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Quanto o Spotify pagou para gravadoras em 2023 e desde sua fundação

Valor do último ano corresponde a quase 20% da quantia que a plataforma repassou em toda sua história

Em comunicado à imprensa, o Spotify declarou ter pago à indústria musical cerca de US$ 9 bilhões em 2023. O valor equivale a quase R$ 45 bi na cotação atual e em transação direta.

O texto, com informações publicadas pela Variety, aponta ainda que o montante “quase triplicou nos últimos seis anos. A empresa afirma ter encaminhado US$ 48 bilhões desde sua criação, em 2008.

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As informações, que serão detalhadas posteriormente em relatório anual “Loud & Clear”, chegam a público em meio a várias críticas direcionadas ao Spotify. Artistas reclamam há anos das remunerações que recebem das plataformas de streaming, com destaque à mais famosa. A empresa também comunicou, no fim do ano passado, que somente faixas com mais de mil execuções estariam elegíveis para pagamentos. Mesmo internamente, a situação é complicada, já que a companhia anunciou em dezembro um corte de 1,5 mil empregos, o equivalente a cerca de 17% da força total de trabalho, como forma de reduzir custos.

Apesar disso, em março passado, o Spotify afirmou que devolve quase 70% de cada dólar que gera com a música à indústria. A receita musical é gerada de duas fontes: taxas de assinatura de sua plataforma Premium para assinantes pagantes e taxas de publicidade em música de seu serviço gratuito.

Os pagamentos vão primeiro para os detentores dos direitos – que raramente são o artista ou compositor – que depois recebem a sua taxa ou percentagem e pagam aos criadores a sua parte. Os detentores de direitos incluem gravadoras, editoras, distribuidores independentes, organizações de direitos de execução e sociedades de gestão coletiva.

Em uma declaração no último mês de março, o Spotify afirmou o seguinte sobre suas distribuições de royalties:

“Esses números representam a geração de receita apenas do Spotify. Ao levar em conta os ganhos de outros serviços e os fluxos de receita gravados, esses artistas provavelmente geraram 4x essa receita de fontes de música gravada em geral.”

Spotify atualmente

Apesar das críticas e das notícias internas não tão boas, o Spotify adicionou um total de 28 milhões de usuários ativos mensais no trimestre final de 2023. Agora, são 602 milhões de pessoas utilizando a plataforma.

A empresa também recebeu mais 10 milhões de assinantes Premium. Chegou a 236 milhões de clientes nessa modalidade.

Consumo em streaming cresce

Escutar música em formato digital se tornou uma realidade que continua em constante crescimento. Uma prova disso é que, em 2023, o consumo em streaming aumentou 22,3% na comparação com o ano anterior.

A informação vem de um estudo conduzido pela empresa de monitoramento de marketing Luminate (via Metal Injection). Os dados apontaram que em todo o planeta, apenas em 2023, foram gerados 4,1 trilhões de streams de música, considerando todas as plataformas disponíveis no mercado. Em 2022, a marca ficou na casa de 3,4 trilhões.

O estudo ainda mostrou que se considerados os streams de áudio e vídeo somados, o valor chega na impressionante marca de 7,1 trilhões. Isso representa um crescimento de 33,7% em relação a 2022, ano em que foram registrados 5,3 trilhões de reproduções combinadas.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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