Mike Portnoy já era uma força reconhecida na cena heavy quando o Radiohead lançou seu terceiro disco, “OK Computer” (1997). O trabalho mostrou a banda inglesa dando o grito de independência definitivo, assumindo a produção e criando uma revolução sonora, reconhecida por público e mídia.
O baterista do Dream Theater figurou entre os conquistados por Thom Yorke e companhia. Não à toa, o álbum em questão foi mencionado pelo músico como um daqueles que mudaram sua vida, em artigo para a Classic Rock.
Ele declarou, estabelecendo uma ousada comparação:
“Este foi lançado em 1997, 30 anos depois de ‘Sgt. Peppers’ No que me diz respeito, ‘OK Computer’ é o ‘Sgt. Peppers’ para o novo milênio. E da mesma forma que ‘Sgt. Peppers’ reescreveu todas as regras e foi o modelo para experimentação em 67, acho que ‘OK Computer’ fez isso em 97 – para uma geração totalmente nova.”
E assim como na obra definitiva dos Beatles, todo o contexto é preenchido por canções realmente marcantes. Diz Portnoy:
“O álbum tem muita profundidade em termos de produção e valor sonoro, mas não é como os mais recentes do Radiohead, onde é só experimentação pela experimentação. Ele também tem músicas incríveis – tudo, de ‘Exit Music (For a Film)’ a ‘Paranoid Android’ e ‘Karma Police’… Quer dizer, são composições incríveis e bem escritas. Então você tinha uma combinação de ótimas faixas e uma produção absolutamente inovadora – é uma combinação que resulta em um dos melhores álbuns de todos os tempos.”
Radiohead e “OK Computer”
Lançado em 21 de maio de 1997, “OK Computer” foi o primeiro disco do Radiohead onde os próprios membros assumiram a linha de frente na produção. Marcou o rompimento definitivo com qualquer obrigação de corresponder a anseios mercadológicos, acrescentando influências experimentais e densas, sem restrições estéticas.
Apesar das baixas expectativas da gravadora, vendeu em torno de 8 milhões de cópias, chegando ao topo da parada no Reino Unido. É frequentemente incluído em altas posições nas listas de melhores álbuns de todos os tempos – além de ter servido de influência para todas as gerações posteriores.
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