“Fim da existência” influenciou volta de Mike Portnoy ao Dream Theater

Baterista reconhece que percepção sobre a própria finitude exerceu papel decisivo no reencontro

Já diz o velho ditado, a única certeza da vida é a morte. Sendo assim, não é de se espantar que passemos a priorizar alguns aspectos em detrimento de outros à medida que idade avança. Mike Portnoy reconhece que esse pensamento teve total relevância na decisão de unir forças com o Dream Theater novamente.

Durante entrevista ao podcast “So…You Want To Be A Musician?”, do também baterista Nick D’Virgilio (Mr. Big, Big Big Train), o músico refletiu sobre a decisão e o peso que seus atuais 57 anos tiveram no reencontro com a banda que ajudou a formar.

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Ele disse, conforme transcreveu o Blabbermouth:

“Nas nossas idades, percebemos que devíamos nos reunir e voltar a ficar juntos. Eu estaria mentindo se não dissesse que não começamos a olhar no espelho e olhar para o relógio e dizer: ‘quem sabe quanto tempo nos resta?’ O relógio está correndo, percebemos que não vamos ficar aqui para sempre. Queremos passar o tempo que nos resta juntos, fazendo música com as pessoas com quem crescemos e amamos. Então, sim, é mais ou menos onde estamos neste estágio.”

Mike Portnoy e os efeitos da idade

Sendo assim, a pergunta inevitável é: como o artista está se sentindo com o avanço da idade? Especialmente considerando que o tipo de música a que se propõe é um tanto quanto complexo.

“Vou ser honesto, estou começando a sentir um pouco o peso da minha idade. Não sou mais o garoto de 20, 30 anos atrás. O segredo é apenas fazer o melhor que puder. Quer dizer, no meu caso, eu toco tanto que isso me mantém alerta. Até voltar ao Dream Theater recentemente, estava tocando em muitas bandas diferentes. Estava constantemente ativo, cercado por músicos diferentes, o que sempre me inspirou. As diferentes pessoas e estilos nesses 13 anos fora me inspiraram. Trabalhar com Neal Morse, Billy Sheehan e tantos outros elevou, me inspirou a tentar coisas novas e a tentar ser o melhor que posso.”

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Mike ainda faz questão de enfatizar um aspecto: ele não pode ser considerado um exemplo de regras.

“Não posso realmente dar muitos conselhos sobre o lado saudável — comer, beber, dormir e blá, blá, blá — porque sou um exemplo horrível de tudo isso. Mas tocar sempre me manteve atualizado, me fez crescer, me desenvolver e entender os diferentes cenários. E agora que trago isso de volta para onde estou com o Dream Theater, é uma perspectiva legal porque estou retornando com uma dúzia de anos de experiências. E eles também passaram os últimos 13 anos com suas próprias experiências. Então, é emocionante nesta fase da minha vida reunir tudo de novo e ter este terceiro ato, se assim podemos dizer.”

Dream Theater no Brasil em 2024

Paralelamente aos trabalhos no próximo disco, o Dream Theater iniciará a turnê celebrando suas quatro décadas de história ainda em 2024. A “40th Anniversary Tour 2024-2025” terá 5 shows no Brasil. A etapa nacional começa em Belo Horizonte.

A apresentação na capital de Minas Gerais acontece no BeFly Hall, dia 10 de dezembro. Ingressos estarão à venda, no site Fastix, a partir do meio-dia de segunda-feira (12). Valores não foram divulgados.

Entradas para as demais apresentações — Rio de Janeiro (13/12 – Vivo Rio), São Paulo (15/12 – Vibra) e Curitiba (16/12 – Live) — podem ser adquiridas no site Clube do Ingresso. Em Porto Alegre (17/12 – Auditório Araújo Vianna), no site Sympla.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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