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Quanto o Nirvana recebeu por “Nevermind” — e como a grana foi embora em um ano

Em entrevista ao radialista Howard Stern, Dave Grohl revelou que a fama não trouxe fortuna em um primeiro momento

Do dia para a noite o Nirvana foi catapultado ao sucesso com seu segundo álbum, “Nevermind” (1991). O trabalho marcou a estreia do baterista Dave Grohl, consolidando a formação clássica da banda, que ainda contava com Kurt Cobain nos vocais e guitarra, além de Krist Novoselic no baixo.

Porém, nem tudo foi fama e fortuna, ao menos não o segundo. O agora líder do Foo Fighters reconhece que o dinheiro não era tão alto quanto as pessoas podem imaginar em um primeiro momento.

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Em 2011, ele desconversou quando o radialista Howard Stern o questionou. Em transcrição do site The Things:

“Não fizemos muitas turnês naquele período. Vendemos muitos discos, naquela época eu tinha 24 para 25 anos. Nunca havia ganhado mais de US$ 3,25 por hora de trabalho.”

Após Stern especular que o período teria rendido em torno de uns US$ 15 milhões, Grohl não levou o tema adiante.

Kurt Cobain e o dinheiro

Em 1993, durante entrevista com o Melody Maker, Kurt Cobain falou sobre o tema de forma mais específica. E garantiu que a quantia ganha acabou cobrindo rombos anteriores.

“Sei que é de se esperar que as pessoas pensem que sou rico e pensem: ‘Você vendeu 10 milhões de álbuns, então são US$ 10 milhões’. Mas não é. Ganhei US$ 1 milhão com esse disco. Mais de US$ 300 mil foram gastos em impostos, houve problemas legais e contas médicas porque não conseguimos o seguro a tempo. Eu me vi gastando todo esse dinheiro, de uma vez, naquele ano. Também comprei uma casa.”

Nirvana e “Nevermind”

Lançado em 24 de setembro de 1991, “Nevermind” vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo, causando uma revolução na indústria musical, que abraçaria o movimento que ficou conhecido como grunge. Ganhou disco de platina no Brasil.

A sonoridade se distancia de Bleach (1989), trabalho de estreia. Kurt Cobain citou influências de nomes como REM, Pixies e Melvins para as ideias que buscava à época.

O vocalista e guitarrista ressaltou abertamente ter ficado descontente com o resultado, dizendo que soava muito polido. O produtor Butch Vig alega que esse foi um discurso para as câmeras e que todos se mostraram satisfeitos ao ouvir a versão final.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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