Ao longo de seus quarenta anos de trajetória, o Sepultura teve a oportunidade de colaborar com inúmeros artistas. Só no disco do projeto “SepulQuarta” (2021), a banda reuniu 19 convidados nacionais e internacionais, incluindo nomes como Scott Ian (Anthrax) e Matt Heafy (Trivium).
Para Andreas Kisser, dentre tantas parcerias, uma em específico acabou ganhando destaque maior. Em recente participação no Podcast do Thunder, o guitarrista, quando perguntado a respeito, elegeu a apresentação ao lado de Zé Ramalho no Rock in Rio 2013 como o melhor “feat” do grupo.
Conforme transcrição do site IgorMiranda.com.br, ele explicou:
“O ‘Zépultura’, no Rock in Rio, foi uma experiência mágica. O Zé Ramalho é uma pessoa maravilhosa, gênio, com um coração gigantesco. É um privilégio demais só conhecer um artista como ele, ainda mais trabalhar com ele.’”
Nas palavras do próprio, tudo começou quando ambos regravaram juntos a faixa “Dança das Borboletas”, para a trilha sonora do filme “Lisbela e o Prisioneiro” (2003). A partir daí, outras oportunidades surgiram.
Inclusive, a convite do próprio cantor, seu projeto Kisser Clan lançou uma versão de “Mote das Amplidões”, como forma de celebrar o 40° aniversário do álbum “Zé Ramalho 2” (1979). O músico relembrou:
“Ele convidou o Kisser Clan para fazer parte de uma das regravações de um dos seus discos solo. Fizemos a trilha sonora de ‘Lisbela e o Prisioneiro’, gravamos ‘Dança das Borboletas’ e ali que começou a parceria. Quero mandar um abraço pro André Moraes, que é o produtor, trilheiro, que juntou Sepultura e o Zé Ramalho, e o Zé Ricardo, [vice-presidente artístico] do Rock in Rio, que deu a oportunidade da gente tocar no palco o Sunset.”
Sepultura e Zé Ramalho
Além das colaborações já mencionadas, Zé Ramalho participou de uma sessão de perguntas e respostas do Sepultura em 2020, numa transmissão do SepulQuarta – iniciativa que, durante o período pandêmico, trazia convidados para lives semanais. O artista também apareceu no álbum “Hubris I & II” (2009), primeiro material solo de Andreas Kisser.
Em coletiva de imprensa realizada antes do Rock in Rio 2013, o guitarrista opinou a respeito da parceria considerada inusitada (via Chris Fuscaldo):
“O André Moraes teve a ideia de juntar Sepultura com Zé e foi inusitado, porque a gente não imaginava no que ia dar. Foi tão simples e ficou muito bom. Essa relação tem uma química muito boa. Acho que nossas músicas estão próximas pela atitude. Tecnicamente, são diferentes, cada uma tem suas características, mas o coração é honesto. Quando você se expressa honestamente através da arte, não tem estilo ou divisão. Quem ia imaginar o Zé Ramalho fazendo música com o Sepultura um dia? Mas é um privilégio pra gente.”
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