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Era difícil gravar Vince Neil em estúdio, admite produtor do Mötley Crüe

Tom Werman aponta que vocalista tinha comportamento um tanto descompromissado, o que tornava o trabalho desafiador

Não é segredo que o Mötley Crüe mantinha uma rotina regada aos excessos. As farras intermináveis do grupo acabavam atrapalhando até mesmo o trabalho dentro do estúdio, especialmente do vocalista Vince Neil, como relembrou recentemente o produtor Tom Werman. 

Conversando com o Songfacts, o profissional – que produziu os álbuns “Shout at the Devil” (1983), “Theatre of Pain” (1985) e “Girls, Girls, Girls” (1987) – descreveu como “desafiador” o processo de lidar com Neil durante as gravações. O comportamento descompromissado do cantor era o motivo principal das dificuldades. 

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Werman afirma:

“Teve um dia em que Vince, eu acho, teve uma noite difícil. Ele era muito bom em chegar no estúdio e trabalhar duro por horas, mas não conhecia o conceito de treinamento vocal. Ele não estava praticando. Ele não pensava ‘eu tenho que cantar amanhã, deveria dormir pelo menos seis horas’. Ele festejava, fazia o que queria, se divertia e depois entrava no estúdio de um jeito automático.”

Em seguida, Tom descreveu o problema de uma sessão específica.

“Um dia, ele veio ao estúdio e provavelmente cantou por três horas. Nós mantivemos uma única linha [na versão final]. Foi um desafio. Alguns dos vocais de Vince foram desafiadores.”

Ponto de vista de Vince Neil

Vince Neil, de fato, não encarava as gravações em estúdio com felicidade. Isso porque o vocalista sentia-se julgado, como contou no documentário “Mötley Crüe’s Vince Neil: My Story” (2022), conforme transcrição do Rock Celebrities

“Eu odiava estar no estúdio de gravação. Eu cantava e me falavam coisas do tipo ‘não, não cante assim, faça de outro jeito’. Eram só críticas. E finalmente, eu dizia ‘vá se f*der’ e ia embora. Eu não preciso de críticas. Quando você está cantando, você precisa de apoio. Não críticas.”

Sobre o Mötley Crüe

Fundado no início da década de 1980 em Hollywood, Califórnia, Estados Unidos, o Mötley Crüe já vendeu mais de 100 milhões de cópias dos seus discos em todo o planeta.

Nove deles entraram no top 10 da Billboard 200, principal parada americana. “Dr. Feelgood” (1989) foi o único a alcançar o número 1.

Recentemente o Mötley Crüe esteve em estúdio com o produtor Bob Rock, trabalhando em novas músicas. É o primeiro material inédito desde a entrada de John 5 no lugar do guitarrista Mick Mars. Ainda não há previsão para o lançamento. Vince Neil, o baixista Nikki Sixx e o baterista Tommy Lee completam a formação.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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