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As únicas duas músicas do Pink Floyd que David Gilmour deve tocar em nova turnê

Músico chegou a dizer que nenhuma canção da banda que o consagrou entraria no repertório

Anteriormente, David Gilmour disse que não tocaria músicas dos anos 1970 do Pink Floyd na turnê de “Luck and Strange”, seu próximo álbum solo. No entanto, o músico acabou reconsiderando a situação. Ainda assim, o número de canções da banda que o consagrou será bastante diminuto durante os shows.

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Em entrevista à Rolling Stone, o músico explicou a mudança no mindset inicial. De qualquer modo, reafirmou a convicção de que o material mais recente terá prioridade nos setlists.

Disse o guitarrista e vocalista:

“É preciso acordar para a realidade de vez em quando. Acho que incluirei uma ou duas coisas dos anos 1970, mas parece que foi há tanto tempo. Sei que as pessoas as amam, e eu adoro tocá-las. Tocarei ‘Wish You Were Here‘, é claro. E algumas das coisas que começaram comigo, de qualquer forma.”

A seguir, questionado se também apresentaria “Comfortably Numb”, que jamais deixou de lado em sua trajetória, Gilmour consentiu:

“Sim, é bem provável.”

No entanto, se alguém espera algo de “The Dark Side of the Moon” (1973), pode se decepcionar. Quando o entrevistador mencionou “Breathe”, “Time” e “Money”, a resposta foi:

“Não acho que tocarei ‘Money’. Se essa for a razão para alguém ir ao show…”

Outras décadas melhor representadas

Em entrevista à Uncut, no último mês de maio, o músico de 78 anos disse que estar em turnê seria a única forma de disseminar suas novas músicas. Por isso, os repertórios não devem incluir músicas lançadas pelo Pink Floyd nos anos 1970 — talvez devido à sua relutância de cantar letras escritas por Roger Waters.

Ele declarou, mencionando outras canções de fases diferentes do grupo que podem aparecer no setlist:

“É, acho que outras décadas podem ser melhor representadas. Digo, pelo menos, uma faixa dos anos 60. A que a gente sempre fez no passado é ‘Astronomy Domine’ [do álbum ‘The Piper at the Gates of Dawn’, de 1967]. Essa sempre é divertida de tocare coloca o público num estado alegre pra começar. Existem também canções dos álbuns ‘A Momentary Lapse of Reason’ (1987) e do ‘The Division Bell’ (1994). Digo, acho que ‘High Hopes’ é tão boa quanto qualquer outra coisa que fizemos em qualquer outra era.”

Mudança na banda de apoio

Ainda à Uncut, David Gilmour comentou sua decisão de mudar completamente sua banda de apoio na última turnê. Ao abordar suas razões para fazer isso, declarou:

“Era tudo robótico demais, e algumas pessoas estariam melhores numa banda tributo ao Pink Floyd. Então pensei que era melhor arrumar pessoas genuinamente criativas e lhes dar mais espaço. Esse é o plano. Então teremos alguns caras mais jovens juntos de Guy [Pratt] e as irmãs [Charley e Hattie] Webb, que cantaram com Leonard Cohen em suas últimas turnês.”

O tecladista Greg Phillinganes também está envolvido, assim como a backing vocal Louise Marshall. Os nomes dos outros músicos não foram revelados.

Por fim, o músico revelou também esperar que a turnê, ainda não confirmada, lhe dê o impulso necessário para trabalhar em canções novas. Sessões de gravações já estão planejadas para o período após os shows. Gilmour falou:

“A turnê vai praticamente me forçar a concentrar em compor mais músicas. Digo, a gente tem bem mais peças de música pela metade com as quais podemos trabalhar. A intenção é lançar algo além desse álbum o mais rápido possível.”

Vale lembrar que a turnê anterior de David, promovendo o álbum “Rattle That Lock”, passou pelo Brasil no fim de 2015. Com shows em São Paulo (duas datas), Curitiba e Porto Alegre, a ocasião marcou a única visita do guitarrista ao país para apresentações ao vivo.

David Gilmour e “Luck and Strange”, o álbum e a turnê

“Luck and Strange” sai dia 6 de setembro e conta com nove faixas – além de duas bônus para a versão em CD. Para este álbum, seu quinto em carreira solo, o músico trabalhou com o co-produtor Charlie Andrew (Alt-J, Marika Hackman).

Outros colaboradores incluem Guy Pratt (músico frequente do Pink Floyd), Steve Gadd e Roger Eno, entre outros. A capa é de Anton Corbijn e foi inspirada em uma letra escrita por um dos filhos de Gilmour, Charlie, para a faixa final do álbum, “Scattered”.

Há outros familiares envolvidos: Romany Gilmour toca harpa e faz vocais principais em “Between Two Points” (cover de Montgolfier Brothers), enquanto Gabriel Gilmour canta backing vocals no geral.

A turnê terá um formato diferente, ao menos em seu princípio. Ao invés de viajar com frequência, a banda fará séries de shows em poucos locais. De 27 de setembro a 3 de outubro, o grupo terá Roma, Itália, como sede. Entre 9 e 15 de outubro, Gilmour tomará conta do palco do lendário Royal Albert Hall em Londres, Inglaterra.

Os derradeiros compromissos até o momento se darão nos Estados Unidos. Em 25 de outubro, o músico toca em Inglewood, Califórnia, arredores de Los Angeles. A cidade de LA recebe o giro nos dias 29, 30 e 31 do mês. Fechando de vez a agenda, de 4 a 10 de novembro é a vez do Madison Square Garden, em Nova York.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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