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Como “Humans Being” marcou de vez o racha entre Van Halen e Sammy Hagar

Música entrou na trilha sonora do filme “Twister” e foi o último ato antes do primeiro rompimento da banda com seu segundo vocalista

Lançada em 23 de abril de 1996, “Humans Being” representou o desfecho da primeira era Van Hagar, apelido dado à fase do Van Halen com Sammy Hagar nos vocais. Ela entrou na trilha sonora do filme “Twister”, que se tornou obra referencial no subgênero conhecido como “disaster movie”.

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O estilo, de acordo com a Wikipedia, se caracteriza por “misturar três elementos principais: enredo apocalíptico, apelo melodramático e cenas de ação, de preferência com efeitos especiais que enfatizem o clima de tensão”.

Tensão real era o que vivia a banda no período. Tanto que, poucas semanas após a música chegar às rádios e seu videoclipe à televisão, o cantor bateria em retirada. As versões se confundem até hoje. De um lado, os irmãos Van Halen sempre sustentaram que Hagar optou por sair. Do outro, o frontman disse ter sido mandado embora por telefone. Nunca saberemos a realidade – até porque Eddie já não está mais entre nós.

Van Halen e “The Silent Extreme”

De acordo com dados compilados pelo Songfacts e seus colaboradores, o Van Halen deveria ter tirado o primeiro semestre de 1996 para repouso. Eddie faria uma cirurgia no quadril, seu irmão Alex passaria por um tratamento no pescoço (após fazer a turnê de “Balance” com a região imobilizada) e a esposa de Sammy Hagar se preparava para ter o primeiro filho.

Contudo, eles acabaram convencidos pelo empresário Ray Danniels de que “Twister” faria muito sucesso e que o dinheiro os sustentaria até o final do ano. Ele estava certo: o filme arrecadou US$ 494 milhões em bilheteria mundial.

Sammy compôs uma música chamada “The Silent Extreme”, rebatizada de “Humans Being” por Alex. As sessões renderam atritos, já que o vocalista estava em Maui, Havaí, com a esposa grávida e os outros queriam que ele voasse para o estúdio em Los Angeles e finalizasse a canção.

O processo acabou sendo apressado, a ponto de a letra ter sido criada quase no improviso. O clima ruim e o trabalho mal-feito minaram a relação de vez.

O desempenho de “Humans Being”

“Humans Being” foi disponibilizada como single. Chegou ao 1º lugar na parada Mainstream Rock da Billboard, mas nem ficou perto de entrar no Hot 100, principal chart de músicas dos Estados Unidos. O lado B trazia uma faixa instrumental de Eddie e Alex, chamada “Respect the Wind”.

No total, de acordo com o Setlist.fm, foi tocada ao vivo 154 vezes. Apareceu nas turnês de “Van Halen III” (1998) – com Gary Cherone nos vocais – e na “Best of Both Worlds” (2004), durante a breve reunião com Sammy. Além do álbum com a trilha de “Twister”, também marcou presença no tracklist da coletânea “Best of Vol. 1” (1996).

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

4 COMENTÁRIOS

  1. Uma música preguiçosa, aquém dos sucessos do Van Hallen, aquela melodia repetitiva até a chegada do (bom) refrão, mostra que eles realmente não estavam a fim de perder muito tempo na realização desse trabalho.

  2. Eu lembro bem que não época, os irmãos Van Halen estavam planejando uma tour de 25 anos da banda.
    Só que… Chamaram o David Lee Roth pra gravar umas canções, e existiu um suposto convite pra uma turnê.
    No fim das contas em 1997 a banda fez umas aparições com o David Lee na MTV, comemoraram os 25 anos assim, com pouca pompa.
    Chegaram a chamar o Sammy de volta, só que ele recusou.
    Foi aí que contrataram o Cherone, e hoje o pobre coitado só é lembrado por ser o vocalista do pior álbum da banda.

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Lançada em 23 de abril de 1996, “Humans Being” representou o desfecho da primeira era Van Hagar, apelido dado à fase do Van Halen com Sammy Hagar nos vocais. Ela entrou na trilha sonora do filme “Twister”, que se tornou obra referencial no subgênero conhecido como “disaster movie”.

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O estilo, de acordo com a Wikipedia, se caracteriza por “misturar três elementos principais: enredo apocalíptico, apelo melodramático e cenas de ação, de preferência com efeitos especiais que enfatizem o clima de tensão”.

Tensão real era o que vivia a banda no período. Tanto que, poucas semanas após a música chegar às rádios e seu videoclipe à televisão, o cantor bateria em retirada. As versões se confundem até hoje. De um lado, os irmãos Van Halen sempre sustentaram que Hagar optou por sair. Do outro, o frontman disse ter sido mandado embora por telefone. Nunca saberemos a realidade – até porque Eddie já não está mais entre nós.

Van Halen e “The Silent Extreme”

De acordo com dados compilados pelo Songfacts e seus colaboradores, o Van Halen deveria ter tirado o primeiro semestre de 1996 para repouso. Eddie faria uma cirurgia no quadril, seu irmão Alex passaria por um tratamento no pescoço (após fazer a turnê de “Balance” com a região imobilizada) e a esposa de Sammy Hagar se preparava para ter o primeiro filho.

Contudo, eles acabaram convencidos pelo empresário Ray Danniels de que “Twister” faria muito sucesso e que o dinheiro os sustentaria até o final do ano. Ele estava certo: o filme arrecadou US$ 494 milhões em bilheteria mundial.

Sammy compôs uma música chamada “The Silent Extreme”, rebatizada de “Humans Being” por Alex. As sessões renderam atritos, já que o vocalista estava em Maui, Havaí, com a esposa grávida e os outros queriam que ele voasse para o estúdio em Los Angeles e finalizasse a canção.

O processo acabou sendo apressado, a ponto de a letra ter sido criada quase no improviso. O clima ruim e o trabalho mal-feito minaram a relação de vez.

O desempenho de “Humans Being”

“Humans Being” foi disponibilizada como single. Chegou ao 1º lugar na parada Mainstream Rock da Billboard, mas nem ficou perto de entrar no Hot 100, principal chart de músicas dos Estados Unidos. O lado B trazia uma faixa instrumental de Eddie e Alex, chamada “Respect the Wind”.

No total, de acordo com o Setlist.fm, foi tocada ao vivo 154 vezes. Apareceu nas turnês de “Van Halen III” (1998) – com Gary Cherone nos vocais – e na “Best of Both Worlds” (2004), durante a breve reunião com Sammy. Além do álbum com a trilha de “Twister”, também marcou presença no tracklist da coletânea “Best of Vol. 1” (1996).

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  1. Uma música preguiçosa, aquém dos sucessos do Van Hallen, aquela melodia repetitiva até a chegada do (bom) refrão, mostra que eles realmente não estavam a fim de perder muito tempo na realização desse trabalho.

  2. Eu lembro bem que não época, os irmãos Van Halen estavam planejando uma tour de 25 anos da banda.
    Só que… Chamaram o David Lee Roth pra gravar umas canções, e existiu um suposto convite pra uma turnê.
    No fim das contas em 1997 a banda fez umas aparições com o David Lee na MTV, comemoraram os 25 anos assim, com pouca pompa.
    Chegaram a chamar o Sammy de volta, só que ele recusou.
    Foi aí que contrataram o Cherone, e hoje o pobre coitado só é lembrado por ser o vocalista do pior álbum da banda.

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