Após tantos anos de carreira, Bruce Dickinson reconhece que é atualmente difícil cantar certas músicas ao vivo. Isso porque, segundo o vocalista, o Iron Maiden segue tocando suas faixas no tom original – diferente de outras bandas veteranas, que costumam baixar as afinações para maior conforto.
Entre as canções geralmente presentes no setlist do grupo, há uma mais complicada do que as outras. Durante conversa com o Songfacts, o cantor revelou que “Aces High”, do álbum “Powerslave” (1984), apresenta mais desafios de execução – visto as notas altas exigidas.
Ele disse:
“A música que considero mais desafiadora de cantar no repertório do Maiden é ‘Aces High’. Não é só porque tenho 60 e poucos anos. Acredite em mim, quando eu tinha 26 anos, era igualmente desafiador. Eu sempre dizia: ‘se formos tocar ‘Aces High’, podemos colocá-la no início do set, por favor?’. Ainda tocamos todas as músicas no tom original. Tenho certeza de que seria mais fácil se baixássemos as afinações, mas aí não soaria tão bom. Essa é a música do Maiden mais desafiadora de cantar.”
Já em relação ao seu material solo, o vocalista não tem tanta certeza da resposta. Ainda assim, deu um palpite:
“Eu componho as partes vocais, então estou bastante confortável com tudo isso. Não é que as músicas sejam necessariamente difíceis de cantar. Eu acho que se você tiver um som bom e monitores intra-auriculares bons, dá para performar tranquilamente qualquer música. Agora, se você tem um som ruim, precisa ter um pouco de cuidado ao começar a cantar músicas como ‘Darkside of Aquarius’ e ‘Book of Thel’ para que sua voz não estoure caso não esteja com o retorno de palco adequado.”
Bruce Dickinson e “Aces High”
Como mencionado, Bruce Dickinson prefere que, diante da dificuldade, “Aces High” apareça no início dos setlists do Iron Maiden. Durante evento na Áustria, em 2019, o vocalista já havia abordado o assunto ao detalhar o repertório da turnê “Legacy of the Beast”.
Ele afirmou:
“Começamos com essas músicas bem altas [‘Aces High’ e ‘Where Eagles Dare’] e, depois, acalma um pouco, aí fica super difícil no fim, quando se tem ‘Hallowed Be Thy Name’, ‘Run to the Hills’ e coisas assim. É um repertório difícil. Tocamos todas as músicas do Maiden na afinação original. Não baixamos o tom, diferente de outras pessoas. Não fazemos nada disso. Suponho que se um dia for necessário, teremos que fazer isso. Mas não precisamos fazer isso agora. E acho que, como resultado, as músicas soam melhores. Elas foram feitas para serem tocadas na afinação original.”
Iron Maiden e “Powerslave”
Quinto álbum de estúdio do Iron Maiden, “Powerslave” marcou a primeira vez que a banda repetiu a formação entre um disco e outro. É, até hoje, o último trabalho do grupo a contar com uma faixa instrumental: “Losfer Words (Big ‘Orra)”. A capa, desenhada por Derek Riggs, conta com referências à música que dá título à obra, além de alguns easter eggs.
Mais de quatro milhões de cópias foram vendidas à época do lançamento. Discos de ouro foram arrematados no Reino Unido e Alemanha, além de platina nos Estados Unidos e platina dupla no Canadá.
A turnê promocional, intitulada “World Slavery Tour”, durou 11 meses e rendeu o álbum e vídeo “Live After Death” (1985). Também marcou a primeira vinda do então quinteto ao Brasil, na noite de abertura da edição inaugural do Rock in Rio.
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