Poucos nomes são tão criticados pelos próprios fãs quanto Lars Ulrich. O baterista do Metallica é muitas vezes definido como um atraso para a banda por sua técnica inferior a outros colegas de cena – embora tenha compensado esse detalhe com sua habilidade para lidar com outras situações, incluindo aspectos fora da música.
Em recente entrevista ao podcast “3 Sides of the Coin”, com proposta temática de abordar o Kiss, um amigo saiu em sua defesa. Ex-baixista do Megadeth, David Ellefson aproveitou a proposta da produção para comparar o dinamarquês a outro percussionista que também costuma ser visto de forma depreciativa.
Ele explicou sua analogia, conforme transcrição do Ultimate Guitar:
“Lars é um ‘baterista de músicas’. Não está preocupado em ser proficiente. Usa o instrumento para criar canções completas. Estava o observando pensei: ‘Ele é o Peter Criss do Metallica’. Quando você ouve aquele solo de bateria de Peter no ‘Kiss ‘Alive!’ [no meio da versão de ‘100,000 Years’], é inigualável.”
Para David, a abordagem de Lars é uma raridade no reino do metal.
“É a ferramenta dele. Quem diabos consegue compor uma música inteira por trás da bateria? Ele conseguiu e criou algumas das maiores de todos os tempos. Sinto o mesmo com Peter. Não se tratava da proficiência, desse cara que poderia dar aulas em Berklee ou fazer coisas assim. Não se tratava disso. O objetivo era: ‘Deixe isso chamativo, torne-o emocionante. Assim, quando a banda parar e começar um solo de bateria, as pessoas não irão ao banheiro ou comprar uma cerveja’.”
David Ellefson e o Metallica
Desde que foi demitido pela segunda vez do Megadeth, David Ellefson não perde uma chance de elogiar os desafetos eternos de Dave Mustaine. Em outubro do ano passado, citou que a saída da antiga banda o proporcionou poder voltar a homenagear os amigos.
“Agora que não estou mais no Megadeth, posso voltar a usar minhas camisetas do Metallica. Sou fã. Quero dizer, fale sobre padrões ouro. Eles são únicos para o metal, fizeram o impossível. Quando você pensa no ramo de turnês, há Taylor Swift, há o Metallica, talvez Beyoncé, Guns N’ Roses… E graças a Deus eles estão no topo.”
Em julho de 2023, também exaltou os patronos do Big Four ao Riff Crew. E aproveitou para dar uma cutucada.
“Gostaria que Dave pudesse ser mais grato e ver o lado positivo de seu tempo com o Metallica. Apesar de como acabou, a associação a eles foi algo que nos trouxe boas vantagens no início da carreira. De minha parte, sempre fui fã.”
Poucos dias antes, também havia dito ao Scars and Guitars:
“Nunca compactuei com a mágoa que Dave sente do Metallica. Sou fã e amigo de todos na banda, eles fizeram muito por nós. Serei sempre grato e os aplaudirei.”
Os vários projetos atuais de Ellefson
Atualmente, David Ellefson toca no Kings of Thrash, com o guitarrista Jeff Young. Os dois também estão realizando um projeto que contará com um vocalista brasileiro. Por hora, não há maiores detalhes. O baixista também tem o Dieth, The Lucid e o Ellefson/Soto, com o vocalista multibandas Jeff Scott Soto.
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