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Def Leppard não faz playback, garante Joe Elliott em resposta a Chuck Billy

Vocalista rebateu críticas e convidou quem duvida a assistir um show do lado do palco, com headphones, para ouvir o som real

Joe Elliott garante que o Def Leppard não faz uso de playbacks nos shows. O vocalista abordou o assunto ao responder a comentários feitas pelo frontman do Testament, Chuck Billy, e pelo ex-guitarrista do W.A.S.P., Chris Holmes.

Ambos citaram o grupo britânico, em diferentes entrevistas, como exemplo do uso de bases vocais pré-gravadas ao vivo, prática que condenam de forma veemente.

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Em conversa com o Stereogum, Elliott negou o uso de playbacks. Ele diz receber as críticas como um elogio, pois entende que a banda parece estar usando recursos pré-gravados de tão bem que soa.

“Normalmente eu não comento esse tipo de coisa, mas um amigo meu me mandou um link de algo no YouTube, um post recente de – me desculpe, eu não sei o nome dele – Chuck alguma coisa, do Testament, acho que é isso, e Chris Holmes nos acusando de usar playback. Eu não fico bravo com isso. Fico lisonjeado, porque os padrões deles devem ser muito diferentes dos nossos. Para qualquer um pensar que usamos playback, deve significar que quando eles nos ouvem, eles não acreditam no quão bom é de verdade.”

O vocalista ainda convidou Billy e Holmes a conferirem um show do Def Leppard, para garantir que a banda soa ao vivo daquela forma. Eledisse:

“O fato é que se você ensaia como nós ensaiamos e você é talentoso como a banda é enquanto músicos, então talvez você não acredite. Eu ficaria feliz em convidar qualquer um desses caras para ficarem do lado do palco com um par de fones de ouvido, então eles poderiam ouvir o que realmente sai do palco.”

Elliot explicou também que a banda faz uso apenas de teclados e efeitos, como a maioria dos artistas. Um exemplo citado é o da música “Rocket” — alguns trechos não podem ser executados ao vivo pelo baterista Rick Allen, por conta de sua deficiência. O vocalista citou ainda que outros bateristas — como Larry Mullen Jr (U2) — contam com o mesmo recurso.

“Usamos alguns loops de bateria porque até bateristas de dois braços usam loops de bateria, mas Rick Allen precisa executar uma cacofonia de tons em ‘Rocket’ que um braço só não conseguiria reproduzir. Larry Mullen Jr faz isso há anos. Assim como milhares de outros bateristas para aprimorar um som. Nunca fizemos mímica dos vocais, nunca gravamos muitas coisas em fita. É ao vivo. Se rodarmos em cerca de 90% de ao vivo, é mais do que 100% da maioria dos artistas, pois tocamos e cantamos ao mesmo tempo. […] Desculpe, Chuck e Chris Holmes, mas vocês entenderam completamente errado. Mas obrigado por pensar que precisamos disso. Não precisamos. Nós somos muito bons mesmo.”

Declarações de Chuck Billy e Chris Holmes

Em 2023, Chuck Billy falou sobre a questão em entrevista ao canal Syncin’ Stanley, dedicado inicialmente a apontar playbacks de Paul Stanley (Kiss). Apesar de abordar o Def Leppard em sua declaração, o vocalista do Testament usa o grupo britânico como um exemplo normal, citando trechos com camadas de vocais que não teriam como ser executados ao vivo com apenas um cantor. Ele disse:

“Acredito que existem bandas por aí que provavelmente precisam de ajuda. Sei que tem bandas como o Def Leppard que usam um monte de playbacks, mas também playbacks para aquele som grande, porque, obviamente, você não pode fazer todas as vozes ao vivo a não ser que traga um coral. Então, há uma exceção para a regra.”

Também no ano passado, durante uma sessão de perguntas e respostas com fãs no Reino Unido, Chris Holmes falou do Def Leppard enquanto criticava bandas que usam playbacks. O alvo principal era o próprio W.A.S.P., que, segundo ele, faz isso desde os tempos de “The Last Command” (1985) e começou a usar ainda mais efeitos a partir da turnê de “The Headless Children” (1989). Sobre os britânicos, em específico, sua declaração foi parecida com a de Chuck Billy. O músico afirmou:

“Se você paga par aver um show real, ele deve ser real, não importa se soa bem ou uma porcaria. É assim que eu vejo isso. Eu não faço ‘samples’, nunca farei. Eu prefiro tocar um pouco fora do tom, mas é real. Algumas pessoas preferem fazer isso. Ouvi que o Mötley Crüe está fazendo isso. O Def Leppard tem que ‘samplear’. Você não tem como fazer harmonias de vocal de oito partes – a não ser que tenha outras pessoas cantando atrás do palco.”

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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Joe Elliott garante que o Def Leppard não faz uso de playbacks nos shows. O vocalista abordou o assunto ao responder a comentários feitas pelo frontman do Testament, Chuck Billy, e pelo ex-guitarrista do W.A.S.P., Chris Holmes.

Ambos citaram o grupo britânico, em diferentes entrevistas, como exemplo do uso de bases vocais pré-gravadas ao vivo, prática que condenam de forma veemente.

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Em conversa com o Stereogum, Elliott negou o uso de playbacks. Ele diz receber as críticas como um elogio, pois entende que a banda parece estar usando recursos pré-gravados de tão bem que soa.

“Normalmente eu não comento esse tipo de coisa, mas um amigo meu me mandou um link de algo no YouTube, um post recente de – me desculpe, eu não sei o nome dele – Chuck alguma coisa, do Testament, acho que é isso, e Chris Holmes nos acusando de usar playback. Eu não fico bravo com isso. Fico lisonjeado, porque os padrões deles devem ser muito diferentes dos nossos. Para qualquer um pensar que usamos playback, deve significar que quando eles nos ouvem, eles não acreditam no quão bom é de verdade.”

O vocalista ainda convidou Billy e Holmes a conferirem um show do Def Leppard, para garantir que a banda soa ao vivo daquela forma. Eledisse:

“O fato é que se você ensaia como nós ensaiamos e você é talentoso como a banda é enquanto músicos, então talvez você não acredite. Eu ficaria feliz em convidar qualquer um desses caras para ficarem do lado do palco com um par de fones de ouvido, então eles poderiam ouvir o que realmente sai do palco.”

Elliot explicou também que a banda faz uso apenas de teclados e efeitos, como a maioria dos artistas. Um exemplo citado é o da música “Rocket” — alguns trechos não podem ser executados ao vivo pelo baterista Rick Allen, por conta de sua deficiência. O vocalista citou ainda que outros bateristas — como Larry Mullen Jr (U2) — contam com o mesmo recurso.

“Usamos alguns loops de bateria porque até bateristas de dois braços usam loops de bateria, mas Rick Allen precisa executar uma cacofonia de tons em ‘Rocket’ que um braço só não conseguiria reproduzir. Larry Mullen Jr faz isso há anos. Assim como milhares de outros bateristas para aprimorar um som. Nunca fizemos mímica dos vocais, nunca gravamos muitas coisas em fita. É ao vivo. Se rodarmos em cerca de 90% de ao vivo, é mais do que 100% da maioria dos artistas, pois tocamos e cantamos ao mesmo tempo. […] Desculpe, Chuck e Chris Holmes, mas vocês entenderam completamente errado. Mas obrigado por pensar que precisamos disso. Não precisamos. Nós somos muito bons mesmo.”

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Em 2023, Chuck Billy falou sobre a questão em entrevista ao canal Syncin’ Stanley, dedicado inicialmente a apontar playbacks de Paul Stanley (Kiss). Apesar de abordar o Def Leppard em sua declaração, o vocalista do Testament usa o grupo britânico como um exemplo normal, citando trechos com camadas de vocais que não teriam como ser executados ao vivo com apenas um cantor. Ele disse:

“Acredito que existem bandas por aí que provavelmente precisam de ajuda. Sei que tem bandas como o Def Leppard que usam um monte de playbacks, mas também playbacks para aquele som grande, porque, obviamente, você não pode fazer todas as vozes ao vivo a não ser que traga um coral. Então, há uma exceção para a regra.”

Também no ano passado, durante uma sessão de perguntas e respostas com fãs no Reino Unido, Chris Holmes falou do Def Leppard enquanto criticava bandas que usam playbacks. O alvo principal era o próprio W.A.S.P., que, segundo ele, faz isso desde os tempos de “The Last Command” (1985) e começou a usar ainda mais efeitos a partir da turnê de “The Headless Children” (1989). Sobre os britânicos, em específico, sua declaração foi parecida com a de Chuck Billy. O músico afirmou:

“Se você paga par aver um show real, ele deve ser real, não importa se soa bem ou uma porcaria. É assim que eu vejo isso. Eu não faço ‘samples’, nunca farei. Eu prefiro tocar um pouco fora do tom, mas é real. Algumas pessoas preferem fazer isso. Ouvi que o Mötley Crüe está fazendo isso. O Def Leppard tem que ‘samplear’. Você não tem como fazer harmonias de vocal de oito partes – a não ser que tenha outras pessoas cantando atrás do palco.”

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André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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