A morte do empresário Brian Epstein foi o começo do fim dos Beatles enquanto unidade. A banda continuaria gravando álbuns geniais pelos três anos seguintes, mas não havia alguém para “colocar ordem na casa”. E a coisa só piorou quando Allen Klein foi chamado para assumir a função.
Anteriormente, o manager havia trabalhado com os Rolling Stones. Mick Jagger tentou avisar os amigos sobre o erro que estavam cometendo. Chegou a telefonar para John Lennon, que não deu ouvidos. Ao contrário, acabou convencendo George Harrison e Ringo Starr de que seria a ação correta.
Paul McCartney nunca concordou. No livro “Paul McCartney: Many Years From Now”, de Barry Miles, ele lembrou, conforme transcrição de Showbiz CheatSheet:
“Nós, os Beatles, estávamos todos reunidos na grande sala de reuniões e perguntamos a Mick como era Klein. Ele disse: ‘Bem, se você gosta desse tipo de coisa, ele serve.’ Não disse: ‘Ele é um ladrão’, embora Klein já o tivesse arrancado todos os direitos autorais naquela época.”
Macca queria que Lee Eastman, pai de sua futura esposa, Linda Eastman, assumisse os assuntos da banda. Seus companheiros sentiram que isso o colocaria em uma vantagem injusta e argumentaram contra. Ainda assim, Jagger chegou a escrever um bilhete a Paul, como lembrou Peter Swales, assistente do vocalista.
“Jagger me deu um bilhete em um envelope para entregar à Apple endereçado a Paul. Foi um aviso, talvez em solidariedade a ele. Foi no sentido de ‘Não chegue perto dele, ele é um cachorro. Ele é um bandido’.”
Após o rompimento dos Beatles, os integrantes ainda levariam três anos para conseguir se livrar dele. Em registro do livro “The Beatles Diaries Volume 2: After the Breakup”, Lennon reconheceu:
“Há muitas razões pelas quais finalmente lhe demos o empurrão, embora eu não queira entrar em detalhes sobre isso. Digamos que possivelmente as suspeitas de Paul estavam certas… e era a hora certa.”
Em 1980, Allen Klein chegou a ser preso por dois meses após fraudes em declarações de imposto terem sido constatadas. Morreu em 2009, após anos de luta contra o diabetes e problemas cardíacos. Yoko Ono e Sean Lennon compareceram ao funeral, realizado em Nova York.
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