A única música que Lars Ulrich gravou fora do Metallica

Faixa foi registrada para o álbum de retorno de uma banda de conterrâneos que muito influenciou o baterista

Lars Ulrich não apenas é o baterista do Metallica, como também a mente criativa por trás da imagem, produção e negócios da banda que se tornou a mais popular da cena heavy em todos os tempos. Por isso, não é de se estranhar que não o vejamos tocando com outros artistas, já que o próprio grupo toma muito de seu tempo.

Quando se trata de registros inéditos em estúdio, a situação é ainda mais restrita em comparação a jams. Até hoje, ele gravou apenas uma vez em algum disco que não fosse de seu conjunto. Aconteceu por conta da reunião de uma banda de sua terra natal, a Dinamarca.

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Quando o Mercyful Fate voltou pela primeira vez, no início dos anos 1990, o Metallica já havia lançado o álbum homônimo e experimentava fama descomunal. Ainda assim, Lars reservou um espaço em sua agenda para celebrar o retorno dos ídolos. O resultado foi a música “Return of the Vampire”.

Em entrevista de arquivo, resgatada pela Metal Hammer, o instrumentista falou sobre o que o levou a aceitar o convite.

“Não dá para falar sobre as influências do Metallica e deixar o Mercyful Fate de fora. Eles tinham composições longas, que eram viagens por todos os diferentes estados de espírito e dinâmicas, luzes e sombras. Foram responsáveis por prolongarmos nossas próprias músicas. Quando passamos seis meses ouvindo Mercyful Fate, adicionamos um verso extra, um refrão extra e começamos a tornar os arranjos mais longos. Era uma questão de tentarmos melhorar, eu acho.”

A canção em questão era um material que já existia desde os tempos de “Melissa” (1983), primeiro disco de King Diamond e companhia. Por conta de sua origem diferente do restante do tracklist, ela foi considerada uma bonus track, apesar de ter sido incluída nas edições regulares do álbum.

Sobre “In the Shadows”

Lançado em 6 de junho de 1993, “In the Shadows” foi o terceiro álbum do Mercyful Fate. As letras deixavam o satanismo e ocultismo de lado, abordando temas ligados ao terror.

Tornou-se o último a contar com o baixista original, Timi Hansen. Snowy Shaw ganhou créditos na ficha técnica como baterista, mas quem gravou o disco – exceto a música de Lars – foi Morten Nielsen.

Metallica e Mercyful Fate

Em 1998, o Metallica gravou um medley de músicas do Mercyful Fate para o álbum de covers “Garage Inc.” (1998). Levando o nome dos homenageados, a faixa contava com trechos de quatro faixas de “Melissa”: “Satan’s Fall”, “Curse of the Pharaohs”, “Into the Coven” e “Evil”. Abertura do EP que leva o nome do grupo, “A Corpse Without Soul” também fez parte do registro.

King Diamond subiu ao palco com Lars e companhia em alguns momentos da carreira, incluindo o show de celebração de 30 anos dos americanos, quando outros membros de seu conjunto – à época separado – também participaram.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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