O The Police encerrou atividades no auge. Não, não é modo de dizer.
“Synchronicity” (1983), último álbum da banda, desbancou nada menos que “Thriller”, de Michael Jackson, do topo da parada americana. O single “Every Breath You Take” se tornou uma daquelas canções maiores que seus próprios criadores, sendo reconhecida até mesmo por quem não sabe de quem se trata.
Ainda assim, Sting, Andy Summers e Stewart Copeland não se aguentavam mais. O desfecho foi inevitável. Mas uma pessoa acredita ter sido o melhor. Em corte do canal Musoai, transcrito pelo Far Out Magazine, Dave Grohl explicou seu ponto de vista.
“O The Police fez o certo ao se separar. Foi o melhor, porque eles nem disseram tipo, ‘F*da-se, desistimos’. Nunca disseram uma palavra, simplesmente desapareceram por 20 malditos anos. Por isso, quando anunciaram a volta, todos ficamos muito entusiasmados.”
A turnê de reunião do trio aconteceu entre 2007 e 2008, se tornando uma das mais bem-sucedidas da história. Só em vendas de ingressos, o grupo faturou cerca de US$ 360 milhões.
Porém, Dave não pensa em adotar a mesma estratégia com o Foo Fighters. Mesmo em momentos dramáticos, como a perda de Taylor Hawkins, a ideia é seguir em frente.
“Eu sempre digo ‘não podemos terminar agora’. É como se seus avós se divorciassem. Que p*rra eles vão fazer? Temos que apenas aguentar.”
Foo Fighters e The Police
Recentemente, o Foo Fighters retornou ao Brasil pela primeira vez com Josh Freese substituindo o saudoso baterista. A banda se apresentou em Curitiba, no estádio Couto Pereira, além de São Paulo, na edição inaugural do festival The Town.
Quanto ao The Police, o reencontro parece ter sido a despedida definitiva. Considerando que eles viviam em clima de tensão, às vezes até partindo para o confronto físico, talvez seja melhor assim.
Sobre Dave Grohl
Nascido em Warren, Ohio, nos Estados Unidos, no dia 14 de janeiro de 1969, David Eric Grohl aprendeu a tocar ainda cedo, de forma autodidata. Na bateria, menciona influências iniciais como Neil Peart (Rush) e John Bonham (Led Zeppelin), mas seu gosto versátil por música – indo do rock alternativo ao thrash metal – marcou também seu trabalho profissional.
Iniciou carreira como baterista do Scream, banda de punk rock, ainda na década de 80. Em 1990, após a saída de Chad Channing, foi apresentado ao Nirvana por Buzz Osborne (Melvins) e acabou entrando para a banda. Com eles, se tornou mundialmente conhecido.
Tragicamente, o Nirvana chegou ao fim em 1994, após a morte de Kurt Cobain. Dave considerou abandonar a música, mas a usou de forma quase terapêutica para superar o luto ao gravar um disco inteiro sozinho. Tornou-se o primeiro álbum do Foo Fighters, banda que ganhou outros integrantes e também se tornou um fenômeno de popularidade.
Além dos grupos dos quais fez parte oficialmente, Dave Grohl também se envolveu em diversos projetos paralelos. Ele tocou bateria com o Queens of the Stone Age e Tenacious D, além de ter montado o Probot, com ídolos do heavy metal, e o Them Crooked Vultures, unindo Josh Homme (QOTSA) e John Paul Jones (Led Zeppelin). Dividindo palco com nomes que vão de Tom Petty a Paul McCartney, Grohl se notabilizou como o “gente boa do rock”.
Fora seu trabalho como músico, Grohl explorou sua paixão pelo assunto por trás das câmeras. Ele dirigiu documentários musicais, incluindo “Sound City” (2013), “What Drives Us” (2021) e “Sonic Highways” (2014), este último lançado juntamente de um álbum.
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