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Como o tédio levou Ritchie Blackmore a sair do Deep Purple

Cansado da rotina de tocar em uma banda de som pesado, guitarrista sentiu-se aliviado por ter explorado outros estilos

Não é segredo que Ritchie Blackmore estava insatisfeito com o Deep Purple em seus anos finais na banda. Agora, o guitarrista contou que o rompimento em 1993 se deu não apenas em função do desgaste no relacionamento interno, como também por estar cansado do som barulhento que fez por décadas.

Em entrevista ao New Jersey Stage (via Ultimate Classic Rock), Blackmore declarou que, desde então, manteve-se aberto a novas experiências musicais. O maior reflexo disso reside no fato de ele ter abraçado sonoridades completamente diferentes das feitas anteriormente por ele, seja no Purple ou no Rainbow.

- Advertisement -

Ele diz:

“Sempre me interessei por rock melódico – melodias em geral. No final do Purple, era apenas barulhento pelo propósito de ser barulhento, então quando ouvi a música renascentista, havia tantas melodias incríveis, que me tocaram. Isso foi um grande alívio em muitos aspectos, então pulei fora apenas para tocar algumas melodias de forma mais orgânica.”

Curiosamente, não foi uma transição imediata. Em 1993, quando decidiu deixar de vez o Purple, Ritchie reativou o Rainbow, banda que estava na geladeira desde seu retorno ao Deep Purple, em 1984. Com uma nova formação, o grupo originalmente formado em 1975 disponibilizou o álbum “Stranger in Us All” (1995), mas não teve continuidade — a não ser por uma breve reunião para shows na segunda metade da década de 2010.

Em 1997, Blackmore formou o Blackmore’s Night, que explora temas renascentistas e uma sonoridade fincada no folk medieval tradicional. O projeto foi criado ao lado de sua esposa, Candice Night, que também integrava o Rainbow como backing vocal.

Ritchie Blackmore, Deep Purple e o tédio

Ainda durante a entrevista, Ritchie Blackmore contou ter se reconectado com a música através do Blackmore’s Night. Foi aí que o guitarrista mencionou ter ficado “entediado” com o som pesado do Deep Purple.

“O estresse vinha das viagens relacionadas ao rock ‘n’ roll, da tentativa contínua de criar diferentes riffs sempre mais pesados, o que pode ser chato. Eu estava ficando cansado de tocar o mesmo tipo de música: rock pesado por rock pesado.”

Blackmore’s Night de volta

Após alguns meses sem atividades, o Blackmore’s Night já tem data para voltar à estrada. O projeto de Ritchie Blackmore e Candice Night conta com datas marcadas pelos Estados Unidos entre junho e julho.

A formação atual do grupo ainda conta com o baixista Mike Clemente, o baterista David Keith, o tecladista David Baranowski, a violinista Claire Smith e a flautista e backing vocal Christina Lynn Skleros.

Diz o casal protagonista em mensagem oficial aos fãs:

“Junte-se a nós neste verão enquanto os fogos místicos brilham à meia-noite. Para todos os nossos amigos, fãs e família Blackmore’s Night: pegue seu pandeiro ou sua caneca de cerveja, cante e dance conosco ‘Under a Violet Moon’. Deixe-nos transportá-lo de volta no tempo para uma noite mágica com música que iluminará seus corações e almas.”

Por enquanto, esses são os shows confirmados:

  • 22/06 – The Sherman Theater – Stroudsburg, PA
  • 23/06 – District Music Hall – Norwalk, CT
  • 30/06 – Academy of Music – Northampton, MA
  • 05/07 – The Vogel – Red Bank, NJ
  • 06/07 – The Vogel – Red Bank, NJ

Sobre o projeto

O Blackmore’s Night teve início em 1997, após o Rainbow ter sido colocado em hibernação pela segunda vez. Desde então, 11 álbuns de estúdio foram lançados. O mais recente, “Nature’s Light”, saiu em 2021. O trabalho teve como principal desempenho comercial o sétimo lugar na parada alemã.

Além de composições próprias e versões para canções que remetem à característica do projeto, o repertório dos shows costuma incluir algumas músicas do passado de Ritchie. A mais constantemente presente é “Soldier of Fortune”, composta em parceria com David Coverdale e registrada pelo Deep Purple no álbum “Stormbringer” (1974).

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Mari Dertoni
Mari Dertonihttps://igormiranda.com.br/
Mari Dertoni é jornalista, fotógrafa e social media. Obcecada por cinema e música!

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Não é segredo que Ritchie Blackmore estava insatisfeito com o Deep Purple em seus anos finais na banda. Agora, o guitarrista contou que o rompimento em 1993 se deu não apenas em função do desgaste no relacionamento interno, como também por estar cansado do som barulhento que fez por décadas.

Em entrevista ao New Jersey Stage (via Ultimate Classic Rock), Blackmore declarou que, desde então, manteve-se aberto a novas experiências musicais. O maior reflexo disso reside no fato de ele ter abraçado sonoridades completamente diferentes das feitas anteriormente por ele, seja no Purple ou no Rainbow.

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Ele diz:

“Sempre me interessei por rock melódico – melodias em geral. No final do Purple, era apenas barulhento pelo propósito de ser barulhento, então quando ouvi a música renascentista, havia tantas melodias incríveis, que me tocaram. Isso foi um grande alívio em muitos aspectos, então pulei fora apenas para tocar algumas melodias de forma mais orgânica.”

Curiosamente, não foi uma transição imediata. Em 1993, quando decidiu deixar de vez o Purple, Ritchie reativou o Rainbow, banda que estava na geladeira desde seu retorno ao Deep Purple, em 1984. Com uma nova formação, o grupo originalmente formado em 1975 disponibilizou o álbum “Stranger in Us All” (1995), mas não teve continuidade — a não ser por uma breve reunião para shows na segunda metade da década de 2010.

Em 1997, Blackmore formou o Blackmore’s Night, que explora temas renascentistas e uma sonoridade fincada no folk medieval tradicional. O projeto foi criado ao lado de sua esposa, Candice Night, que também integrava o Rainbow como backing vocal.

Ritchie Blackmore, Deep Purple e o tédio

Ainda durante a entrevista, Ritchie Blackmore contou ter se reconectado com a música através do Blackmore’s Night. Foi aí que o guitarrista mencionou ter ficado “entediado” com o som pesado do Deep Purple.

“O estresse vinha das viagens relacionadas ao rock ‘n’ roll, da tentativa contínua de criar diferentes riffs sempre mais pesados, o que pode ser chato. Eu estava ficando cansado de tocar o mesmo tipo de música: rock pesado por rock pesado.”

Blackmore’s Night de volta

Após alguns meses sem atividades, o Blackmore’s Night já tem data para voltar à estrada. O projeto de Ritchie Blackmore e Candice Night conta com datas marcadas pelos Estados Unidos entre junho e julho.

A formação atual do grupo ainda conta com o baixista Mike Clemente, o baterista David Keith, o tecladista David Baranowski, a violinista Claire Smith e a flautista e backing vocal Christina Lynn Skleros.

Diz o casal protagonista em mensagem oficial aos fãs:

“Junte-se a nós neste verão enquanto os fogos místicos brilham à meia-noite. Para todos os nossos amigos, fãs e família Blackmore’s Night: pegue seu pandeiro ou sua caneca de cerveja, cante e dance conosco ‘Under a Violet Moon’. Deixe-nos transportá-lo de volta no tempo para uma noite mágica com música que iluminará seus corações e almas.”

Por enquanto, esses são os shows confirmados:

  • 22/06 – The Sherman Theater – Stroudsburg, PA
  • 23/06 – District Music Hall – Norwalk, CT
  • 30/06 – Academy of Music – Northampton, MA
  • 05/07 – The Vogel – Red Bank, NJ
  • 06/07 – The Vogel – Red Bank, NJ

Sobre o projeto

O Blackmore’s Night teve início em 1997, após o Rainbow ter sido colocado em hibernação pela segunda vez. Desde então, 11 álbuns de estúdio foram lançados. O mais recente, “Nature’s Light”, saiu em 2021. O trabalho teve como principal desempenho comercial o sétimo lugar na parada alemã.

Além de composições próprias e versões para canções que remetem à característica do projeto, o repertório dos shows costuma incluir algumas músicas do passado de Ritchie. A mais constantemente presente é “Soldier of Fortune”, composta em parceria com David Coverdale e registrada pelo Deep Purple no álbum “Stormbringer” (1974).

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