Ace Frehley deixou o Kiss pela segunda vez há mais de duas décadas. Mesmo assim, o guitarrista diz receber pelo merchandising comercializado pela banda até hoje, devido aos direitos da maquiagem de Spaceman. Agora, acredita que também ganhará dinheiro com os avatares virtuais anunciados pelos mascarados.
Conversando com o site Ultimate Guitar, o músico abordou o assunto. Como a maquiagem do personagem Spaceman – criada por ele no início do grupo – foi incorporada no novo universo tecnológico do Kiss, Frehley imagina que se beneficiará de alguma forma, apesar de não saber muitos detalhes a respeito.
“Eu sou pago pelo uso [da imagem], por merchandising e outras coisas. E eu consideraria esse material de avatares como um merchandising de certa forma. Outro dia vi algo no YouTube de que o Gene [Simmons, baixista e vocalista] está tendo segundas intenções sobre tudo isso dos avatares. Mas quem entende esses caras, cada dia é uma história diferente. Para ser totalmente honesto com você, eu realmente não acompanho muito o que eles fazem muito, porque estou mais envolvido com minha própria carreira.”
Em 2015, o vocalista e guitarrista Paul Stanley confirmou que a banda possuía os direitos não só do Spaceman, como também do Catman – idealizado por Peter Criss, que encerrou sua passagem pelo Kiss em 2004. À rádio 4KQ, contou na época:
“Os caras basicamente venderam os direitos por pouco dinheiro, porque eles achavam que não valia muita coisa. Sinceramente, sempre achei que a nossa imagem e o que representamos não tem preço. Não importava para algumas pessoas, mas realmente importava para mim.”
No entanto, Frehley não corrobora com tal narrativa. Para a Vintage Rock em 2018, o instrumentista desmentiu a declaração, comentando:
“Meu advogado me disse que eu licenciei o uso da maquiagem para eles. Isso é tudo o que posso dizer. Eles podem negar, mas ele me disse ‘você não vendeu para eles’. Mas não tenho 100% de certeza de quais são os detalhes do acordo de licenciamento. Acho que licenciei para eles para a perpetuidade.”
Ace Frehley e avatares do Kiss
Durante conversa com o Rock Antenne (via Blabbermouth), Ace Frehley falou sobre o prosseguimento do Kiss no formato de avatares.
A ação foi anunciada durante o último show do quarteto, realizado no início do mês em Nova York – cidade americana onde a história começou nos anos 1970. O primeiro Spaceman declarou:
“Não entendi a proposta dos avatares. Quero dizer, eu vi um pouco disso em um vídeo no YouTube ontem à noite. Parece algo voltado para crianças. E não é rock and roll. Subo no palco sem faixas de apoio, conecto meu amplificador, minha guitarra e pronto. É isso. Sempre foi assim e sempre será.”
Ace ainda negou ter assistido a derradeira apresentação dos antigos colegas. Ainda assim, reconheceu ter conferido outros registros online.
“Assisti a um vídeo no YouTube do show em Indianápolis e não fiquei impressionado. Mas é só a minha opinião. Tommy Thayer não é um mau guitarrista, apenas é mais mecânico do que eu. Ninguém pode copiar meus solos do jeito que eu os toco, porque sou desleixado e ninguém consegue se mover da mesma forma. Ninguém.”
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