Baterista do Poison, Rikki Rockett defende bandas que falam sobre política

Músico fez reflexão a respeito do tema nas redes sociais e citou Sex Pistols e The Clash como exemplos

Não é incomum ver bandas trazendo temas politizados para os seus trabalhos. Rage Against the Machine, Green Day, U2, Pink Floyd, entre tantos outros nomes, aderiram à prática em letras e atitudes em cima do palco. 

Enquanto tem aqueles que mostram-se contrários, sob o velho discurso de que “política e música não se misturam”, Rikki Rockett enxerga a questão de maneira oposta. Por meio do X/Twitter, o baterista do Poison defendeu grupos que seguem tal caminho artístico.

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Primeiramente, o músico escreveu: 

“O Poison nunca foi uma banda de rock política, mas muitas bandas foram e são desde os anos 60. Por que as pessoas ficam tão irritadas com isso?”

Na postagem seguinte, citou Sex Pistols e The Clash como exemplos:

“Claramente, o punk era tanto um movimento social quanto musical. The Clash e Sex Pistols nunca existiriam sem política. O Poison cresceu na região industrial da Pensilvânia. Queríamos diversão e então criamos músicas sobre isso.”

Provavelmente, os comentários têm relação com o recente ataque sofrido pelo Green Day. A banda recebeu críticas de conversadores, do bilionário Elon Musk e até de uma emissora da Fox News após fazer referência ao ex-presidente americano Donald Trump em apresentação da faixa “American Idiot” .

Nos últimos dias, o próprio Rikki curtiu diversos tweets em apoio ao trio liderado por Billie Joe Armstrong. Um deles destaca que “o rock sempre foi político”.

Rikki Rockett, Poison e a homofobia no rock

Durante entrevista ao podcast Totally 80’s, concedida no ano passado, Rikki Rockett abordou outro assunto tabu no rock: a homofobia. De início, refletiu:

“O que é louco é que, embora tantos na nossa época usassem maquiagem – e quanto mais velho eu fico, mais preciso dela – muitas pessoas do rock são homofóbicas. É um gênero incrivelmente homofóbico. É muito estranho.”

Depois, como pontuou, o integrante do Poison entende que o preconceito explica, em parte, o porquê de o estilo não possuir a mesma força de outras épocas em um mundo que se esforça para ser inclusivo.

“É parte da razão pela qual o rock está em dificuldades neste momento. Há uma contradição entre os pontos de vista conservadores de algumas estrelas do rock e o passado de expansão das fronteiras do gênero.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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