Por que início de trabalho para novo álbum do Metallica foi estranho, segundo produtor

Greg Fidelman lembra que “72 Seasons” começou a tomar forma no início da pandemia, o que alterou o processo de criação

No último mês de abril, o Metallica lançou seu mais recente álbum de estúdio, “72 Seasons”. Sucessor de “Hardwired… to Self-Destruct” (2016), o disco começou a tomar forma no início da pandemia, em 2020 — o que diferenciou o processo de criação em relação ao resto da discografia.

Greg Fidelman, produtor do trabalho, acredita até que o início foi meio estranho. Como contou no programa Tone-Talk, conforme transcrição da Ultimate Guitar, tanto ele quanto os integrantes da banda precisaram se adaptar à distância física. 

- Advertisement -

Fidelman afirmou:

“O início de criação desse disco foi muito estranho. Começamos durante a pandemia e tentamos lidar com o trabalho remoto assim como muita gente. Tivemos bastante sucesso. Lars [Ulrich] ficava me ligando, ele estava muito animado, querendo analisar riffs e outras coisas. Supostamente deveríamos fazer uma versão de ‘Nothing Else Matters’ para um filme da Disney em março de 2020, literalmente na semana do lockdown.”

O projeto para a trilha sonora acabou descartado. Porém, os músicos aproveitaram o tempo para focar no novo material de inéditas.

Segundo Fidelman, as ligações remotas por Zoom às vezes eram “frustrantes”. Ainda assim, funcionaram, rendendo 15 ideias sólidas.

Depois do tradicional show beneficente “Helping Hands”, ocorrido em novembro daquele ano, os colaboradores finalmente puderam trabalhar juntos no mesmo local. A partir daí, o ritmo deu uma acelerada.

O produtor comenta:

“Começamos os arranjos e realmente passamos a trabalhar a todo vapor. Acho que não poderia ter sido mais fácil. Quer dizer, eu já fiz outros projetos com eles, e começar às vezes é uma das coisas mais difíceis. Mas desta vez, quando nos encontramos, mal nos cumprimentamos, todos estavam muito animados para começar. Então deu muito certo.”

O relato de Lars Ulrich

Conversando com o jornal The Sun meses atrás, o baterista Lars Ulrich descreveu o processo de maneira semelhante. No bate-papo, também ressaltou o caráter diferenciado dos meses iniciais.   

“Esse disco nasceu no período de lockdown, então os primeiros meses do projeto foram muito diferentes. Estávamos todos em lugares separados, então fazíamos por Zoom o que tínhamos feito por 40 anos. Quando finalmente nos reunimos no mesmo espaço, tinha uma urgência em maximizar nosso tempo juntos. Queríamos muito seguir em frente.”

Metallica e “72 Seasons”

Com 12 faixas e cerca de 77 minutos de duração, “72 Seasons” alcançou o 2º lugar na Billboard 200, principal parada americana. Pela primeira vez em 35 anos, o Metallica não conseguiu o número 1 do chart. Mesmo assim, 146 mil cópias foram comercializadas na semana de lançamento.

Em outros países, no entanto, o trabalho chegou ao topo. O resultado foi obtido nas paradas australiana (ARIA), britânica (UK Albums), holandesa (Album Top 100), alemã (Offizielle Top 100), sueca (Sverigetopplistan), neozelandesa (RMNZ), escocesa (OCC) e irlandesa (OCC).

O título do trabalho vem da ideia de que “os primeiros 18 anos de nossas vidas formam nosso verdadeiro ou falso eu”. Greg Fidelman assinou a produção junto do vocalista e guitarrista James Hetfield e do baterista Lars Ulrich. É o primeiro material de estúdio desde “Hardwired… to Self-Destruct”, de 2016.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioNotíciasPor que início de trabalho para novo álbum do Metallica foi estranho,...
Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades