Desde que entrou para o Sepultura em fevereiro, Greyson Nekrutman tem aproveitado o Brasil. Só nos últimos meses, o jovem baterista americano tocou no meio da Avenida Paulista com o Master System, visitou a Vila Belmiro e, agora, fez uma apresentação surpresa de jazz em um bar de São Paulo.
O músico se juntou ao saxofonista paulistano Vinicius Chagas e executou “Caravan”. A faixa composta por Juan Tizol e Duke Ellington saiu na década de 1930 e ganhou popularidade novamente ao aparecer em nova roupagem no filme “Whiplash: Em Busca da Perfeição” (2014).
A performance aconteceu no Fôrno, localizado na Vila Buarque (via Tenho Mais Discos Que Amigos), na última terça-feira (20), como parte da iniciativa “Jazz de terça”. Por meio das redes sociais, o baterista compartilhou um vídeo do momento e agradeceu aos artistas locais por deixarem que participasse do show:
“Saí com o [comediante] Patrick Maia e não esperava ferver enquanto tocava ‘Caravan’ em São Paulo. Obrigado por me deixarem fazer parte disso.”
A escolha da música não surpreende. Em 2022, Greyson também a tocou durante participação no canal Drumeo. Além disso, as principais referências do baterista incluem grandes nomes do jazz, como Sonny Payne, Louie Bellson, Buddy Rich, Gene Krupa, Max Roach e Art Blakey.
Andreas Kisser já mencionou não só as raízes do novo companheiro de banda, mas também o seu “lado brasileiro”. Em entrevista à Rádio Transamérica em abril, o guitarrista do Sepultura contou:
“O Greyson virou brasileiro! Todo domingo ele ia para a Avenida Paulista dar rolê e tocar com uma galera lá. Ele experimentou torresmo, foi no Mercado Municipal de BH com o Paulo (Xisto, baixista). Experimentou jiló. Ele estava com o Suicidal Tendencies e tem uma raiz de jazz.”
Sepultura e Greyson Nekrutman
Nascido em Long Island, Nova York, Estados Unidos, Greyson Nekrutman começou a tocar bateria aos 4 anos de idade. Além do rock, teve influências de jazz e música latina em sua formação, como também de baterista de big bands, formato com o qual chegou a se apresentar no começo da carreira.
Fez parte do Suicidal Tendencies nos últimos dois anos – sendo substituído por Jay Weinberg, a quem Eloy Casagrande substituiu no Slipknot, gerando um “triângulo perfeito” de mudanças. Ainda participou da gravação do álbum ao vivo em estúdio “11.12.21 Live-In-Studio Nashville”, de William DuVall, frontman do Alice in Chains.
O Sepultura segue na turnê “Celebrating Life Through Death”, que marca o encerramento de suas atividades. Além das datas de uma segunda etapa no Brasil sendo cumpridas no momento, América do Norte e Europa receberão o giro ainda em 2024.
A expectativa é que a série de shows se estenda ao menos até o ano que vem. A banda ainda pretende lançar um disco ao vivo celebrando seus 40 anos e não descarta um EP com músicas inéditas.
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