A música de John Mayer que é a pior da história para St. Vincent

Artista declarou considerar composição “retrógrada, misógina e uma obra machista disfarçada de canção de amor”

John Mayer declara ter escrito a letra da música “Daughters” como uma advertência aos pais para que construam uma relação positiva com suas filhas na infância, pois isso afetará seus relacionamentos futuros com homens quando adultas. O autor usa sua própria amada problemática para ilustrar a crença. No entanto, St. Vincent não nutre sentimentos positivos em relação à canção.

Em recente entrevista à Kerrang!, a artista foi convidada a mencionar qual consideraria a pior composição de todos os tempos. E a obra de Mayer acabou ganhando a nada honrosa posição.

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Conforme repercussão do Consequence, Vincent considera o conteúdo arcaico e misógino. Ela explicou seus sentimentos:

“É tão terrivelmente machista, mas finge ser uma canção de amor. Mas é realmente, realmente retrógrada e realmente machista. E eu odeio isso… É tão profundamente misógino, o que seria bom se você assumisse isso, mas finge ser doce.”

No primeiro verso da letra, John lamenta que a parceira seja “como um labirinto / Onde todas as paredes mudam continuamente”. Depois, na ponte antes do refrão, ele canta:

“Em nome de cada homem / Cuidando de cada garota / Você é o Deus e o peso do mundo dela / Então, pais, sejam bons com suas filhas…”

Confira a tradução da letra (via Letras.mus.br):

“Eu conheço uma garota
Ela colore o meu mundo
Mas ela é como um labirinto
Onde todas as paredes mudam continuamente

E eu fiz tudo que eu pude
Para me colocar no lugar nela, de coração aberto
Agora eu estou começando a entender
Talvez isso não tenha nada a ver comigo

Pais, sejam bons com suas filhas
Suas filhas vão amar como vocês amam
Garotas se tornam namoradas que se transformam em mães
Então, mães, sejam boas com suas filhas também

Oh, você vê essa pele?
É a mesma que ela usa
Desde o dia em que ela o viu indo embora
Agora sobrou para ela
Limpar a bagunça que ele fez

Então, pais, sejam bons com suas filhas
Suas filhas vão amar como vocês amam
Garotas se tornam namoradas que se transformam em mães
Então, mães, sejam boas com suas filhas também

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Garotos, você consegue destruir
Você vai descobrir quanto eles podem aguentar
Garotos serão fortes
E garotos continuam lutando
Mas os garotos estarão perdidos sem o calor
De um bom, bom coração de uma mulher

Em nome de cada homem
Cuidando de cada garota
Você é o Deus e o peso do mundo dela

Então, pais, sejam bons com suas filhas
Suas filhas vão amar como vocês amam
Garotas se tornam namoradas que se transformam em mães
Então, mães, sejam boas com suas filhas também
Então, mães, sejam boas com suas filhas também
Então, mães, sejam boas com suas filhas também”

John Mayer e “Daughters”

“Daughters” foi o terceiro single do álbum “Heavier Things”, lançado por John Mayer em 2003. A música vendeu mais de dois milhões de cópias nos formatos avulsos físico e digital. Também faturou a categoria Canção do Ano na edição 2005 do Grammy.

Curiosamente, o artista era contrário a seu lançamento promocional. Porém, a gravadora decidiu por disponibilizar, enxergando na composição potencial radiofônico. Ela chegou ao 19º lugar no Billboard Hot 100, principal parada de hits dos Estados Unidos.

St. Vincent e a crítica a “Hallelujah”

St. Vincent não tem medo de expor suas opiniões em relação a outras músicas. Em recente entrevista à BBC Radio 2, conforme repercussão do Consequence, Anne Clark – seu nome de batismo – criticou o excesso do uso de “Hallelujah” nos programas de calouros da televisão.

“É uma absoluta obra de arte. Leonard Cohen demorou anos para finalizá-la. Fala sobre a complicação que é estar vivo – a agonia, o êxtase, tudo e todos os conflitos inerentes a isso.” 

Ainda assim – ou até por isso –, ela acha que a obra acabou sendo banalizada, sendo um daqueles exemplos onde ninguém faz ideia do que está cantando.

“Por um período de tempo ela se tornou uma música que as pessoas fariam um cover no ‘American Idol’ [imita o tom vocal], ‘Haaalelujah! Aleluuuujah!’ E é simplesmente a pior coisa do mundo. Tipo, é a pior coisa do mundo.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

4 COMENTÁRIOS

  1. Desculpe, mas esta mina não passa de uma feminista querendo criar polemica para alavancar a si propria. Eu adoro esta musica e me inspiro nela para criar minhas 2 filhas. John Mayer é um dos maiores guitarristas deste seculo, reconhecido por mitos como BB King, Eric Clapton, entre outros. Já esta dai nunca ouvi se quer falar….

  2. Sinceramente essa música é uma obra de arte, fala sobre amor paterno e como devemos cuidar de nossas filhas! Coisa que não tive, quebrei muito a cara por não ter um pai que me direcionasse ao caminho certo, por isso essa música mexeu tanto com minhas emoções com o passar dos anos. Essa mulher, não tem argumentos, simplesmente fala ser uma música “machista e misógina” sem embasamento, apenas quer criar uma polêmica em cima do trabalho maravilhoso do grande John Mayer.

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