Geoff Nicholls é uma espécie de herói quase anônimo na história do Black Sabbath. O músico se tornou figura preponderante em períodos menos gloriosos, atuando diretamente sobre o processo criativo, além de ter sido um conciliador em formações que se alternavam o tempo todo.
Em entrevista ao Ultimate Guitar, o vocalista Tony Martin relembrou o importante papel do tecladista em seu período como frontman. O músico foi de grande importância no trabalho em estúdio, para facilitar a compreensão da dinâmica.
Ele explica:
“Alguns riffs de Tony Iommi são muito desafiadores para um cantor. Então, Geoff colocava uma cama de teclado por cima, facilitando para que eu pudesse acompanhar a melodia”.
Martin citou como exemplo uma música do álbum “Headless Cross”. Lançado em 1989, foi o mais bem-sucedido entre os que gravou com a banda, tendo ganhando disco de ouro no Reino Unido.
“’Black Moon’ tem um riff com variação de tempo de 14/4 a 6/4 ou algo assim, o que é muito estranho para se cantar em cima. Mas quando Geoff Nicholls colocou os teclados, consegui compreender a ideia e ter um foco. Foi isso que me fez passar a melodia”.
Sobre Geoff Nicholls
Geoff Nicholls foi tecladista do Black Sabbath entre 1980 e 2004, sendo o segundo músico com maior tempo ininterrupto na banda – embora nem sempre tenha sido considerado membro oficial – atrás apenas de Tony Iommi.
Antes, fez parte do Quartz, grupo que lançou material em meio à explosão da New Wave of British Heavy Metal. À época, era guitarrista. Reuniu-se com os colegas em 2011 para eventos comemorativos.
Faleceu no dia 28 de janeiro de 2017, aos 72 anos, vítima de um câncer pulmonar.
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.