Até o momento desta publicação, dois membros do Slipknot já faleceram. O baixista Paul Gray foi o primeiro. Ele morreu em 14 de maio de 2010, em decorrência de uma overdose de morfina agravada por problemas cardíacos. O músico tinha 38 anos quando do ocorrido.
Em 26 de julho de 2021, foi a vez de Joey Jordison – que já estava fora do grupo à época. O baterista, que também tocava outros instrumentos com projetos paralelos, partiu aos 46 anos, em circunstâncias que nunca foram devidamente esclarecidas e, aparentemente, jamais serão.
Os dois tinham atuação destacada no processo de composição do grupo. Porém, ao contrário do que muitos pensam, não faziam tudo sozinhos.
Em entrevista de 2021 à Hard Drive Radio, o vocalista Corey Taylor desmistificou enfaticamente a informação. Ele disse, conforme resgate do Ultimate Guitar:
“Acho que esse é o maior equívoco sobre nós. As pessoas acham que Joey e Paul criaram todas as músicas. Não poderia estar mais longe da verdade. Todo mundo compõe. Eles eram os que faziam as coisas acontecerem, mas sempre mudavam da demo para o cerne do que a música realmente se tornaria.”
O cantor também fez questão de destacar a importância dos outros colegas no processo criativo.
“Então, desse ponto de vista, ainda temos escritores como Jim [Root, guitarra] e Mick [Thomson, guitarra]. Clown [percussionista] também compôs muita coisa ao longo dos anos. São caras que nunca receberam muito crédito que merecem, na minha opinião. Eu fiz coisas para essa banda quando tive vontade de escrever algo superpesado. Os outros pegaram e melhoraram. Sempre foi assim e continua sendo.”
Ainda assim, Corey reconhece que a presença dos antigos integrantes fazia a diferença na sonoridade.
“Obviamente, a música soa diferente porque as vozes de Paul e Joey não está mais lá. Ainda assim, conseguimos escrever de uma forma que soe muito Slipknot, e isso porque sempre passaria pelo filtro do Slipknot. Não importa qual demo escrevêssemos, ela acaba se tornando uma música do Slipknot.”
Slipknot e a turnê de 25 anos
No último dia 6 de agosto, o Slipknot iniciou a turnê celebrando os 25 anos de seu álbum de estreia. Durante o show no Ruoff Music Center, Noblesville, Indianapolis, Estados Unidos, a banda tocou um repertório formado apenas de músicas do disco homônimo de 1999 ou compostas naquele período.
Em dado momento, conforme registrado pela Metal Hammer, o vocalista Corey Taylor chegou a dizer: “nada que vocês ouvirão hoje à noite foi composto depois de 1999”. De fato, o setlist de 14 canções seguiu tal conceito.
Além de clássicos como “(sic)”, “Eyeless”, “Wait and Bleed”, “Spit It Out” e “Surfacing”, o grupo retomou canções que não eram tocadas ao vivo há muito tempo, como “Scissors”, “No Life” (ambas executadas pela primeira vez desde 2000) e “Only One” (desde 2012).
Também foram incluídas “Eeyore” (faixa oculta do tracklist original), “Me Inside” e “Get This” (ambas presentes somente como bônus da versão digipak importada do álbum e relançamentos posteriores). As duas últimas não eram tocadas ao vivo desde 2015 e 2019, respectivamente.
O visual também fez referência aos primórdios do grupo. Além dos macacões na cor vermelha, os músicos utilizaram máscaras com aparência similar à dos tempos do primeiro álbum. Confira cobertura completa da apresentação clicando aqui.
Knotfest Brasil 2024
Em 19 e 20 de outubro, o Slipknot se apresenta no Brasil. A banda será atração principal das duas noites da edição nacional do Knotfest, seu próprio festival.
A primeira contará com um repertório “best of” de um quarto de século de atividades. Já a segunda, de acordo com informação divulgada no flyer oficial do evento, terá foco no segundo disco, “Iowa” (2001). Ou seja: nenhum dos shows será parecido com o que tem sido apresentado agora na América do Norte.
Confira detalhes completos sobre o festival, incluindo atrações e valores de ingressos, clicando aqui.
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