O baterista Jason Bonham conta com um currículo estrelado. Além de trabalhos próprios, o supergrupo Black Country Communion e a atual parceria com Sammy Hagar, o músico já tocou com nomes como UFO, Foreigner e The Quireboys, apenas para ficar em alguns.
Mas não dá para fugir, ele sempre será lembrado pelo Led Zeppelin. Na maior parte das poucas reuniões que a banda fez, lá estava o filho de John Bonham ocupando o lugar que pertenceu ao pai no período em que as atividades ocorreram em tempo integral.
Sendo assim, o herdeiro tem autoridade suficiente para mencionar aquela que considera a melhor linha feita pelo pai. Em depoimento à revista Q, resgatado pelo Far Out Magazine, foi mencionada uma composição de Memphis Minnie e Kansas Joe McCoy em 1929. Ela foi retrabalhada para o álbum “Led Zeppelin IV” (1972).
“‘When the Levee Breaks’ tem a introdução de bateria dos deuses. Você poderia tocar em qualquer lugar e as pessoas saberiam que é John Bonham.”
Os samples de “When the Levee Breaks”
Posteriormente, o arranjo percussivo foi sampleado por muitos artistas. Beyoncé e Jack White o usaram em “Don’t Hurt Yourself” do álbum “Lemonade” (2016). Dr. Dre reproduziu a bateria em “Lyrical Gangbang”, enquanto o Massive Attack a adicionou em “Man Next Door” do álbum “Mezzanine” (1998). Já os Beastie Boys incorporaram as batidas de Bonham em “Rymin’ And Stealin”, presente em “Licensed to Ill” (1986).
A decepção de Jason Bonham
Não é segredo para quem acompanha a história envolvendo a árvore genealógica do Led Zeppelin que Jason só passou realmente a levar a prática no kit a sério após John falecer. Sendo assim, ele possui uma lamentação:
“Nunca tive a chance de dizer ao meu pai o quão incrível ele era – ele era apenas o meu pai.”
Sobre John Bonham
Nascido em Redditch, Worcestershire, Inglaterra, John Henry Bonham começou a carreira tocando em bandas locais. Em duas delas, teve a companhia do vocalista Robert Plant.
Em 1968, foi chamado para se juntar ao Led Zeppelin. O grupo se tornaria um dos mais influentes da história da música. Exceção às reuniões esporádicas após 1980, participou de todas as atividades.
Também gravou com The Family Dogg, Screaming Lord Sutch, Roy Wood, Lulu, Jimmy Stevens e Wings. Em 1974 participou do filme Son Of Dracula. Também esteve presente na trilha sonora, junto de Ringo Starr (The Beatles) e Keith Moon (The Who).
Morreu no dia 24 de setembro de 1980, aos 32 anos, asfixiado pelo próprio vômito enquanto dormia. A tragédia fez Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones decretarem o fim da colaboração.
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