Apesar de propositalmente escondidas pela indústria por décadas, as mulheres sempre exerceram papel fundamental no rock. Desde a pioneira Rosetta Tharpe, passando pelas Runaways, Grace Slick, as irmãs Ann e Nancy Wilson, Debbie Harry, Doro Pesch, Lee Aaron, Tarja Turunen, Angela Gossow e chegando aos dias atuais, elas foram derrubando barreiras e se mostrando uma força estabelecida, muitas vezes contra tudo e todos.
Em se tratando de guitarristas, presenciamos um verdadeiro levante em tempos recentes. Nomes como Orianthi, Nita Strauss e Sophie Lloyd estão entre as grandes estrelas das seis (ou mais) cordas.
Em depoimento à próxima edição da revista Guitar World (via Guitar.com), Steve Lukather reconheceu o momento propício.
“A mentalidade das pessoas mudou. Tudo começa aí. Não importa o sexo, um grande músico é um grande músico. Vá em frente e teste alguém com os olhos vendados, sem saber o gênero e veja o que acontece. Se for ótimo, dirão: ‘Uau, isso foi incrível. Quem é?’ Não vão saber se é um homem ou uma mulher e não serão capazes de dizer: ‘Oh, bem, isso foi muito bom para uma garota’ ou qualquer besteira do tipo. Eu nunca diria isso e sei que não é politicamente correto, mas algumas pessoas ainda pensam assim. Mas eu não. Sou um hippie velho e amante da paz dos anos 60 (risos).”
No entanto, o líder do Toto e integrante da All-Starr Band, de Ringo Starr, deixa claro que algo na nova geração o incomoda.
“Todo mundo parece disputar quem toca mais rápido. Pessoalmente, eu discordo de todo esse conceito. Mas reconheço que há muitos jovens incríveis por aí, homens e mulheres.”
De qualquer modo, Lukather reconhece a força feminina ascendente.
“Alguns dos melhores guitarristas do mundo hoje são mulheres. E eu acho isso ótimo porque quando comecei não havia muitas. Portanto, embora eu odeie diferenciar homens e mulheres, é preciso reconhecer a realidade. As coisas estão finalmente acontecendo para elas.”
Sobre Steve Lukather
Além do Toto e Ringo, Steve Lukather lançou 9 álbuns solo. O mais recente, “Bridges”, saiu este ano.
Também gravou discos em colaboração com Carlos Santana, Jeff Beck, Edgar Winter e Larry Carlton, além dos projetos Los Lobotomys e El Grupo.
Como músico de estúdio, possui créditos em mais de 1500 trabalhos. Entre eles está “Thriller” (1982), de Michael Jackson, o mais vendido de todos os tempos.
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