O Iron Maiden já possuía um status de banda grande quando entrou em estúdio para gravar “Powerslave”. A estabilidade os ajudaria a alçar voos ainda mais altos, alcançando patamar de gigantes, saindo em definitivo das limitações da cena metálica para se tornarem ícones do rock.
Em resgate retrospectivo da revista Classic Rock, o guitarrista Adrian Smith refletiu sobre o período de gravação. O músico se ateve a um momento específico, quando um astro da música pop estava presente nas sessões.
Ele contou:
“Gravamos o álbum nos estúdios Compass Point em Nassau, Bahamas. E naquela época, alguns de nós se distraíam facilmente. Uma noite eu estava com Martin Birch, festejando até as três da manhã. No dia seguinte cheguei ao estúdio, com muita ressaca, e lá estava Martin, ainda acordado desde a noite anterior. Ao lado dele estava Robert Palmer, que morava ao lado do estúdio. Eu tive que fazer meu solo para a faixa ‘Powerslave’. Estava tremendo, mas simplesmente fui em frente. Fiz um solo e Robert Palmer disse, ‘Isso é ótimo!’.”
Sobre Robert Palmer
Robert Allen Palmer foi um cantor, compositor, instrumentista e produtor musical britânico. Tronou-se conhecido por sua distinta voz soul e sua mistura eclética de estilos musicais, combinando soul, jazz, rock, pop, reggae e blues. Fez sucesso tanto em carreira solo como com o The Power Station, grupo que também contava com integrantes do Duran Duran e Chic.
Emplacou canções no Top 10 do Reino Unido e dos Estados Unidos. As mais conhecidas foram “Addicted to Love”, “I Didn’t Mean to Turn You On” e “She Makes My Day”.
Morreu aos 54 anos no dia 26 de setembro de 2003, vitimado por um ataque cardíaco em um hotel de Paris, França.
Iron Maiden e “Powerslave”
Quinto álbum de estúdio do Iron Maiden, “Powerslave” marcou a primeira vez que a banda repetiu a formação entre um disco e outro. É, até hoje, o último trabalho do grupo a contar com uma faixa instrumental: “Losfer Words (Big ‘Orra)”. A capa, desenhada por Derek Riggs, conta com referências à música que dá título à obra, além de alguns easter eggs.
Mais de quatro milhões de cópias foram vendidas à época do lançamento. Discos de ouro foram arrematados no Reino Unido e Alemanha, além de platina nos Estados Unidos e platina dupla no Canadá.
A turnê promocional, intitulada “World Slavery Tour”, durou 11 meses e rendeu o álbum e vídeo “Live After Death” (1985). Também marcou a primeira vinda do então quinteto ao Brasil, na noite de abertura da edição inaugural do Rock in Rio.
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