Os indicados para a categoria Melhor Performance de Hard Rock/Heavy Metal no Grammy de 1989 eram bastante diversos. O favorito, de acordo com mídia e público, era o Metallica, com “…And Justice for All”. O AC/DC concorria com “Blow Up Your Video”, assim como Iggy Pop com “Instinct” e o Jane’s Addiction com “Nothing’s Shocking”.
Porém, a premiação acabou indo para o Jethro Tull por “Crest of a Knave”. A vitória foi tão inesperada que Ian Anderson e companhia sequer compareceram ao evento.
Em entrevista ao VRP Rocks, transcrita pelo Blabbermouth, o ex-guitarrista do grupo Martin Barre relembrou:
“A gravadora achou que não conseguiríamos, disseram que não tínhamos chance e não devíamos ir. Eu realmente queria ir. Mesmo se perdêssemos, gostaria de estar lá. Então, devo dizer que foi um erro e falta de confiança na banda. Foi uma pena que no, possivelmente, maior momento da minha carreira e talvez de Ian Anderson e dos outros, não estivéssemos lá. Ficou muito ruim para todos.”
Quanto à polêmica em relação a uma vitória na categoria em questão, Barre prefere ver pelo lado positivo.
“Tenho muito orgulho porque, essencialmente, fomos eu, Ian e Dave Pegg que escrevemos, arranjamos e gravamos aquele álbum. E sim, ouso dizer que merecemos vencer. Não tenho problema com isso. Para mim, não representa apenas um disco, mas anos e anos de uma banda. E acho que naquele ano, quem quer que tenha sido, reconheceu que precisávamos de um aceno de aprovação. E foi um bom álbum para escolher.”
Martin Barre e Jethro Tull
Martin Barre foi integrante do Jethro Tull entre 1968 e 2011. Nos últimos dias, o artista anunciou o cancelamento da turnê que faria pela América Latina celebrando 50 anos do álbum “Aqualung”, maior sucesso de sua antiga banda. O Brasil receberia quatro apresentações em Porto Alegre, São Paulo, Vitória e Ribeirão Preto.
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