...

O álbum do Dire Straits que Mark Knopfler não considera tão bom

Trabalho obteve sucesso comercial, mas não foi tão elogiado quanto outros da discografia da banda

A curta carreira do Dire Straits é ainda menor do ponto de vista fonográfico. O grupo lançou apenas seis álbuns de estúdio nas menos de duas décadas que este na ativa – com direito a uma interrupção na segunda metade dos anos 1980 até o início da década seguinte.

Todos os discos alcançaram boas vendas, mas não foram unanimidades para Mark Knopfler. O vocalista, guitarrista e líder da banda tinha uma resposta na ponta da língua em relação ao que definitivamente não o agradava.

- Advertisement -

Fazendo uma breve análise, ele disse, em resgate do Far Out Magazine:

“‘Communiqué’ vendeu três milhões de cópias. Em muitos países, foi melhor que o primeiro. O problema foi que ele era uma coisa americana. Mas, tendo dito isso, ainda não acho que foi um disco muito bom.”

A volta por cima com o disco seguinte

A redenção viria com o seu sucessor, como deixa claro o músico. Não que o registro tenha sido feito em um momento de calmaria.

“‘Making Movies’ era mais próximo do que eu gostava de fazer. Naquele disco eu estava determinado a não ser imobilizado por nada. Fizemos uma pausa antes de gravá-lo, tive tempo para considerar tudo o que tinha acontecido e expressar em termos artísticos. Parar, pensar e escrever é uma coisa boa. Algumas dessas músicas foram escritas durante um período de turbulência.”

As próprias composições sofreram influência direta do estado anímico de seu compositor.

“Eu não estava me sentindo bem ou com a vida sob controle quando escrevi ‘Solid Rock’. Deliberadamente escrevi e gravei essa rápido, assim como ‘Expresso Love’. Demorei para registrar ‘Romeo and Juliet’ porque levou mais tempo para escrever e exigiu atenção especial.”

Dire Straits e “Communiqué”

Segundo álbum do Dire Straits, “Communiqué” (1979) alcançou uma marca história na Alemanha, ao se tornar o primeiro disco a estrear direto no topo da parada local. Ao mesmo tempo, o trabalho de estreia do grupo, disponibilizado um ano antes, ostentava um honroso terceiro lugar.

As músicas disponibilizadas como singles foram “Lady Writer” e “Once Upon a Time in the West”. Os teclados foram gravados por Barry Beckett, experiente artista que colaborou com nomes como Bob Dylan, Traffic, Lynyrd Skynyrd, Rod Stewart, Paul Simon, Duane Allman e Phish.

Ganhou disco de ouro nos Estados Unidos e platina no Reino Unido. Apesar do sucesso de público, obteve morna repercussão junto à crítica especializada, que o considerou um trabalho abaixo do debut em termos de qualidade musical.

Sobre “Making Movies”

Making Movies” (1980) foi o primeiro disco do Dire Straits sem o guitarrista David Knopfler. Ele saiu durante as gravações, o que fez com que seu irmão, Mark, refizesse todas as partes. O guitarrista Sid McGinnis e o tecladista Roy Bittan participaram das sessões. O primeiro não foi creditado.

A produção ficou a cargo de Jimmy Iovine, escolhido após o grupo ouvir a versão original de “Because the Night”, composição de Bruce Springsteen gravada por Patti Smith. O álbum ganhou premiação de platina dupla no Reino Unido, platina nos Estados Unidos e Finlândia, além de ouro na França e Alemanha.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioCuriosidadesO álbum do Dire Straits que Mark Knopfler não considera tão bom
João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades