Os 11 álbuns que mudaram a vida de Jeff Scott Soto

Assim como na carreira musical, vocalista elaborou uma lista bem eclética, refletindo seus gostos

Jeff Scott Soto não apenas tocou em bandas dos mais variados estilos, como também possui um gosto musical que segue a mesma linha. Prova disso pode ser conferida na lista abaixo, onde o artista selecionou 11 álbuns que exerceram influência sobre sua vida e obra.

O ranking foi compilado a pedido do site Classic Rock History, contando com explicações do músico. Sobrou espaço para memórias que iam da infância e adolescência até descobertas de quando a carreira profissional já era ativa.

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Eis as escolhas e suas explicações.

Os 11 álbuns que mudaram a vida de Jeff Scott Soto

Dan Reed Network – Dan Reed Network (1988): “Era o final dos anos 80 e uma das poucas vezes em que fui levado para Miami para possivelmente me juntar a Yngwie [Malmsteen] novamente. Ele me pegou no aeroporto e fomos para a casa dele, onde eu estava hospedado naquela semana. Na porta havia uma caixa de CDs compilados que sua gravadora Polygram enviava se ele estivesse interessado… ele não estava e me orientou a levar qualquer coisa da caixa que eu quisesse.

O álbum de estreia desse grupo desconhecido, Dan Reed Network, foi o único que levei para conferir e, meu Deus, essa banda tinha todos os elementos do meu álbum dos sonhos. Soava como se Bon Jovi e Prince tivessem um filho soul… modelada após Sly & The Family Stone em termos de etnia e tom de pele; a música ainda ressoa comigo hoje!”

Prince – Sign o’ the Times (1987): “Eu sabia que tinha que colocar um álbum do Prince aqui. Para ser honesto, teria sido mais fácil fazer um top 10 só desse artista! Prince era perfeito triplamente em termos de artista/escritor/produtor. Adicione músico, cantor, dançarino e os ‘perfeitos’ se estendem além de qualquer palavra que cubra todo o espectro do que ele fez! Eu escolhi ‘Sign ‘o the Times’ não só porque é um álbum que eu não poderia pular nenhuma música, mas porque era um álbum duplo que me ofereceu mais!”

Van Halen – Fair Warning (1981): “Claro, seria fácil escolher ‘Van Halen’ ou ‘Van Halen II’ acima de todos os álbuns, mas para mim, ‘Fair Warning’ foi outro nível para a banda. É dark, funky, diverso, pesado e todos os outros elementos que nos fizeram apaixonar por eles! ‘So This Is Love’, ‘Unchained’, ‘Mean Street’… esse álbum é fogo empilhado do começo ao fim!”

Queen – Queen II (1974): “Outro grupo que eu sabia que tinha que escolher apenas um… hã… como? Mas sim, eu vou de ‘Queen II’ principalmente porque você podia ouvir a maturidade imediata do Queen. Mas também foi o precursor do que viria. Mas ainda mais interessante foi (espero que eu tenha esse fato correto) que eles ainda estavam usando mesas de som de 16 pistas.

Então, os overdubs e os bouncing provavelmente eram tão loucos quanto quando eles fizeram ‘A Night at the Opera’. No início da minha carreira, eu era mais fascinado por backing vocals e harmonias do que pelos vocais principais. Acho que é por isso que eu gravitei em torno de bandas com vocais multicamadas… e o Queen era rei nisso!”

Jellyfish – Split Milk (1993): “Nunca vou esquecer de ouvir esse álbum pela primeira vez e sentir como se tivesse sido transportado de volta aos anos 70 cercado por personagens de H.R. Pufnstuf, cantando com a Partridge Family, então Cheap Trick, The Beatles, Beach Boys e Queen chegaram para completar o ambiente. Da acapella ‘Hush’ ao final carnavalesco de ‘Brighter Day’, esse disco me deixa maravilhado até hoje!”

Iron Maiden – The Number of the Beast (1982): “Este álbum causou impacto em mim porque eu ainda não estava muito ligado em metal até que ele me deu um chute na cabeça! Eu lembro do meu irmão ouvindo ‘Killers’ o tempo todo, mas a voz simplesmente não me agradava, então eu os desconsiderei como algo que ‘não era para mim’.

A partir da sirene aérea uivando na faixa-título, Bruce Dickinson me mostrou como era feito! Eu conto a história o tempo todo sobre como eu não era um cantor de metal muito confiante, mas quando consegui o trabalho com Yngwie para as duas músicas de seu primeiro álbum, eu tentei imitar Bruce e Ronnie James Dio. Na minha cabeça, eu soava muito como eles; ouvindo agora, eu não soava nada como eles. [risos]”

Toto – Isolation (1984): “Como Bobby Kimball é um dos meus cantores favoritos de todos os tempos, é difícil, mas fácil, escolher ‘Isolation’ não apenas como um álbum que mudou minha vida, mas também como meu álbum favorito do Toto. Álbuns que mudam a vida de alguém são baseados em onde a pessoa estava durante aquele tempo, tanto emocional quanto mentalmente. Eu também era um grande fã de Fergie Frederiksen quando ele estava na banda Le Roux. Eu consegui uma cópia antecipada em cassete deste álbum enquanto ensaiávamos para uma turnê do Yngwie em 1985. Foi o primeiro álbum do Toto que eu pude ouvir do começo ao fim sem pular nenhuma música. É uma joia absoluta aos meus olhos e ouvidos.”

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Journey – Departure (1980): “Eu era um grande fã de Steve Perry em suas primeiras gravações com o Journey, mas foi ‘Departure’ que me tornou um admirador genuíno da banda e das músicas! A criatividade por trás de ‘People and Places’, esta sendo a última com Gregg Rolie. Greg, para mim, adicionava uma essência que a banda perdeu quando Jonathan Cain entrou. Isso não é uma crítica, eles se tornaram maiores do que nunca com músicas ainda mais matadoras. Mas ‘Departure’ caiu no meu colo bem quando eu estava realmente entrando no rock, então tem um lugar especial no meu coração.”

The Jackson 5 – Jackson 5 Christmas Album (1970): “Eu sei que é estranho escolher um álbum de Natal ou até mesmo o álbum de Natal deles, mas esse foi o primeiro disco de vinil que comprei com meu próprio dinheiro, a mesada que recebia dos meus pais. Michael Jackson foi minha primeira e maior influência porque ele era criança quando eu era criança.

Eu amava essas músicas, mas o mais importante, eu sabia que queria fazer o que ele estava fazendo como um colega cantor infantil. Havia muito conteúdo (na minha opinião) em outros álbuns do Jackson 5 além de seus sucessos, mas por algum motivo, eu podia ouvir esse aqui o ano todo porque Michael Jackson simplesmente cantava demais nele! Até hoje, minhas versões favoritas desses clássicos foram feitas neste disco!”

Rush – Hemispheres (1978): “Demorei para apreciar o Rush do jeito que faço hoje. Sim, a voz de Geddy Lee foi um obstáculo para mim, devo dizer. Mas, refletindo agora, nenhuma outra voz poderia apresentar essas músicas, Deus abençoe Geddy! Eu curti a partir de ‘Moving Pictures’ e normalmente escolheria ele. Mas então descobri a obra-prima ‘Hemispheres’. Talvez as longas músicas sequenciadas como um álbum conceitual tenham feito isso por mim, ou as longas seções instrumentais — quem sabe? Tudo o que sei é que este álbum é a perfeição da abertura ao fade out de ‘La Villa Strangiato’.”

Boston – Boston (1976): “Este é óbvio para qualquer um que curta rock, seja AOR ou metal. É um álbum que resiste ao teste do tempo em muitos níveis. Músicas, performances, vocais, produção… pode soar antigo para alguém jovem no presente, mas ainda soa fresco e emocionante, inovador e perfeito para mim. Brad Delp foi uma grande influência, pois ele tinha tudo: alcance, sentimento e alma. Tom Scholz foi um gênio genuíno neste álbum. Acho que amei ‘Don’t Look Back’, o seguinte, tanto quanto, mas esse foi o catalisador que fez isso por mim desde o início.”

Extreme – III Sides to Every Story (1992): “Amo diversidade, riscos e mostrar o máximo de cores possível quando se trata de música e influência. Assim como o Queen, o Extreme é uma dessas bandas que não tem medo de mostrar o coração musicalmente. ‘III Sides…’ é bem evidente nisso. Adoro a produção e as músicas, mas assim como minha escolha de álbum do Prince, ele tinha mais (um álbum duplo) do que outros, então havia muito para degustar. Outro álbum que eu não poderia/não ousaria pular para a próxima música!”

Sobre Jeff Scott Soto

Nascido no Brooklyn, em Nova York e filho de porto-riquenhos, Jeff Scott Soto despontou como vocalista da banda do guitarrista sueco Yngwie Malmsteen em seus primeiros discos, que se tornaram referenciais no estilo neoclássico. O destaque o fez trabalhar com outros guitar heroes, como o alemão Axel Rudi Pell, o japonês Kuni e o italiano Alex Masi.

Além das bandas já citadas acima, teve como destaque uma breve passagem pelo Journey no início do século. Também gravou e excursionou com Talisman, Sons of Apollo, Art of Anarchy, Ellefson-Soto, Takara, Eyes, Trans-Siberian Orchestra, Human Clay, Humanimal, Soul SirkUS, Kryst The Conqueror, Redlist, The Boogie Knights, Panther, Skrap Mettle e Spike All Stars.

Ainda esteve envolvido na banda fictícia Steel Dragon, registrando vocais para o filme “Rock Star” (2001). Também gravou músicas para a série animada “Biker Mice From Mars”, conhecida no Brasil como “Esquadrão Marte”.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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