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Edu Falaschi promove boa noite de fan service no Rio de Janeiro

Com shows introdutórios de Noturnall e Storia, cantor revisita ao vivo do Angra com desempenho vocal satisfatório no palco do Circo Voador

Não são necessárias pesquisas de opinião para saber o que os fãs de Edu Falaschi desejam. O cantor vem de uma boa sequência de álbuns, mas parece ter ciência de que empolga mesmo quando decide voltar no tempo.

Dito isso, a presente turnê, na qual Edu revisita o ao vivo “Rebirth World Tour: Live in São Paulo” na íntegra — ou seja, cantando inclusive canções da fase Andre Matos do Angra —, é fan service dos bons, além de ser uma aposta segura na tal da nostalgia que vende.

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Com Noturnall e Storia no apoio, o giro chegou ao palco do Circo Voador, no Rio de Janeiro, no último domingo (21). Saiba como foi.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Storia

O pontapé inicial da noite coube ao novato Storia, cuja fundação se deu em 2023 e seu único trabalho, “Revenant – The Silver Age”, chegou às plataformas digitais em 17 de maio deste ano. E a apresentação de Pedro Cavazana (vocais), Gabriel Veloso (guitarra), Pablo Guillarducci (baixo) e Thiago Caeiro (bateria) resumiu-se às quatro faixas — cinco se considerarmos a introdução “Memories Of” — do supracitado EP.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

O som é um power metal escrito conforme a cartilha desta vertente. Contos épicos, mitos e fantasia desenvolvidos sob um instrumental que, não raro, parece mirar nos músicos ou naqueles de ouvido mais treinado para minúcias técnicas na plateia.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Nota-se também alguma dificuldade de conexão com o público. Os músicos pareciam pouco à vontade, talvez tomados pelo nervosismo de causar uma primeira boa impressão.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Não se pode julgar, mas o fato é que em seus 20 minutos na ribalta, o quarteto mostrou que ainda tem pouca “Storia” pra contar, mas que, com a caneta e o tinteiro certos, os próximos capítulos têm como dar uma agitada no enredo.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Repertório — Storia:

  1. Memories Of
  2. The Grey Twilight
  3. Rise of the Silver Knights
  4. It’s Treason Then
  5. Revenant
Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Noturnall

Sai uma banda em meio a um test-drive e entra outra de altíssima quilometragem rodada. Sob a batuta esperta e às vezes falastrona do vocalista Thiago Bianchi, o Noturnall é hoje detentor de um status que o posiciona poucos degraus abaixo de Sepultura, Angra e (talvez) Viper no quesito importância e relevância para o metal nacional. Em uma década na ativa, foram quatro álbuns de estúdio — o mais recente, “Cosmic Redemption”, saiu ano passado — e compromissos dentro e fora do país, num ritmo frenético, porém incansável.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Só que toda a experiência dentro e fora dos palcos, incluindo aquelas anteriores à formação do grupo em 2013 — como quando Bianchi assumiu o microfone no Shaman nos discos “Immortal” (2007) e “Origins” (2010) —, parece ainda não converter em bons frutos musicais. O metal do Noturnall é de uma assepsia quase hospitalar, de uma perfeição quase robótica, e ao vivo fica muito evidente que a banda completa por Victor Franco (guitarra), Saulo Xakol (baixo) e Henrique Pucci (bateria) fornece apoio para Thiago incorporar uma persona rock star de trejeitos e macetes obtidos junto aos grandes da seara. Não dá pra negar que nisso ele é muito bom. Cativa pra valer.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Talvez pela fatia autoral ter pouco carisma — exceto pelo pedregulho “Fight the System” (com direito a uma “dedicatória” aos políticos e seu fã-clube) e “No Turn at All” (que na qualidade de carro-chefe do repertório, consiste no melhor exemplo de caminho a ser trilhado pelo quarteto), os momentos de maior interação se dão nas versões. São elas: “Fairy Tale”, do Shaman, com desempenho notável de Bianchi; e “O Tempo Não Para”, a ode de Cazuza à brevidade da existência terrena que acertou em cheio a turma que alterna café e Rivotril enquanto dribla os AVCs que a vida tenta lhes proporcionar. Cartada de gênio; e ponto para o cantor.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Repertório — Noturnall:

  1. Try Harder
  2. No Turn At All
  3. Fight the System
  4. Fairy Tale (Shaman)
  5. Shallow Grave
  6. O Tempo Não Para (Cazuza)
  7. Reset the Game
  8. Scream for Me
  9. Nocturnal Human Side
Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Edu Falaschi

Os vinte anos que se passaram desde o lançamento conferiram a “Rebirth World Tour: Live in São Paulo” o status de marco do metal brasileiro. Verdade seja dita: ao menos parte disso pode ser colocado na conta de Edu, cujo “Boa noite, São Paulow!” é o equivalente canarinho à risada de Bruce Dickinson na versão de “Fear of the Dark” tocada pelo Iron Maiden ao vivo no Rock in Rio.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Dá para supor que não havia vivalma no Circo Voador que não conhecesse o CD/DVD de cabo a rabo, com direito a cada fala do então recém-chegado vocalista. Teria sido uma colherada a mais de nostalgia se Edu repetisse ao menos parte do script, mas, thank God, o cara não se prestou a isso.

Aliás, de todas as N vezes em que este escriba testemunhou Falaschi, seja solo ou à frente do Angra ou do Almah, esta foi a que ele menos trocou figurinhas com o público. Foi breve em seus avisos paroquiais e resistiu à tentação de arrancar alguns aplausos efusivos com alguma declaração que, possível e provavelmente, seria usada contra ele no implacável tribunal da internet.

Deu certo poupar a voz para as músicas, e com o peito a gargalhar eu posso escrever que, sim, Edu estava em noite inspirada. A voz, lógico, o traiu nas notas mais estratosféricas — em especial nas canções herdadas do folhetim de Andre Matos —, mas não houve as tais derrapadas pelas quais alguns parecem torcer que ocorram.

Inspirada também estava a banda de apoio, principalmente Roberto Barros. Não faz muito tempo que “Betão” viu a cara da morte e isso visivelmente o fez recalcular algumas rotas no GPS pessoal. No lugar da sisudez, sorrisos e uma leveza que parecia refletir o novo shape. Foi bom vê-lo daquele jeito; ouvi-lo, é aquilo: ele veste o manto do shredding, não nega e, querendo ou não, acaba sendo um pouco autoindulgente. Mas as próprias composições de Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt dos anos 1990 e 2000 também o eram. Jovens…

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Com Edu e Roberto liderando a infantaria, Diogo Mafra (guitarra) e Raphael Dafras (baixo) terminaram relegados a um segundo plano que, de certa forma, condiz com a presença meio oração sem sujeito da dupla. Na bateria, Jean Gardinalli provou ser ótima escolha para o posto de Aquiles Priester, e nos teclados, Fábio Laguna proveu muitas das texturas presentes no registro original com a maestria e simpatia que lhe são particulares.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos
Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Como no DVD, “Metal Icarus” foi permeada por um chamada-e-resposta com o público e um solo de bateria separou a calmaria quase rural de “Make Believe” da investida speed-aborígene de “Unholy Wars”. A hora do improviso se deu quando Edu, violão em punho para executar “Rebirth”, puxou o refrão de “Agora Estou Sofrendo”, “versão Yahoo” feita pelo grupo de forró Calcinha Preta para “Bleeding Heart”, a balada suprema do Angra.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Com “Nothing to Say” e “Carry On”, obviamente precedidas pelas introduções “Crossing” e “Unfinished Allegro”, e “The Number of the Beast”, do Maiden, a execução do CD/DVD chegou ao fim sob ruidosos aplausos e mosh pits ousados para às 23h45 de um domingo. No bis, a tal “ultimate version” de “Pegasus Fantasy” — música que foi por anos uma pedra no sapato de Falaschi, diga-se —, recém-lançada como single e acompanhada por uma sorte de produtos oficiais, arou o campo para “Spread Your Fire”, faixa que abre o sucessor de “Rebirth”, “Temple of Shadows”, que completa 20 anos de lançamento em setembro próximo. Será que o primo Edu já está de olho nessa efeméride? Acompanhemos…

*Mais fotos de Edu Falaschi e Noturnall ao fim da página.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Edu Falaschi — ao vivo no Rio de Janeiro

  • Local: Circo Voador
  • Data: 21 de julho de 2024
  • Turnê: Rebirth Live in SP Revisited
  • Produção: Tomarock

Repertório:

  1. In Excelsis / Nova Era
  2. Acid Rain
  3. Angels Cry
  4. Heroes of Sand
  5. Metal Icarus
  6. Millennium Sun
  7. Make Believe
  8. Unholy Wars
  9. Rebirth
  10. Time
  11. Running Alone
  12. Crossing / Nothing to Say
  13. Unfinished Allegro / Carry On
  14. The Number of the Beast

Bis:

  1. Pegasus Fantasy
  2. Deus Le Volt! / Spread Your Fire

Edu Falaschi:

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos
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Noturnall:

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Marcelo Vieira
Marcelo Vieirahttp://www.marcelovieiramusic.com.br
Marcelo Vieira é jornalista graduado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA), com especialização em Produção Editorial pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Há mais de dez anos atua no mercado editorial como editor de livros e tradutor freelancer. Escreve sobre música desde 2006, com passagens por veículos como Collector's Room, Metal Na Lata e Rock Brigade Magazine, para os quais realizou entrevistas com artistas nacionais e internacionais, cobriu shows e festivais, e resenhou centenas de álbuns, tanto clássicos como lançamentos, do rock e do metal.

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Com shows introdutórios de Noturnall e Storia, cantor revisita ao vivo do Angra com desempenho vocal satisfatório no palco do Circo Voador

Não são necessárias pesquisas de opinião para saber o que os fãs de Edu Falaschi desejam. O cantor vem de uma boa sequência de álbuns, mas parece ter ciência de que empolga mesmo quando decide voltar no tempo.

Dito isso, a presente turnê, na qual Edu revisita o ao vivo “Rebirth World Tour: Live in São Paulo” na íntegra — ou seja, cantando inclusive canções da fase Andre Matos do Angra —, é fan service dos bons, além de ser uma aposta segura na tal da nostalgia que vende.

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Com Noturnall e Storia no apoio, o giro chegou ao palco do Circo Voador, no Rio de Janeiro, no último domingo (21). Saiba como foi.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Storia

O pontapé inicial da noite coube ao novato Storia, cuja fundação se deu em 2023 e seu único trabalho, “Revenant – The Silver Age”, chegou às plataformas digitais em 17 de maio deste ano. E a apresentação de Pedro Cavazana (vocais), Gabriel Veloso (guitarra), Pablo Guillarducci (baixo) e Thiago Caeiro (bateria) resumiu-se às quatro faixas — cinco se considerarmos a introdução “Memories Of” — do supracitado EP.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

O som é um power metal escrito conforme a cartilha desta vertente. Contos épicos, mitos e fantasia desenvolvidos sob um instrumental que, não raro, parece mirar nos músicos ou naqueles de ouvido mais treinado para minúcias técnicas na plateia.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Nota-se também alguma dificuldade de conexão com o público. Os músicos pareciam pouco à vontade, talvez tomados pelo nervosismo de causar uma primeira boa impressão.

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Não se pode julgar, mas o fato é que em seus 20 minutos na ribalta, o quarteto mostrou que ainda tem pouca “Storia” pra contar, mas que, com a caneta e o tinteiro certos, os próximos capítulos têm como dar uma agitada no enredo.

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Repertório — Storia:

  1. Memories Of
  2. The Grey Twilight
  3. Rise of the Silver Knights
  4. It’s Treason Then
  5. Revenant
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Noturnall

Sai uma banda em meio a um test-drive e entra outra de altíssima quilometragem rodada. Sob a batuta esperta e às vezes falastrona do vocalista Thiago Bianchi, o Noturnall é hoje detentor de um status que o posiciona poucos degraus abaixo de Sepultura, Angra e (talvez) Viper no quesito importância e relevância para o metal nacional. Em uma década na ativa, foram quatro álbuns de estúdio — o mais recente, “Cosmic Redemption”, saiu ano passado — e compromissos dentro e fora do país, num ritmo frenético, porém incansável.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Só que toda a experiência dentro e fora dos palcos, incluindo aquelas anteriores à formação do grupo em 2013 — como quando Bianchi assumiu o microfone no Shaman nos discos “Immortal” (2007) e “Origins” (2010) —, parece ainda não converter em bons frutos musicais. O metal do Noturnall é de uma assepsia quase hospitalar, de uma perfeição quase robótica, e ao vivo fica muito evidente que a banda completa por Victor Franco (guitarra), Saulo Xakol (baixo) e Henrique Pucci (bateria) fornece apoio para Thiago incorporar uma persona rock star de trejeitos e macetes obtidos junto aos grandes da seara. Não dá pra negar que nisso ele é muito bom. Cativa pra valer.

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Talvez pela fatia autoral ter pouco carisma — exceto pelo pedregulho “Fight the System” (com direito a uma “dedicatória” aos políticos e seu fã-clube) e “No Turn at All” (que na qualidade de carro-chefe do repertório, consiste no melhor exemplo de caminho a ser trilhado pelo quarteto), os momentos de maior interação se dão nas versões. São elas: “Fairy Tale”, do Shaman, com desempenho notável de Bianchi; e “O Tempo Não Para”, a ode de Cazuza à brevidade da existência terrena que acertou em cheio a turma que alterna café e Rivotril enquanto dribla os AVCs que a vida tenta lhes proporcionar. Cartada de gênio; e ponto para o cantor.

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Repertório — Noturnall:

  1. Try Harder
  2. No Turn At All
  3. Fight the System
  4. Fairy Tale (Shaman)
  5. Shallow Grave
  6. O Tempo Não Para (Cazuza)
  7. Reset the Game
  8. Scream for Me
  9. Nocturnal Human Side
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Edu Falaschi

Os vinte anos que se passaram desde o lançamento conferiram a “Rebirth World Tour: Live in São Paulo” o status de marco do metal brasileiro. Verdade seja dita: ao menos parte disso pode ser colocado na conta de Edu, cujo “Boa noite, São Paulow!” é o equivalente canarinho à risada de Bruce Dickinson na versão de “Fear of the Dark” tocada pelo Iron Maiden ao vivo no Rock in Rio.

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Dá para supor que não havia vivalma no Circo Voador que não conhecesse o CD/DVD de cabo a rabo, com direito a cada fala do então recém-chegado vocalista. Teria sido uma colherada a mais de nostalgia se Edu repetisse ao menos parte do script, mas, thank God, o cara não se prestou a isso.

Aliás, de todas as N vezes em que este escriba testemunhou Falaschi, seja solo ou à frente do Angra ou do Almah, esta foi a que ele menos trocou figurinhas com o público. Foi breve em seus avisos paroquiais e resistiu à tentação de arrancar alguns aplausos efusivos com alguma declaração que, possível e provavelmente, seria usada contra ele no implacável tribunal da internet.

Deu certo poupar a voz para as músicas, e com o peito a gargalhar eu posso escrever que, sim, Edu estava em noite inspirada. A voz, lógico, o traiu nas notas mais estratosféricas — em especial nas canções herdadas do folhetim de Andre Matos —, mas não houve as tais derrapadas pelas quais alguns parecem torcer que ocorram.

Inspirada também estava a banda de apoio, principalmente Roberto Barros. Não faz muito tempo que “Betão” viu a cara da morte e isso visivelmente o fez recalcular algumas rotas no GPS pessoal. No lugar da sisudez, sorrisos e uma leveza que parecia refletir o novo shape. Foi bom vê-lo daquele jeito; ouvi-lo, é aquilo: ele veste o manto do shredding, não nega e, querendo ou não, acaba sendo um pouco autoindulgente. Mas as próprias composições de Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt dos anos 1990 e 2000 também o eram. Jovens…

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Com Edu e Roberto liderando a infantaria, Diogo Mafra (guitarra) e Raphael Dafras (baixo) terminaram relegados a um segundo plano que, de certa forma, condiz com a presença meio oração sem sujeito da dupla. Na bateria, Jean Gardinalli provou ser ótima escolha para o posto de Aquiles Priester, e nos teclados, Fábio Laguna proveu muitas das texturas presentes no registro original com a maestria e simpatia que lhe são particulares.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos
Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Como no DVD, “Metal Icarus” foi permeada por um chamada-e-resposta com o público e um solo de bateria separou a calmaria quase rural de “Make Believe” da investida speed-aborígene de “Unholy Wars”. A hora do improviso se deu quando Edu, violão em punho para executar “Rebirth”, puxou o refrão de “Agora Estou Sofrendo”, “versão Yahoo” feita pelo grupo de forró Calcinha Preta para “Bleeding Heart”, a balada suprema do Angra.

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

Com “Nothing to Say” e “Carry On”, obviamente precedidas pelas introduções “Crossing” e “Unfinished Allegro”, e “The Number of the Beast”, do Maiden, a execução do CD/DVD chegou ao fim sob ruidosos aplausos e mosh pits ousados para às 23h45 de um domingo. No bis, a tal “ultimate version” de “Pegasus Fantasy” — música que foi por anos uma pedra no sapato de Falaschi, diga-se —, recém-lançada como single e acompanhada por uma sorte de produtos oficiais, arou o campo para “Spread Your Fire”, faixa que abre o sucessor de “Rebirth”, “Temple of Shadows”, que completa 20 anos de lançamento em setembro próximo. Será que o primo Edu já está de olho nessa efeméride? Acompanhemos…

*Mais fotos de Edu Falaschi e Noturnall ao fim da página.

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Edu Falaschi — ao vivo no Rio de Janeiro

  • Local: Circo Voador
  • Data: 21 de julho de 2024
  • Turnê: Rebirth Live in SP Revisited
  • Produção: Tomarock

Repertório:

  1. In Excelsis / Nova Era
  2. Acid Rain
  3. Angels Cry
  4. Heroes of Sand
  5. Metal Icarus
  6. Millennium Sun
  7. Make Believe
  8. Unholy Wars
  9. Rebirth
  10. Time
  11. Running Alone
  12. Crossing / Nothing to Say
  13. Unfinished Allegro / Carry On
  14. The Number of the Beast

Bis:

  1. Pegasus Fantasy
  2. Deus Le Volt! / Spread Your Fire

Edu Falaschi:

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos
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Noturnall:

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Marcelo Vieira
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Marcelo Vieira é jornalista graduado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA), com especialização em Produção Editorial pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Há mais de dez anos atua no mercado editorial como editor de livros e tradutor freelancer. Escreve sobre música desde 2006, com passagens por veículos como Collector's Room, Metal Na Lata e Rock Brigade Magazine, para os quais realizou entrevistas com artistas nacionais e internacionais, cobriu shows e festivais, e resenhou centenas de álbuns, tanto clássicos como lançamentos, do rock e do metal.

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