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Os dois piores discos do Kiss, na opinião de Paul Stanley

Ambos os álbuns saíram em sequência, no início dos anos 1980; segundo vocalista e guitarrista, banda estava perdida naquele período

Ao longo de seus 50 anos de carreira, o Kiss lançou vários álbuns de estúdio e também gravados ao vivo. Para o vocalista e guitarrista Paul Stanley, entre todos, “Alive!” (1975) é o melhor da discografia da banda. Ao mesmo tempo, pensando no conjuntoda obra, outros dois trabalhos desagradam o músico. 

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Conversando com a revista Classic Rock, o cantor foi perguntado sobre o pior disco que o quarteto mascarado já fez. Em resposta, o Starchild não apenas mencionou um, mas sim, dois materiais disponibilizados em sequência: “Unmasked” (1980) e “Music from The Elder” (1981).

Depois, explicou o motivo das escolhas:

“Há dois discos [que considero os piores]: ‘Unmasked’ e ‘Music from The Elder’. ‘Unmasked’ era morno e não mostrava coragem. Na verdade, a banda naquele momento também não tinha coragem. ‘Music from The Elder’ foi uma tentativa equivocada de impressionar pessoas que não deveríamos tentar impressionar, no caso, os críticos, enquanto esquecemos das pessoas que deveríamos impressionar, os fãs.”

Além de ambos os materiais, Paul já teceu críticas ao “Carnival of Souls: The Final Sessions” (1997), cuja proposta era seguir uma sonoridade mais melancólica e pesada, alinhada com o grunge e o alternativo dos anos 90. No livro “Kiss: Por Trás da Máscara”, escreveu:

“Eu era totalmente contra fazer aquele tipo de álbum, mas há momentos na banda quando alguém tem que ceder ou concordar com alguém, porque essa pessoa tem uma opinião mais forte sobre alguma coisa. Aquele álbum foi ideia do Gene, que acreditava que deveríamos fazê-lo. Nunca acreditei que o mundo precisasse de um Soundgarden, Metallica ou Alice in Chains de segunda classe. Foi uma tentativa muito elaborada de fazer algo que eu achava ser um grande erro.”

Kiss, Paul Stanley e “Music from The Elder”

Lançado em 10 de novembro de 1981, “Music from The Elder” é considerado por muitos um dos pontos mais baixos da carreira do Kiss.

O nono trabalho de inéditas da banda trouxe o reencontro com o produtor Bob Ezrin cinco anos após o sucesso alcançado pela parceria em “Destroyer”. Mostrou o grupo buscando uma sonoridade com influências sinfônicas e temática conceitual que nem eles foram capazes de explicar sem se atrapalhar – embora tenham planejado até mesmo um filme.

Durante entrevista ao Yahoo Entertainment em 2021, Paul Stanley refletiu sobre o período e fez questão de deixar claro que as opiniões negativas não mudaram com o passar dos anos. O guitarrista e vocalista deu um retrato sincero sobre o que era o Kiss em 1981.

“Estávamos perdidos. Estávamos delirando. Tínhamos nos tornado complacentes e meio ingratos pelo sucesso e em que ele se baseava. Ficamos preguiçosos e acho que todos nos sentimos muito confortáveis em um estilo de vida rico, por assim dizer, e nos preocupamos mais com a forma como nossos contemporâneos nos viam do que com nossos fãs, que foram abandonados. Não poderíamos fazer um álbum de rock nessas condições. Não tínhamos dentes. Nós estávamos gozando naquele ponto.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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Ambos os álbuns saíram em sequência, no início dos anos 1980; segundo vocalista e guitarrista, banda estava perdida naquele período

Ao longo de seus 50 anos de carreira, o Kiss lançou vários álbuns de estúdio e também gravados ao vivo. Para o vocalista e guitarrista Paul Stanley, entre todos, “Alive!” (1975) é o melhor da discografia da banda. Ao mesmo tempo, pensando no conjuntoda obra, outros dois trabalhos desagradam o músico. 

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Conversando com a revista Classic Rock, o cantor foi perguntado sobre o pior disco que o quarteto mascarado já fez. Em resposta, o Starchild não apenas mencionou um, mas sim, dois materiais disponibilizados em sequência: “Unmasked” (1980) e “Music from The Elder” (1981).

Depois, explicou o motivo das escolhas:

“Há dois discos [que considero os piores]: ‘Unmasked’ e ‘Music from The Elder’. ‘Unmasked’ era morno e não mostrava coragem. Na verdade, a banda naquele momento também não tinha coragem. ‘Music from The Elder’ foi uma tentativa equivocada de impressionar pessoas que não deveríamos tentar impressionar, no caso, os críticos, enquanto esquecemos das pessoas que deveríamos impressionar, os fãs.”

Além de ambos os materiais, Paul já teceu críticas ao “Carnival of Souls: The Final Sessions” (1997), cuja proposta era seguir uma sonoridade mais melancólica e pesada, alinhada com o grunge e o alternativo dos anos 90. No livro “Kiss: Por Trás da Máscara”, escreveu:

“Eu era totalmente contra fazer aquele tipo de álbum, mas há momentos na banda quando alguém tem que ceder ou concordar com alguém, porque essa pessoa tem uma opinião mais forte sobre alguma coisa. Aquele álbum foi ideia do Gene, que acreditava que deveríamos fazê-lo. Nunca acreditei que o mundo precisasse de um Soundgarden, Metallica ou Alice in Chains de segunda classe. Foi uma tentativa muito elaborada de fazer algo que eu achava ser um grande erro.”

Kiss, Paul Stanley e “Music from The Elder”

Lançado em 10 de novembro de 1981, “Music from The Elder” é considerado por muitos um dos pontos mais baixos da carreira do Kiss.

O nono trabalho de inéditas da banda trouxe o reencontro com o produtor Bob Ezrin cinco anos após o sucesso alcançado pela parceria em “Destroyer”. Mostrou o grupo buscando uma sonoridade com influências sinfônicas e temática conceitual que nem eles foram capazes de explicar sem se atrapalhar – embora tenham planejado até mesmo um filme.

Durante entrevista ao Yahoo Entertainment em 2021, Paul Stanley refletiu sobre o período e fez questão de deixar claro que as opiniões negativas não mudaram com o passar dos anos. O guitarrista e vocalista deu um retrato sincero sobre o que era o Kiss em 1981.

“Estávamos perdidos. Estávamos delirando. Tínhamos nos tornado complacentes e meio ingratos pelo sucesso e em que ele se baseava. Ficamos preguiçosos e acho que todos nos sentimos muito confortáveis em um estilo de vida rico, por assim dizer, e nos preocupamos mais com a forma como nossos contemporâneos nos viam do que com nossos fãs, que foram abandonados. Não poderíamos fazer um álbum de rock nessas condições. Não tínhamos dentes. Nós estávamos gozando naquele ponto.”

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Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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