Eric Martin volta a contestar aposentadoria do Mr. Big

Vocalista entende que a banda está dando um "tiro no pé" ao sair de cena com a popularidade em alta

O vocalista Eric Martin segue convicto de que o Mr. Big está cometendo um erro ao encerrar a carreira. O frontman já declarou em várias entrevistas entender que o momento não era propício para um desfecho, visto que a popularidade da banda segue em alta e as performances continuam satisfatórias.

Em declaração ao site japonês Roppongi Rocks, o artista reafirmou sua ideia. Ao mesmo tempo, reconheceu ser voz única perante os parceiros – como já havia acontecido na primeira interrupção de atividades, ocorrida em 2002.

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Disse o cantor, conforme repercussão do Blabbermouth:

“É a turnê final, mas a sensação é um pouco agridoce por ser o fim. Cada noite é como saborear o momento e fazer um aceno de adeus pensando: ‘Oh, vejo vocês na próxima vez’. Mas eu os verei na próxima vez, provavelmente tocando em algum bar de karaokê, bar mitzvah ou algum tipo de acústico, pois faço shows nesse formato todo ano. Mas não estarei tocando com os melhores músicos do mundo — para mim, pelo menos.”

Martin foi além, entendendo que o arrependimento pode bater nos amigos a qualquer momento. Ele afirma:

“Acredito que em algum lugar no futuro — isso foi há cerca de uma semana — podemos nos dar conta de que foi um tiro no próprio pé, porque estamos unidos e pegando fogo. As multidões continuam aparecendo, shows esgotados praticamente todas as noites e os festivais são ótimos.”

O Mr. Big volta um dia?

Sendo assim, é inevitável questionar a possibilidade de uma terceira encarnação do Mr. Big em algum momento. Eric responde:

“Podemos fazer um show aqui e ali a cada dois anos ou algo assim, mas não seremos como os Mötley Crües e os Kisses. Sem ofensa a eles, porque as multidões continuam vindo para vê-los, mas não faremos isso. Talvez sejamos muito orgulhosos para fazer algo assim.”

Quanto a gravar um novo disco, o enigma se prolonga, especialmente por conta das várias atividades dos colegas.

“Dei uma entrevista outro dia junto com Billy [Sheehan, baixista], e… não sou o responsável pelo meu irmão, não sei o que ele pensa. Sei o que eu penso, que eu gostaria de fazer álbuns. Não vamos mais fazer turnês por razões diferentes — quero dizer, eu simplesmente não quero mais fazer turnês longas… a última durou um ano. Simplesmente não consigo, estou velho demais. Todo mundo diz: ‘Oh, e os Rolling Stones?’. Mas eles têm voos privados, fazem um show a cada duas semanas.

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No nosso caso é uma turnê constante, quase nenhum hotel, dormindo no ônibus. É como uma grande viagem de acampamento para homens mais velhos. Então, eu gostaria de fazer outros álbuns. Mas na entrevista em questão, respondi que desejava, enquanto Billy respondeu: ‘Não, acabou’. Fiquei tipo: ‘Tudo bem’. Mas ele mesmo é o cara que sempre diz: ‘Nunca diga nunca’.”

À espera de um milagre (e não é o filme)

Durante recente entrevista à rádio norte-americana 102.3 WBAB, Martin reafirmou o posicionamento. Reconhecendo ter sido voto vencido na discussão, ele declarou manter esperanças em uma “virada de jogo” para que o grupo se mantenha mais tempo na ativa.

Ele disse, novamente conforme repercussão do Blabbermouth:

“Estamos todos nos dando perfeitamente bem. A banda é muito unida. Sigo me perguntando ‘por que estamos dissolvendo nossa parceria?’ Estou pensando duas vezes agora. Espero que façamos mais discos, embora entenda os caras.”

Porém, o cantor novamente reconheceu uma das alegações dos instrumentistas: o excesso de shows não pode continuar.

“Paul [Gilbert, guitarrista] provavelmente não quer fazer tantas turnês, assim como eu. Estamos na atual há um ano. Não quero mais fazer excursões realmente longas. Não tenho mais 30 anos. Não tenho nem 40. Não tenho mais nem 50.”

Curiosamente, após o último show da banda, realizado na Romênia, os músicos publicaram mensagens de despedida nas redes sociais. A exceção foi justamente Eric, que não se manifestou. Confira a repercussão da apresentação e os recados clicando aqui.

Se os planos não forem alterados, o Mr. Big lançou seu último álbum de material inédito dia 12 de julho. “Ten” marcou a primeira vez que um disco de estúdio da banda não entrou no Top 10 japonês desde a estreia, em 1989, ficando na 15ª posição da parada local. Leia resenha exclusiva clicando aqui.

Recentemente, o brasileiro Edu Cominato assumiu as baquetas temporariamente, para shows na Europa. Após cumprir os compromissos com o Big Big TrainNick D’Virgilio reassumirá o posto. Em 6 de setembro, sai o ao vivo em áudio e vídeo “The BIG Finish Live”.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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