O baterista Simon Wright integrou o AC/DC entre 1983 e 1989. No período, gravou os álbuns “Fly on the Wall” (1985) e “Blow Up Your Video” (1988) – além das faixas inéditas de “Who Made Who” (1986). Também realizou turnês mundiais, com direito a passar pelo Brasil e se apresentar duas vezes na edição inaugural do Rock in Rio.
Embora não estivesse mais no auge de anos anteriores, a banda ainda era grande o suficiente para garantir uma agenda cheia e consequente segurança financeira. Mesmo assim, o músico decidiu se retirar.
Ele explicou a opção ao VW Music, via Ultimate Classic Rock.
“Queria tocar mais. Estar com eles implicava em um estilo regulamentado que não podia mudar. Acabava tocando mais quando estava em casa do que na estrada. Aquilo começou a me devorar por dentro. Não estou dizendo que podia fazer melhor, só queria que fosse mais. Não era questão de dinheiro, ganhava bem. Só queria ter mais liberdade. Não houve qualquer tipo de animosidade, tenho total respeito por eles até hoje.”
Simon e Dio
A seguir, passou a integrar o Dio, registrando o disco “Lock Up The Wolves” (1990). Voltou no início do século atual, participando de “Magica” (2000), “Killing the Dragon” (2002) e “Master of the Moon” (2004).
“Amava o trabalho de Ronnie desde o Rainbow e o Black Sabbath. Tive sorte de encontrá-lo. Foi um grande cantor e compositor.”
Ao livro “AC/DC: A Biografia”, de Mick Wall, Wright falou mais um pouco sobre a diferença entre as bandas.
“Ronnie me deixava ser eu mesmo, dominar o banquinho da bateria. Tinha total fé em mim e nunca esquecerei disso. Deu a chance para que mostrasse outro lado meu e um monte de coisas que eu poderia fazer musicalmente. Foi como respirar um pouco de ar fresco. Não estou falando mal do AC/DC, apenas fiquei muito satisfeito com o resultado de ‘Lock Up The Wolves’.”
Sobre Simon Wright
Nascido em Oldham, Lancanshire, Inglaterra, Simon Wright surgiu tocando em duas bandas da NWOBHM, o A II Z e o Tytan. Além de AC/DC e Dio, também fez parte do Rhino Bucket em diferentes épocas, além de ter participado brevemente do UFO, gravando o álbum “Covenant” (2000).
Ainda gravou e excursionou com Hellion, Geoff Tate’s Queensrÿche, Operation: Mindcrime, Tim “Ripper” Owens, Dream Child e Of Gods And Monsters, entre outros.
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