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O álbum do Metallica que Max Cavalera gostaria que fosse regravado

Músico brasileiro lançou novas versões para os primeiros discos do Sepultura junto a seu irmão, Iggor

Desde o ano passado, Max Cavalera embarcou em uma missão com seu irmão, Iggor. A dupla regravou o EP “Bestial Devastation” e os álbuns “Morbid Visions” e “Schizophrenia”, primeiros trabalhos oficiais do Sepultura. A ideia era oferecer uma produção mais digna ao material, que sofreu em seus lançamentos originais com a precariedade tecnológica de sua época.

O resultado dividiu opiniões entre os fãs. Não apenas levando para o lado da análise técnica, mas pelo próprio significado sentimental, de ter mexido em algo considerado “sagrado” por alguns.

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Por outro lado, Max garante não se importar com isso. Na verdade, o vocalista e guitarrista gostaria de ver mais artistas se enveredando por esse caminho.

Em entrevista ao Metal Global, de Portugal, o músico explicou sua posição sobre o tema. Conforme transcrição do Whiplash, ele disse:

“Eu, como músico, como fã, eu tenho a curiosidade de tentar ver essas músicas de uma outra maneira, que é a versão mais foda, né? Igual eu te falei, com as guitarras mais brabas, mais afiadas, a bateria com o som melhor, o lance inteiro.”

O brasileiro chega até a mencionar um exemplo que gostaria de ver realizando algo do tipo.

“Véio, pra mim, se o Metallica regravasse ‘Kill ‘Em All’ com um som que tem do disco novo, por exemplo, eu acho que ficaria bem legal. Eu não sou tão ‘purista assim’. Pra mim, eu gostaria e compraria o disco e iria ver o show. Cara, eu vi o Metallica tocando o ‘Ride The Lightning’, tem no Youtube. Eles tocam o disco inteiro (…). Cara, maravilhoso, né?”

Porém, Cavalera também reconhece que o cenário não é o mesmo em comparação a sua antiga banda.

“A situação é um pouco diferente. O Metallica, os discos originais não são tão ruins igual aos do Sepultura. O Sepultura era podre mesmo, o ‘Morbid Visions’ é desafinado. O bagulho é podre, é desgraça (…). Pra gente, foi feito um exorcismo, a gente exorcizou o diabo desses discos e fizemos um lance novo em cima.”

Metallica e “Kill ‘Em All”

Lançado em 25 de julho de 1983, “Kill ‘Em All” é considerado uma das pedras fundamentais do subgênero que viria a ser conhecido como thrash metal. Inicialmente o título seria “Metal Up Your Ass”. A capa já estava pronta. Porém, lojas avisaram que não venderiam o trabalho sob essas condições. A nova denominação veio após o baixista Cliif Burton bradar que tinha que “matar todos eles” que se recusaram a comercializar o play.

Demitido pouco antes do lançamento, o guitarrista Dave Mustaine teve suas partes regravadas por Kirk Hammett, que vinha do Exodus – e permanece até hoje como titular na função. Mesmo assim, o futuro líder do Megadeth ganhou créditos como compositor em 4 das 10 faixas.

“Kill ‘Em All” não obteve grande repercussão à época em que chegou às lojas. Porém, com o estouro de seus discos posteriores, atingiu mais de 4,5 milhões de cópias vendidas só nos Estados Unidos.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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