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A fortuna que ex-noiva de Freddie Mercury receberá com venda de catálogo do Queen

Mary Austin receberá quantia considerável do valor a que o cantor teria direito na negociação

Recentemente foi noticiado que a Sony Music estaria disposta a pagar ao Queen o maior valor da história da indústria em negociações de compras de direitos. Especulações de bastidores apontam que montante poderia chegar à quantia de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,2 bilhões na cotação atual e em transação direta).

Os três membros sobreviventes da banda — o guitarrista Brian May, o baterista Roger Taylor e o baixista John Deacon — e o espólio de Freddie Mercury, vocalista falecido em 1991, são acionistas iguais da Queen Productions Ltd. Representando os interesses do cantor está sua ex-noiva, Mary Austin.

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De acordo com o tabloide britânico The Sun, a principal beneficiária do legado do frontman receberá algo em torno de US$ 237,1 milhões (na casa de R$ 1,3 bilhão na conversão). Ela já tinha metade do patrimônio do músico desde sua morte, recebendo mais 25% após o falecimento dos pais do artista.

Mary também recebe 18,75 por cento das receitas da Queen Productions. Junto aos remanescentes da banda, também atua como curadora da instituição de caridade Mercury Phoenix Trust, criada em homenagem ao vocalista. Em se confirmando as negociações, Austin entrará no Top 100 das mulheres mais ricas do Reino Unido.

Queen e Sony Music, a negociação

Outras companhias renomadas da música, como a Universal Music Group, estavam interesse em contar com a obra da banda. Empresas de capital privado também estavam dispostas a entrar na disputa.

Contudo, a Sony largou na frente ao envolver um investidor. Junto ao catálogo musical, o acordo deve contemplar merchandising e outras oportunidades de negócios vinculadas à trajetória da banda fundada em 1973, além de outros ativos.

A Queen Productions Ltd. reportou receitas de US$ 52 milhões entre setembro de 2021 e setembro de 2022. Brian e Roger seguem na ativa com o projeto Queen + Adam Lambert, realizando turnês mundiais contemplando suas histórias musicais.

No momento, o Disney Music Group possui os direitos do catálogo do grupo na América do Norte, enquanto a companhia usufrui de tal controle fora do continente. Ao todo, o grupo vendeu mais de 300 milhões de discos em todo o mundo e emplacou nove singles no top 20 da parada americana Billboard Hot 100.

Vendas de catálogos musicais

Em 2020, Bob Dylan negociou seu catálogo com mais de 600 músicas ao Warner Music Group. O valor não foi revelado, mas fontes próximas estimam que a companhia pagou em torno de US$ 300 milhões ao cantor e compositor.

Outros grandes nomes também negociaram suas obras em tempos recentes, como Red Hot Chili Peppers (por mais de US$ 140 mi), Neil Young (50% por US$ 150 mi), Fleetwood Mac, The Beach Boys (entre US$ 100 mi e US$ 200 mi) e Genesis (US$ 300 milhões).

Até o início deste ano, Bruce Springsteen havia recebido o maior montante em uma transação do tipo em 2021, quando vendeu sua obra por US$ 500 milhões. No entanto, o valor foi ultrapassado em fevereiro último pelo espólio de Michael Jackson, que fez acordo para ceder metade de sua participação no catálogo musical do cantor por US$ 600 milhões.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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