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Don Dokken defende ex-presidente da federação espanhola de futebol por beijo em atleta sem consentimento

Vocalista do Dokken questionou o movimento #MeToo e lamentou não poder mais assediar mulheres como fazia nos anos 1980

O vocalista Don Dokken deu uma entrevista onde defendeu o ex-presidente da federação espanhola de futebol, Luis Rubiales. O dirigente foi afastado do cargo após ter forçado um beijo na boca da atleta Jenni Hermoso enquanto as integrantes da seleção nacional recebiam as medalhas pelo título mundial, conquistado ano passado.

A jogadora ressaltou que não consentiu com o beijo e acrescentou, em comunicado, que “se sentia vulnerável e vítima de agressão, um ato impulsivo e sexista que estava fora de lugar e sem consentimento da minha parte”. Como resultado, a Justiça do país abriu uma investigação criminal para saber se a ação se configuraria em um ato de agressão sexual.

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Disse o cantor ao podcast Fantasm, em transcrição do Blabbermouth:

“Nos anos 80, tudo girava em torno de garotas com saias curtas e sutiãs push-up. Hoje em dia, eu disse à banda que se uma garota chegar nos bastidores e estiver vestida com esmero, você não pode comentar: ‘Uau, sua bunda fica bem com essa minissaia’ ou ‘Uau, seus peitos estão balançando’, algo assim. Elas vão processar você. Quer dizer, toda essa coisa de PC [politicamente correto] foi longe demais. Se as mulheres estão vestidas assim, você pensaria que é porque elas querem um elogio.”

Don Dokken contra o politicamente correto

A seguir, o artista se referiu especificamente ao caso ocorrido no futebol.

“Agora, olhe para a seleção espanhola de futebol feminino, que venceu a Copa do Mundo pela primeira vez na história. Tudo que o cara quis foi dar um beijo, um beijinho. E ela disse: ‘Eu não concordei com isso’. E está no noticiário, vai ao governo e eles o demitem. Não foi como se tivesse agarrado a bunda dela ou enfiado a língua na sua boca. Ele apenas deu um beijo porque estava animado. Eles ganharam. Fiquei pensando: ‘Bem, espere um minuto. Na Rússia e na França, quando você conhece alguém, eles beijam você na bochecha esquerda e na bochecha direita’. Isso é apenas a cultura francesa e russa – e espanhola. Então, o cara ficou animado. E a garota veio a público e disse: ‘Ele não deveria ter me beijado. Eu não gostei disso’. E eu pensei: ‘Foi só um selinho’. E passa na CNN a cada cinco minutos. E demitem o cara. Isso é besteira.”

Sendo assim, o líder da banda que leva seu sobrenome recomendou cuidado – como se não fosse uma mera questão de respeito, algo tão em falta décadas atrás.

“Tudo é PC. Tem que ter cuidado com o que se diz. Você não pode falar nada a uma mulher ou dirão que você é um misógino, um cachorro e ‘eu vou processar você’. Quero dizer, olhe para todos esses senadores e congressistas que estão sendo processados por causa de comportamento inadequado. Eu estou, tipo, tanto faz. O mundo está f*dido. Então eu digo à banda: ‘Tenham cuidado. Não digam nada sobre a bunda delas, minissaia ou vão processar vocês’.”

No início desta semana, Hermoso disse a um juiz do tribunal de Madrid que o beijo forçado a ela por Rubiales após a vitória da Espanha sobre a Inglaterra na final em Sydney “não foi em nenhum momento consensual” e que ela foi pressionada para defender as ações dele em um primeiro momento. O processo criminal segue em curso.

Dokken e “Heaven Comes Down”

No final de outubro de 2023, o Dokken lançou seu álbum de estúdio mais recente. “Heaven Comes Down” é o 12º trabalho de inéditas da banda, rompendo o hiato que se estendia desde “Broken Bones”, disponibilizado em 2012.

O disco é o primeiro desde a aposentadoria do baterista original, “Wild” Mick Brown. Seu substituto é Bill “BJ” Zampa. O baixista Chris McCarvill também estreia em estúdio. Os dois músicos também são membros do House of Lords. O guitarrista Jon Levin completa a formação.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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