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Ihsahn reflete sobre queimas de igreja protagonizadas pela cena black metal norueguesa

Líder do Emperor não participou ativamente das ações, mas elas acabaram refletindo em sua banda

Nos anos 1990, a cena black metal norueguesa ganhou as manchetes por conta das queimas de igrejas no país. As ações se juntaram a outras de cunho criminoso, que incluíram até mesmo assassinatos, incluindo entre os próprios integrantes do movimento.

Ihsahn, líder do Emperor, não teve participação ativa nas manifestações. Porém, também sofreu as consequências, além de ser questionado sobre o tema até hoje. Como em entrevista à mais nova edição da Metal Hammer, quando voltou a abordar o assunto.

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O músico declarou à revista:

“Tive muita sorte de não me envolver em nada disso, mas acho que fomos todos muito consumidos com a atenção que aquilo despertou. Toda a repercussão negativa e a reação da comunidade local a isso se tornaram combustível para o fogo. Exagerou esse sentimento de ‘nós contra eles’. Então, eu me senti envolvido assim e na minha banda houve, claro, consequências.”

A semelhança do black metal com os rappers

De qualquer modo, o artista entende que o efeito também serviu para ratificar uma posição dos envolvidos – mesmo que ela não fosse necessariamente boa. Sobrou até espaço para uma comparação que deixaria os true de cabelos arrepiados – os que sobraram:

“Você realmente não pode negar que isso validou a seriedade do que estávamos fazendo. Ouvi alguém falando sobre jovens artistas de rap hoje em dia, que começam a praticar atividades criminosas para dar credibilidade e validade às coisas que cantam. É uma coisa muito estranha de adolescente, algum tipo de desejo rebelde de ter poder e ser levado a sério. É preciso ser perigoso. Porque quando se é adolescente você também fica muito vulnerável. Não precisamos psicanalisar tudo, mas, como adulto, acho que é muito mais fácil ver como isso aconteceu.”

Ihsahn, Emperor e os crimes do Inner Circle

Vocalista e guitarrista, Vegard Tveitan – nome verdadeiro de Ihsahn – fundou o Emperor com o guitarrista Samoth (Tomas Haugen) em 1991. A banda se tornou parte do movimento conhecido como “inner circle do black metal”, também composto por Mayhem e Darkthrone, entre outros. O grupo tinha como centro a loja de discos Helvete, de Oslo.

Além das queimas de igrejas, membros da irmandade realizaram atos de violência hediondos e infames. O ex-baterista do Emperor, Bård “Faust” Eithun, cometeu assassinato em 1992. Varg Vikernes (Burzum) matou seu colega de banda no Mayhem, Øystein “Euronymous” Aarseth, no ano seguinte.

Ambos foram condenados a 14 anos de prisão em 1994 por homicídio e os atentados contra os templos. Samoth também foi penalizado pelo último ato mencionado.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Ihsahn, líder do Emperor, não teve participação ativa nas manifestações. Porém, também sofreu as consequências, além de ser questionado sobre o tema até hoje. Como em entrevista à mais nova edição da Metal Hammer, quando voltou a abordar o assunto.

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“Tive muita sorte de não me envolver em nada disso, mas acho que fomos todos muito consumidos com a atenção que aquilo despertou. Toda a repercussão negativa e a reação da comunidade local a isso se tornaram combustível para o fogo. Exagerou esse sentimento de ‘nós contra eles’. Então, eu me senti envolvido assim e na minha banda houve, claro, consequências.”

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De qualquer modo, o artista entende que o efeito também serviu para ratificar uma posição dos envolvidos – mesmo que ela não fosse necessariamente boa. Sobrou até espaço para uma comparação que deixaria os true de cabelos arrepiados – os que sobraram:

“Você realmente não pode negar que isso validou a seriedade do que estávamos fazendo. Ouvi alguém falando sobre jovens artistas de rap hoje em dia, que começam a praticar atividades criminosas para dar credibilidade e validade às coisas que cantam. É uma coisa muito estranha de adolescente, algum tipo de desejo rebelde de ter poder e ser levado a sério. É preciso ser perigoso. Porque quando se é adolescente você também fica muito vulnerável. Não precisamos psicanalisar tudo, mas, como adulto, acho que é muito mais fácil ver como isso aconteceu.”

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Vocalista e guitarrista, Vegard Tveitan – nome verdadeiro de Ihsahn – fundou o Emperor com o guitarrista Samoth (Tomas Haugen) em 1991. A banda se tornou parte do movimento conhecido como “inner circle do black metal”, também composto por Mayhem e Darkthrone, entre outros. O grupo tinha como centro a loja de discos Helvete, de Oslo.

Além das queimas de igrejas, membros da irmandade realizaram atos de violência hediondos e infames. O ex-baterista do Emperor, Bård “Faust” Eithun, cometeu assassinato em 1992. Varg Vikernes (Burzum) matou seu colega de banda no Mayhem, Øystein “Euronymous” Aarseth, no ano seguinte.

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