A despeito de críticas em relação ao resultado, não dá para não dizer que “13” não foi um álbum de sucesso. O trabalho final de inéditas do Black Sabbath chegou ao número 1 em nove paradas nacionais, incluído a americana e a britânica. Também ganhou disco de platina no Brasil, algo raro em se tratando de um exemplar do rock pesado.
Com isso, não é de se estranhar que uma continuação tenha entrado em pauta no campo do Sabbath. Poucos meses após o lançamento, Ozzy Osbourne chegou a afirmar categoricamente à Metal Hammer:
“O processo de criação de ‘13’ foi muito divertido. Então, vamos fazer mais um álbum e uma turnê de despedida.”
À Classic Rock, o guitarrista Tony Iommi foi um pouco mais contido. Ainda assim, deixou a esperança no ar.
“Não sei se um novo álbum seria a coisa certa a fazer, mas quem sabe? A história desta banda me ensinou a nunca dizer nunca.”
O baixista Geezer Butler foi mais específico e até mesmo mencionou a existência de material já pronto.
“Ainda temos quatro faixas restantes de ‘13’. Então, talvez possamos criar outras quatro ou cinco e lançar outro álbum – se der certo. Não faríamos isso apenas por fazer, pelo dinheiro ou o que quer que seja. Mas sim, talvez.”
Os registros citados acabaram entrando no EP “The End” (2016), vendido durante a última turnê. Ele trazia as canções “Season of the Dead”, “Cry All Night”, “Take Me Home” e “Isolated Man”, além de registros ao vivo.
De qualquer modo, Ozzy mantinha as esperanças em 2015.
“Será mais cedo ou mais tarde. Obviamente, muito disso se resume à saúde de Tony, ele obviamente está em tratamento contra o câncer, mas falaremos disso no próximo ano. Não sei se escreveremos na Inglaterra ou em Los Angeles, mas voarei até a p*rra da lua se for preciso!”
No entanto, a realidade e o desgaste entre os envolvidos se mostraram barreiras intransponíveis. O Black Sabbath saiu de cena sem oferecer uma obra posterior aos registros das sessões de “13”. A julgar pela saúde dos envolvidos e as trocas de farpas públicas, fica claro que nada mais irá acontecer.
Black Sabbath e “13”
Lançado em 10 de junho de 2013, “13” se tornou o primeiro álbum completo de músicas inéditas a contar com Ozzy Osbourne nos vocais em três décadas e meia. Foi produzido por Rick Rubin, o que desagradou os envolvidos, como confessaram em entrevistas posteriores.
Brad Wilk (Rage Against The Machine, Audioslave) gravou a bateria como convidado, após desacertos com Bill Ward. Tommy Clufetos, do grupo solo do Madman, fez a turnê e permaneceu na função até o encerramento das atividades.
Primeiro single, “God Is Dead?” ganhou o Grammy na categoria “Melhor Performance de Metal”.
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