O estúdio Paramount, responsável por “Top Gun: Maverick” (2022) e também pelo filme original da franquia, de 1986, foi inocentado pela Justiça dos Estados Unidos em um processo de plágio. A ação foi movida pela família do jornalista Ehud Yonay, autor do artigo que inspirou a criação do primeiro longa.
Em 2020, os familiares de Yonay – falecido em 2012 – conseguiram novamente os direitos da história original. Já a produção de “Top Gun: Maverick” começou em maio de 2018, período durante o qual a Paramount ainda poderia explorar o artigo.
No entanto, como o longa foi concluído apenas em maio de 2021, Shosh e Yuval Yonay, filhos de Ehud, alegaram que o estúdio deveria ter pago uma nova quantia para manter os direitos do artigo. Ainda de acordo com os irmãos, a sequência, diferente do original, não deu o devido crédito ao pai
A decisão foi divulgada na última sexta-feira (5) e segundo a Rolling Stone, Percy Anderson, o juiz do caso, alegou em sua decisão que não existem grandes semelhanças entre o artigo original escrito por Ehud Yonay e “Top Gun: Maverick”. Para ele, o enredo e ritmo dos trabalhos são “muito diferentes” – incluindo até diálogos, personagens e ambientação.
O magistrado também argumentou que tanto o artigo quanto o filme abordam um tema desprotegido pela lei e não poderia haver uma reivindicação de direitos autorais sobre os personagens. Segundo o juiz, as figuras presentes no artigo de Ehud Yonay são “pessoas reais que não estão protegidas pela lei de direitos autorais”.
Por fim, Anderson afirmou que os dois trabalhos dividem apenas uma única frase em comum: “fight on” (que podemos traduzir apenas como “lutar”). Para Anderson, a prova “não tem direito à proteção de direitos autorais”.
Marc Toberoff, advogado da família de Ehud Yonay, afirmou que deve recorrer da decisão e não deixou de dar uma pequena cutucada na Paramount.
“Depois que a viúva e os filhos de Yonay exerceram o direito que o Congresso lhes deu pela Lei de Direitos Autorais para reaver a cativante história do autor, a Paramount os dispensou e disse: ‘que direitos autorais’? Isso não é algo bom para eles.”
Sobre “Top Gun: Maverick”
A produção de “Top Gun: Maverick” foi adiada duas vezes: em 2019 por conta da complexidade das cenas com aviões e no ano seguinte devido à pandemia. Estreou apenas em maio de 2022 para fazer enorme sucesso, com bilheteria de quase US$ 1,5 bilhão. Foi indicado a seis prêmios Oscar, recebendo um deles, de Melhor Som.
O elenco conta com nomes como Tom Cruise, Miles Teller, Jennifer Connelly, John Hamm e Glen Powell. A direção é de Joseph Kosinski, com roteiro escrito por Ehren Kruger, Eric Warren Singer e Christopher McQuarrie. A sinopse oficial detalha a história da seguinte forma:
“Depois de mais de trinta anos de serviço como um dos principais aviadores da Marinha, Pete ‘Maverick’ Mitchell (Tom Cruise) está onde pertence: é um corajoso piloto de testes e continua evitando o seu avanço na patente, que o colocaria fora das aeronaves. Quando ele precisa treinar um destacamento de graduados TOP GUN para uma missão especializada da qual nenhum piloto vivo jamais participou, Maverick conhece o tenente Bradley Bradshaw (Miles Teller), conhecido como ‘Rooster’, filho do falecido amigo de Maverick e Oficial de Interceptação de Radar, tenente Nick Bradshaw, também conhecido como ‘Goose’.
Enfrentando um futuro incerto e confrontando os fantasmas de seu passado, Maverick é arrastado a uma luta com seus medos mais profundos, culminando em uma missão que exige um sacrifício final daqueles que serão escolhidos para voar.”
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