O detalhe que mais chateou Richie Sambora em documentário sobre Bon Jovi

Guitarrista não aprovou a maneira como sua luta contra o vício foi retratada no conteúdo

A reunião de Richie Sambora com o Bon Jovi parece ter ganhado um obstáculo decisivo no documentário contando a história da banda, “Thank You, Goodnight: The Bon Jovi Story”. O guitarrista não ficou nada satisfeito com a forma como foi retratado na produção, para a qual cedeu depoimentos.

O descontentamento já havia sido externado em ocasiões anteriores e ganhou mais detalhes em uma nova entrevista, desta vez à revista Guitar Player. O instrumentista não gostou de ver como suas lutas contra o vício e as duas internações a que se submeteu foram retratadas.

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Ele disse, conforme registro do Guitar.com:

“Fui internado duas vezes e saí limpo de ambas. Aprendi muito, e ouça, não estou mentindo, pode pesquisar – eu me tornei como um conselheiro para as pessoas. Fiquei analisando: ‘Espere um minuto. Vamos ver onde os demônios estão’. Fiz todo o trabalho e realmente gostei. Para um adulto ser capaz de reservar um tempo para reorientar sua vida e fazer isso é extraordinário. Os psiquiatras e todos foram maravilhosos. Eu gosto de terapia.”

Sendo assim, Richie entende que a imagem transmitida pelo conteúdo audiovisual não o representa.

“Essa é uma das outras coisas que foi refletida no documentário: as pessoas que viram pensaram que eu era, o quê, um bêbado? Que não comparecia um dia porque estava chapado? Isso não faz sentido para ninguém. Isso é uma incongruência. Obviamente houve uma amálgama de uma porrada de coisas ao longo de um período de 31 anos e meio. Não podíamos conversar naquele momento. Não estávamos nos comunicando. E eu fiquei tipo: ‘Isso é uma representação antiga minha’.”

Sambora ainda ressaltou uma observação que já havia feito: o fato de que a série mostra a visão de Jon sobre a banda. Também deixou claro ser a pessoa que sempre se encarregava de dizer ao vocalista quando algo estava errado.

Richie Sambora e o documentário

Em abril deste ano, uma fonte ligada ao músico falou à revista People sobre sua reação ao projeto. A pessoa explicou que tudo começou bem, mas se complicou ao longo das gravações:

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“Richie viajou de avião para ver Jon e levou para ele um presente de aniversário – uma guitarra realmente boa –, mas eles exibiram para ele o documentário de Jon. Richie saiu depois do terceiro episódio porque ficou de saco cheio do que estava vendo.”

Sambora deu extensas entrevistas para o documentário, onde fala da principal razão para ter deixado a banda: passar mais tempo com a família. O próprio guitarrista admite que não saiu da melhor maneira possível, mas o representante diz que ele achou que o assunto acabou distorcido no documentário.

“Ele não gostou do jeito que estava sendo mostrado. Ele discorda da forma como eles mostraram sua saída da banda e, para ele, o preço da felicidade é mais importante do que o dinheiro.”

“Thank You, Goodnight: The Bon Jovi Story”

“Thank You, Goodnight: The Bon Jovi Story” reconta os 40 anos de carreira de uma das maiores bandas de rock de sua geração. A produção ficou a cargo da ROS, com direção de Gotham Chopra. Nos Estados Unidos, está disponível pelo Hulu. Em outros territórios, a veiculação é do Disney+.

Diz o material promocional enviado à imprensa:

“Por mais emocionante que seja a história de um talento único, é ainda mais raro que uma lenda como Jon Bon Jovi deixe o mundo entrar em seus momentos mais vulneráveis enquanto ele ainda os vive. Quarenta anos de vídeos pessoais, demos inéditas, letras originais e fotos nunca antes vistas narram a jornada dos clubes de Jersey Shore aos maiores palcos do planeta. A série revive os triunfos e reveses, os maiores sucessos, as maiores decepções e os momentos mais públicos de atrito.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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