eric Singer (bateria) assumirão a linha de frente em espetáculos que ainda serão devidamente explicados.

A “New Era” do Kiss contempla outras iniciativas um pouco mais convencionais — e, em maioria, já conhecidas do público. A banda dará sequência a seu museu em Las Vegas, inaugurado em 2022, bem como ao cruzeiro Kiss Kruise.

A cinebiografia “Shout it Out Loud” segue em produção e a ideia é lançá-la em 2025. A história do grupo será contada em seus primeiros anos, até o estouro com o álbum “Alive!”, em 1975.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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