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Bruce Dickinson reflete sobre mentalidade de “banda solo” e parceria com Roy Z

Vocalista do Iron Maiden afirma enxergar seu projeto solo como um grupo, inclusive por repetir músicos em seu trabalho mais recente

Quando Bruce Dickinson anunciou que lançaria um novo álbum solo, muitos fãs ficaram curiosos com relação aos músicos que o acompanhariam na empreitada. No fim das contas, “The Mandrake Project” — que sai dia 1º de março via BMG — repetirá praticamente toda a banda envolvida no disco anterior, “Tyranny of Souls” (2005).

Roy Z, parceiro de Dickinson durante boa parte de sua carreira solo, ficou a cargo de guitarras e baixo, além da produção, mixagem e engenharia de som no geral. O baterista Dave Moreno (Puddle of Mudd) e o tecladista Maestro Mistheria, ambos envolvidos com “Tyranny of Souls”, completaram a formação em estúdio. A única novidade em termos de lineup é ao vivo: Tanya O’Callaghan, baixista do Whitesnake que excursionou com Bruce com o show em celebração a Jon Lord (Deep Purple) se juntará ao quarteto nas apresentações.

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Ao responder uma pergunta do site IgorMiranda.com.br sobre o tema, durante entrevista coletiva, Dickinson reforçou que enxerga seu projeto solo como uma banda. Além de fazer questão de contar com os mesmos músicos de outros tempos — especialmente pela longeva colaboração com Z —, o vocalista do Iron Maiden costuma compor sempre junto de um parceiro. Quando não contou com Roy, nos álbuns “Tattooed Millionaire” (1990) e “Skunkworks” (1994), o cantor criava junto dos guitarristas Janick Gers ou Alex Dickson, respectivamente.

“Mesmo que seja chamado de ‘álbum solo’, para mim, é sempre uma banda. Então, eu trato isso como se fosse tipo: estou em uma banda para meu disco solo. Estamos levando uma banda em turnê, estamos agindo como uma banda e fazendo todas essas coisas. Vamos sair, nos divertir e jogar xadrez.”

Em outra pergunta sobre a parceria com Roy Z, feita pelo site Laboratorio del Rock, Bruce relembrou que Roy “entrou e saiu” de sua vida em diversos momentos. Para ele, o trabalho do guitarrista e produtor em “The Chemical Wedding” traz “alguns dos sons mais inovadores” e fez daquele disco “um dos mais influentes da década de 1990”. Por outro lado, “The Mandrake Project” teve um pouco mais das impressões digitais do cantor em comparação aos álbuns anteriores.

“Suponho que tive mais contribuições neste álbum do que em outros. Há algumas músicas neste álbum creditadas apenas a mim, não a mim com outra pessoa. Mas ainda assim há o efeito de Roy no som, como em ‘Afterglow of Ragnarok’. Aquele tipo de guitarra grande, com afinação grave e em camadas… é um tipo muito denso de som. É algo meio novo neste disco.”

Bruce Dickinson e “The Mandrake Project”

“The Mandrake Project” será acompanhado por uma graphic novel, cujo preview já saiu junto com o primeiro single. São 12 capítulos, divididos em 3 volumes, a serem lançados ao longo deste ano. O conceito foi criado por Bruce Dickinson, com roteiro de Tony Lee e ilustrações de Staz Johnson, da Z2 Comics.

As gravações aconteceram, em sua maior parte, no estúdio Doom Room, em Los Angeles, Estados Unidos. A produção ficou a cargo de Roy Z, parceiro de longa data do vocalista, que também gravou guitarras e baixo – o segundo será assumido por Tanya O’Callaghan (Whitesnake) na turnê. Mistheria registrou os teclados e Dave Moreno (Puddle of Mudd) a bateria. Os dois já haviam participado de “Tyranny of Souls” (2005), mas recente disco solo de Bruce.

Entre as faixas, pode chamar atenção dos fãs a sexta, denominada “Eternity Has Failed”. Ela é uma versão retrabalhada de “If Eternity Should Fail”, presente em “The Book of Souls” (2015), do Iron Maiden. A demo original, ainda com o nome anterior, entrou no compacto “Afterglow of Ragnarok”.

Assim como “The Chemical Wedding”, conceituado trabalho lançado no ano de 1998, “The Mandrake Project” contará com referências à obra do escritor e alquimista William Blake. Segundo o release oficial, a temática será “obscura e adulta, sobre poder, abuso e uma luta por identidade, em um cenário genial de ciência e ocultismo”.

Shows no Brasil

Para divulgar a obra, Bruce Dickinson realizará uma turnê, a primeira desde 2002. Além da América Latina, foram confirmados compromissos na Europa. As datas para o Brasil são as seguintes:

  • dia 24 de abril em Curitiba, na Live Curitiba;
  • dia 25 de abril no Pepsi On Stage, em Porto Alegre;
  • dia 27 de abril na Opera Hall, em Brasília;
  • dia 28 de abril na Arena Hall, em Belo Horizonte;
  • dia 30 de abril no Rio de Janeiro, no Qualistage;
  • dia 02 de maio na Quinta Linda, em Ribeirão Preto;
  • e no dia 04 de maio em São Paulo, na Vibra São Paulo.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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