Não é dos Beatles a melhor música de Paul McCartney, segundo Joe Elliott

Opção do vocalista do Def Leppard recaiu sobre canção presente no segundo álbum do Wings, “Red Rose Speedway”

Em 2022 o Stereogum fez uma matéria especial celebrando os 80 anos de Paul McCartney. Na ocasião, vários astros da música escolheram seus sons favoritos da carreira do homenageado. Obviamente, a maioria se debruçou sobre a obra dos Beatles — saída fácil e coerente, reconheçamos.

Porém, Joe Elliott seguiu por outro caminho. O vocalista do Def Leppard, conforme resgate do Far Out Magazine, optou por uma canção do Wings: “Little Lamb Dragonfly”, do disco “Red Rose Speedway”.

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Ele disse:

“Com o maior respeito por tudo o que Paul já escreveu, mas escolho ‘Little Lamb Dragonfly’. Quando ouvi essa música pela primeira vez eu tinha 13 ou 14 anos. Havia algo muito melancólico nela que simplesmente me sugou. Parecia alguém se valendo de licença poética em frases, sentado em um cobertor em algum campo do interior durante um piquenique.”

Para o cantor inglês, o fato de a composição não remeter à sonoridade dos Beatles também se tornou um atrativo. Não por não curtir o Fab Four, mas por ter lhe aberto os olhos para outras facetas do músico por trás de sua criação.

“Parecia o mais distante do que você esperaria que os Beatles estivessem fazendo. Não era ‘Helter Skelter’ ou ‘Strawberry Fields Forever’ onde eles estavam ultrapassando os limites. Era apenas um cantor, uma guitarra suave e melodias muito bonitas. Ainda hoje, quando a ouço, fico emocionado. É um lindo lamento, quase como uma canção de ninar.”

Joe Elliott e Paul McCartney

Finalizando, Joe Eliott refletiu sobre a importância de Paul McCartney em sua vida e carreira.

“Parentes me dizem que quando eu tinha 3 ou 4 anos, fingia ser Paul McCartney com uma guitarra de plástico personalizada dele. Subia em um banquinho cantando ‘Love Me Do’ para quem quisesse ouvir. Eu obviamente sabia quem eram os Beatles e era um grande fã dos singles quando criança. E voltei a ser um grande fã deles agora com a nova perspectiva dos meus sessenta anos.

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Mas cheguei a deixar de ouvi-los na adolescência. Eles não existiam mais enquanto banda naquela época. Tínhamos Marc Bolan e David Bowie. Eu sabia muito bem quem era McCartney. Acho que provavelmente foi ‘Live And Let Die’ e ‘Jet’ que me fizeram prestar atenção de novo. O álbum ‘Band On The Run’ é fantástico, meu favorito dele. Depende do meu humor. Se eu quiser curtir o ouvindo, a escolha será ‘Band On The Run’. Se eu quiser relaxar na banheira com as velas acesas, escolho o ‘Red Rose Speedway’. Estes são álbuns de humor.”

Wings e “Red Rose Speedway”

Disponibilizado em 30 de abril de 1973, “Red Rose Speedway” foi o segundo disco do Wings, primeiro a contar com o guitarrista Henry McCullough. Na divulgação, a banda foi chamada de Paul McCartney & Wings, numa jogada para alavancar o nome após as baixas vendas do debut, “Wild Life” (1971). Pelo mesmo motivo, a gravadora EMI impediu que o trabalho fosse duplo, o que gerou discordâncias entre os músicos em relação às faixas aproveitadas no tracklist.

O trabalho chegou à 1ª posição na parada norte-americana e 5ª na britânica, ganhando disco de ouro em ambos os territórios, além de platina no Canadá. Nas mesmas sessões foram gravados os singles “Mary Had a Little Lamb”, “Hi, Hi, Hi” e “Live And Let Die”. As duas primeiras saíram antes do álbum, enquanto a última foi lançada um mês e meio depois, na trilha do filme homônimo da franquia James Bond/007.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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