As semelhanças e diferenças entre Ritchie Blackmore e Steve Morse, segundo Simon McBride

Atual titular das seis cordas no Deep Purple entende que antecessores são “similares, porém diferentes”

Com o lançamento do álbum “=1”, Simon McBride se tornou o quarto guitarrista a gravar em estúdio com o Deep Purple. Considerando que Tommy Bolin faz parte de uma época que a própria banda se esforça para esquecer, as comparações inevitáveis acontecem em relação a Ritchie Blackmore e Steve Morse.

Durante entrevista ao Ultimate Guitar, o músico foi questionado sobre como estabeleceria um parâmetro entre os dois colegas de instrumento. Afinal de contas, atualmente ele precisa adaptar seu estilo ao que ambos faziam em diferentes eras.

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Ele começou respondendo:

“Para ser honesto, eles são bem parecidos, apenas de gêneros diferentes. Eu sempre acredito que somos apenas produtos. Somos influenciados e não há nada que possamos fazer sobre isso. Apenas o que ouvimos, o que aprendemos, sai.”

Ritchie Blackmore e Steve Morse

A seguir, Simon teceu comentários sobre a abordagem sonora de cada um. Começando por aquele a quem substituiu diretamente.

“Steve, para mim, vem de uma origem diferente da de Ritchie. Ele tem mais aquele tipo de raiz country e um som mais progressivo. Mas ele nunca foi excessivamente extravagante com isso no Purple. Nunca sentiu a necessidade de pensar: ‘vou destruir aqui e tocar um milhão de notas por segundo’. Ele era muito melódico dentro de suas características.”

Ao falar de Blackmore, McBride conseguiu se fazer entender nas ligações que traçou logo acima.

“Ritchie era meio daquela era do rock blues, mas sempre teve a pegada clássica dentro de si. Então, era mais ou menos a mesma coisa, mas ele apenas manteve a melodia e jogou um pouco de, você sabe, flash aqui e ali. Então, eles são muito parecidos, só que pertencem a dois lados diferentes do mundo, eu acho.”

Simon McBride e a “minoria barulhenta”

Em entrevista exclusiva ao IgorMiranda.com.br, realizada em 2023, Simon reconheceu ter consciência de que a “sombra” de Ritchie sempre rondou pela banda, inclusive ao longo da extensa passagem de Steve Morse. Ainda assim, ele garante que não se incomoda.

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“Eu simplesmente não me preocupo com isso. Existem os fãs hardcore de Ritchie que acreditam que o Purple acabou com a saída dele tantos anos atrás – embora Steve tenha ficado na banda por mais tempo que Ritchie. [Risos] Os fanáticos do Ritchie podem ser muito cruéis com comentários online, mas sendo honesto: eu não me importo com o que pensam de mim, apenas faço o que faço, pois é tudo o que sei fazer.”

Simon McBride, guitarrista do Deep Purple, durante show em 2023
Foto: Gustavo Diakov @xchicanox

Ao mencionar os covardes trolls de internet, o músico faz questão de destacar: são minoria. Barulhentos, mas em menor parte. A gigantesca maioria é receptiva e faz questão de exaltar o trabalho feito junto ao Purple.

“Para ser sincero, 90% das pessoas e comentários nas mídias sociais foram muito respeitosos e positivos para mim, o que é sempre bom de ouvir, sendo o cara novo na banda. Sempre existirão os ‘guerreiros do teclado’, como eu os chamo, o mundo está cheio de pessoas sem educação que sentem a necessidade de insultar outras pessoas sem motivo, mas eu simplesmente não me importo com o que os idiotas pensam. [Risos]”

Deep Purple no Brasil em 2024

O Deep Purple volta ao Brasil no mês de setembro para dois shows. O primeiro acontece dia 13, em São Paulo, no Espaço Unimed. Ingressos para a apresentação podem ser adquiridos clicando aqui.

Dois dias mais tarde, a banda é uma das atrações do Rock in Rio. O grupo encabeça o Palco Sunset, que também contará com Incubus, Planet Hemp convida Pitty e Barão Vermelho. Sobem ao Palco Mundo o Avenged Sevenfold, Evanescence, Journey e Os Paralamas do Sucesso. Ainda há entradas disponíveis neste link.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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