A reflexão de David Ellefson sobre escândalo sexual que o tirou do Megadeth

Tentativa de apaziguar ânimos e deixar a poeira baixar não surtiu efeito junto a Dave Mustaine, que optou pela demissão do baixista

A próxima edição da revista britânica Metal Hammer, que sai ainda em janeiro, conta com uma entrevista exclusiva de David Ellefson. Nela, o baixista aborda sua segunda demissão do Megadeth, anunciada em maio de 2021 após o vazamento de vídeos explícitos e trocas de mensagens de cunho sexual com uma fã.

Após o ocorrido, o músico teve suas partes apagadas do disco mais recente da banda, “The Sick, the Dying… and the Dead!” (2022), sendo substituído por Steve Di Giorgio em estúdio e posteriormente ocasionando o regresso de James LoMenzo como membro em tempo integral.

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No bate-papo, o instrumentista se esquivou de fornecer mais detalhes sobre o impacto que o escândalo causou em sua vida pessoal. Porém, fez algumas observações que deixam o caminho aberto para interpretações.

“Há dois lados nisso. Um: quando se descobre tudo, não há nada a esconder e você pode realmente ser você mesmo! Todos nós viemos ao mundo assim, então do que temos vergonha? O que mais lamento é o constrangimento que isso causou a algumas pessoas, como a minha família, que não mereciam. Por respeito, vou manter a dinâmica familiar fora de questão durante as entrevistas. Isso é a pedido deles.”

Em relação a como a parceria artística foi desfeita, David destaca que houve um choque de ideias na estrutura interna do grupo. Porém, o vocalista, guitarrista e líder Dave Mustaine se mostrou irredutível em relação a uma conciliação.

“Dave, seu empresário e seu advogado me ligaram após o vazamento. Um deles disse: ‘Vamos recuar, deixar Ellefson lidar com isso e deixar a porta aberta para ele voltar’. Mas Dave não queria isso. Ele tomou sua decisão e foi o que aconteceu.”

Posição de Dave Mustaine

Mustaine falou poucas vezes sobre o assunto em entrevistas. Em junho de 2022, desconcertado, disse à Rolling Stone:

“Com tudo o que aconteceu nos últimos 10, 20 anos com meu relacionamento com nosso antigo baixista, chegou a hora de… é tão desconfortável para mim falar sobre isso. Foi difícil para mim deixá-lo ir. E estou mais feliz agora do que nunca.”

David Ellefson atualmente

Hoje, David Ellefson segue carreira envolvido em uma série de bandas e projetos, como o Kings of Thrash, Ellefson-Soto, The Lucid e Dieth. Sobre o último, com sonoridade voltada ao death metal, ele exalta:

“Eu sabia que meus dias de músico não haviam acabado. Seis meses após o Megadeth, em janeiro de 2022, recebi um e-mail de Guilherme [Miranda, brasileiro e ex-guitarrista do Entombed AD] sobre essa coisa de Dieth. Eu disse: ‘Envie-me uma música’. Toquei baixo nela. No Megadeth, como Dave e eu tocamos juntos por tanto tempo, podíamos terminar as frases um do outro. Com isso, foi tão aleatório! Era escuro e bizarro, o que chamou minha atenção!”

Megadeth hoje

Recentemente, o Megadeth passou por outra mudança de formação com a saída do guitarrista brasileiro Kiko Loureiro. Ele foi substituído pelo finlandês Teemu Mäntysaari, integrante do Wintersun e Smackbound.

Em abril, a banda passa pela América do Sul em mais uma turnê. O único show marcado para o Brasil acontece dia 18, em São Paulo, no Espaço Unimed.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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