No início do mês de agosto, Marilyn Manson retornou aos palcos em uma turnê conjunta com o Five Finger Death Punch. As apresentações marcam a retomada de atividades do cantor após o surgimento das denúncias de abuso sexual que enfrenta na Justiça desde 2021.
A banda de apoio conta com o guitarrista Tyler Bates, o baterista Gil Sharone e o baixista Piggy D, ex-Rob Zombie. No entanto, a presença que mais chamou a atenção foi a da guitarrista Reba Meyers, integrante do Code Orange – e que também divide vocais com o protagonista em algumas músicas do repertório.
Muitos fãs ficaram intrigados com a presença da instrumentista, especialmente levando em conta as acusações contra Manson por violência contra mulheres e o engajamento de sua banda principal em movimentos que combatem situações do tipo.
No último domingo (18), Reba fez um pronunciamento em seu Instagram. Sem entrar em detalhes diretos sobre o tema, tentou explicar como enxerga o que se propôs a fazer.
Ela disse:
“Veja-me tocando com Marilyn Manson agora, enquanto ele retorna em uma forma renovada incrível na turnê deste mês e no próximo, além de seu novo vídeo para ‘Raise The Red Flag’. Estou orgulhosa por representar o crescimento, a confiança, o perdão, a humanidade e a mudança que vêm com isso e de estar lá em cima com esses filhos da p*ta talentosos. Todo mundo está buscando o crescimento, não a estagnação. O mundo precisa dessa atitude agora. Obrigado a todas as novas pessoas que têm demonstrado amor e apoio em meu caminho.”
Além dos colegas de banda, outros músicos demonstraram apoio, como o baterista Ray Luzier (Korn), o cantor Greg Puciato (Better Lovers, ex-The Dillinger Escape Plan) e o guitarrista Andy Williams (ex-Every Time I Die).
Entre agosto e setembro, Marilyn Manson se apresenta pela América do Norte. Em fevereiro do próximo ano, ele excursiona pela Europa.
As acusações contra Marilyn Manson
Marilyn Manson tinha acabado de iniciar a promoção do álbum “We Are Chaos” em 2020, quando acusações de abuso sexual contra o músico foram feitas por sua ex-namorada Evan Rachel Wood. Seguiram-se alegações adicionais de várias mulheres, que denunciaram “agressão sexual, abuso psicológico e/ou várias formas de coerção, violência e intimidação”.
Além dos processos a que responde até hoje, Brian Warner logo foi dispensado pela gravadora e agente. Também perdeu papéis na televisão, além de ter sido exposto por antigos colegas de banda e pessoas com as quais trabalhou na equipe técnica durante a carreira.
No início de 2023, a modelo Ashley Morgan Smithline abandonou as acusações que havia feito contra Manson. Ela havia denunciado o músico por violência sexual, cárcere privado e envolvimento com tráfico humano. Foi a segunda a recorrer ao subterfúgio, após a ex-assistente Ashley Walters ter feito o mesmo — esta, porém, reverteu a situação.
Em fevereiro, o músico foi condenado a pagar honorários advocatícios na casa dos US$ 500 mil (quase R$ 2,5 milhões) a Evan Rachel Wood e sua atual parceira, Illma Gore, por difamação. Até o momento, em outros casos, acordos foram feitos e acusações retiradas.
Em julho, uma das mulheres que acusou Manson de estupro manifestou-se publicamente pela primeira vez desde que trouxe o caso à tona. A alegada vítima chamada Bianca Allaine Kyne, que até então permanecia com a identidade anônima, denunciou o artista em janeiro de 2023, após abusos que teriam sido cometidos em 1995 (quando tinha 16 anos) e 1999.
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