Como o Iron Maiden consegue manter formação há 25 anos, segundo Bruce

Banda já possui mais tempo com o sexteto atual do que todo o resto de sua história somado

Em 10 de fevereiro de 1999, o Iron Maiden presenteou os fãs com o anúncio dos retornos do vocalista Bruce Dickinson e do guitarrista Adrian Smith. Estava estabelecida a formação em sexteto, resgatando a dupla que já vinha trabalhando junta sem remover Janick Gers do posto que havia assumido na virada da década em questão.

25 anos mais tarde, o grupo segue unido sem qualquer mudança. Superou até mesmo os 24 anos posteriores à união, quando o lineup sofreu inúmeras mutações até encontrar a fórmula adequada para o sucesso.

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Mas o que os mantém até hoje? A pergunta foi feita ao vocalista em entrevista ao Stereogum.

Conforme repercussão do Blabbermouth, ele respondeu:

“Acho que nós amadurecemos o suficiente para perceber que éramos todos indivíduos separados que se reuniram para fazer música. No passado, acredito que a ideia de que éramos um só irritou tanto a mim quanto a Adrian. Ele se rebelou contra isso. Eu também não gostava particularmente. Porque era, tipo: ‘não somos indivíduos então?’ E então foi: ‘até certo ponto’. Agora nos reunimos novamente e sabemos que a resposta é: ‘não’.”

Até por isso, Bruce ressalta que um fator decisivo para o reencontro residiu em sua espontaneidade.

“A razão pela qual voltamos foi porque quisemos. Foi uma escolha oriunda de um pedido. Assim, o relacionamento passou a ser mais adulto entre todos. Tornou-se muito mais fácil nos darmos bem, muito mais fácil falar de forma mais honesta e aberta sobre as coisas. E também, não distorcer as impressões, como quando alguém teve um dia ruim ou se tornou um megalomaníaco apenas naquela tarde. Apenas vá embora, porque amanhã de manhã eles não estarão mais assim. Nos anos 80, teríamos discutido sobre isso ou as pessoas teriam ido embora e ficariam de mau humor por semanas. E isso só gera ressentimento e descontentamento e coisas assim.”

“Não teríamos nos conhecido sem a banda”

O cantor ainda ressaltou que, apesar da boa relação pessoal, não é a amizade o fator que une os integrantes em torno de um propósito. E não há nada de errado nisso.

“Estamos em um estado em que a banda é realmente bem-sucedida e todos nós nos damos bem. Isso provavelmente acontece porque – com exceção de Dave Murray e Adrian Smith, que moraram juntos na mesma rua quando eram crianças – nenhum de nós jamais teria se conhecido se não fosse pelo Iron Maiden. Eu nunca teria conhecido Nicko McBrain ou Steve Harris de outra forma. O que nos une é o trabalho. Então, este é um ótimo lugar para se estar. Somos provavelmente uma das maiores bandas de heavy metal do mundo. Significamos muito – e eu entendo isso – para milhões de pessoas ao redor do planeta. E o que não há para se amar por ainda ser capaz de fazer isso?”

Iron Maiden no Brasil em 2024

O Iron Maiden volta ao Brasil no final de 2024 para dois shows. Ambos acontecem no Allianz Parque, em São Paulo, dias 6 e 7 de dezembro. A banda dinamarquesa Volbeat será responsável pela abertura.

Atualmente, o grupo realiza a turnê “The Future Past”, com repertório concentrado nos álbuns “Somewhere in Time” (1986) e “Senjutsu” (2021).

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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