James Hetfield decidiu homenagear o saudoso Lemmy Kilmister de uma maneira um tanto quanto diferente. Nesta quarta-feira (17), o vocalista e guitarrista do Metallica revelou que fez uma tatuagem para o saudoso líder do Motörhead com as cinzas do próprio músico – distribuídas após sua morte em 2015 para algumas pessoas próximas.
O tatuador Corey Miller ficou responsável pelo trabalho. O desenho, pintado no dedo do meio, nada mais é do que uma cruz (sempre utilizada por Lemmy, sobretudo em colares), com o símbolo de espadas na frente – uma provável referência ao álbum/faixa “Ace of Spades” (1980).
Em postagem na conta oficial do Metallica, Hetfield escreveu:
“Uma saudação ao meu amigo e inspiração Sr. Lemmy Kilmister. Sem ele, não existiria Metallica. Foi feita de tinta preta misturada com uma pitada das suas cinzas de cremação que recebi tão graciosamente. Agora, ele ainda será capaz de mostrar o dedo do meio para o mundo.”
James Hetfield e Lemmy Kilmister
Em variadas ocasiões, James destacou a admiração pelo líder do Motörhead. Não é à toa que prestou um tributo para o ídolo no álbum “Hardwired… To Self-Destruct” (2016) com a canção “Murder One”. À época (via Metal Hammer), explicou:
“Ele era um ícone, uma inspiração para nós como banda. Certamente não existiríamos se não houvesse o Motörhead. E sabe, ver seu ídolo, quem você achava que era imortal, realmente morrendo nos atingiu muito fortemente. Então eu senti, liricamente, que fazia sentido lembrá-lo numa letra e o quanto ele significou em nossas vidas.”
Destino das cinzas de Lemmy Kilmister
Lemmy Kilmister nos deixou no fim de 2015, aos 70 anos de idade. Como forma de celebrar o legado do líder do Motörhead, parte de suas cinzas foram espalhadas na lama do Wacken Open Air – tradicional festival de música pesada, realizado na vila homônima na Alemanha – em agosto do ano passado.
De maneira geral, os restos mortais de Lemmy tiveram diferentes destinos. Seguindo o desejo do artista, depois de sua morte, algumas de suas cinzas foram colocadas em balas de revólver e enviadas para amigos próximos e familiares. Eddie Rocha, empresário de turnê do Motörhead, e Emma Cederblad, assistente de produção da banda, por exemplo, fizeram tatuagens a partir de tal “presente” – ou seja, James Hetfield não foi o primeiro.
Em 2022, uma grande estátua de Lemmy foi inaugurada no festival Hellfest em Clisson, na França. Conforme o site Blabbermouth, a escultura também carregava parte das cinzas do líder do Motörhead. Dentro de uma urna customizada, há ainda restos mortais do artista no Forest Lawn Cemetery em Hollywood, Califórnia.
Sobre o líder do Motörhead
Nascido em Stoke-On-Tent, Inglaterra, Ian Fraser Kilmister despontou em 1965 com o The Rockin’ Vickers. O grupo lançou três singles e se tornou a primeira banda britânica a excursionar pela Iugoslávia.
Seis anos depois – após ter trabalhado por um curto período como roadie de Jimi Hendrix –, se juntou ao Hawkwind. Mesmo sem experiência no baixo, assumiu o instrumento que o consagraria. Cantou no single mais bem-sucedido da banda, “Silver Machine”. Saiu em 1975.
A seguir, montou o Motörhead, que se tornaria seu grande trunfo. Na maior parte da carreira como power trio, o grupo se tornou o elo perdido do Rock pesado, agradando de punks a headbangers. Foram 22 álbuns de estúdio e mais de 15 milhões de discos vendidos em todo o mundo.
Morreu em 28 de dezembro de 2015, aos 70 anos, por conta de um câncer na próstata aliado a sérias condições cardíacas. Permaneceu no palco até 17 dias antes, quando se apresentou em Berlim, Alemanha.
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